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Resumo:
Por conta dos riscos que podem ser causados pela falta das revisões periódicas, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) orienta sobre as condições do veículo que utiliza as vias públicas.
Texto enviado ao JurisWay em 25/06/2019.
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Quem tem um veículo sabe que ele despende alguns gastos ao longo do ano. IPVA, seguro obrigatório, licenciamento, seguro automotivo, combustível, estacionamento, ocasionais multas. Por conta disso, não raro, o proprietário deixa de lado o hábito de manter a revisão do automóvel em dia. Contudo, muitas vezes não percebe que pode estar colocando-se em risco. Para saber mais sobre a importância da revisão automotiva, continue lendo este artigo.
Revisão de veículos novos e usados
Ao comprar um automóvel zero km, o proprietário recebe garantia do fabricante por determinado período, que pode ser de três, quatro, cinco anos. Entretanto, para continuar sob a cobertura da garantia, é preciso fazer as revisões programadas nos locais previstos pelo vendedor.
E quem compra um automóvel seminovo? Neste caso, a revisão é feita para a aquisição do veículo. Mas quanto tempo depois você volta a fazê-la? Na correria do dia a dia, especialmente para quem precisa do automóvel para ir trabalhar, é difícil encaixar um horário que permita parar o veículo por algumas horas ou por um dia. Assim, acaba recorrendo ao mecânico apenas se o carro der sinais de mau funcionamento.
Por conta dos riscos que podem ser causados pela falta das revisões periódicas, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) orienta sobre as condições do veículo que utiliza as vias públicas. Veja:
“Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino.”
Portanto, preservar as boas condições do veículo, inclusive com combustível suficiente, não é apenas uma escolha do condutor, é também uma obrigatoriedade por lei. Manter o veículo em bom estado é indicado na legislação de trânsito pelo fato de que negligenciar a manutenção necessária coloca não só o motorista, mas os demais que circulam na via em risco.
Penalidade por circular com veículo em más condições
É compreensível que, por haver obrigatoriedade, o CTB preveja infração para quem desrespeitar determinada orientação. Em relação à manutenção do veículo, não é diferente. Assim, quem circula com o veículo em más condições comete infração de trânsito de natureza grave, como versa o art. 230, inciso XVIII do CTB. Neste caso, o condutor pode ser autuado com multa de R$ 195,23, acumular cinco pontos na CNH e ter o veículo retido para regularização.
Para que serve a revisão automotiva?
O que, a princípio, pode ser um desperdício de tempo e dinheiro, é, na verdade, uma forma de economizá-los. Um veículo sem a devida manutenção pode consumir mais combustível, por exemplo. E um problema identificado tardiamente pode ser mais difícil, demorado e oneroso de resolver.
Além disso, os riscos são diversos, como a derrapagem ou aquaplanagem em rodovias ou mau funcionamento de freios, que podem ter consequências fatais.
Assim, manter um automóvel com a manutenção em dia é uma forma de preservar sua vida útil, a segurança e evitar imprevistos e gastos maiores com conserto.
Tipos de revisão automotiva
Há três variações de revisão automotiva, sendo elas:
Revisão corretiva
Este tipo de manutenção é realizado a fim de corrigir um problema identificado no automóvel. Em geral, a revisão corretiva é realizada com urgência por conta de alguma falha apresentada no veículo. Por isso, dentre os três tipos de revisão, esta é a que possivelmente custará mais caro para o proprietário. Além disso, quando se chega ao ponto de o veículo demandar uma manutenção corretiva, seu proprietário terá um gasto imprevisto no orçamento. O custo varia dependendo do problema a ser resolvido no veículo.
Revisão preditiva
Esta é uma revisão regular para identificar possíveis falhas futuras, especialmente considerando veículos com mais tempo de uso. É comum e até esperado que, com o tempo de uso do automóvel, algumas peças requeiram manutenção. Esta é uma maneira de agir antes que ocorram problemas maiores.
Na revisão preditiva, alguns dos itens analisados são:
Óleo
Vibração no volante
Vibração na caixa de direção
Estado das superfícies
Análise estrutural
Ao contrário da manutenção corretiva, o automóvel submetido à revisão preditiva ainda não deu sinais de mau funcionamento.
Revisão preventiva
Esta é uma das revisões mais baratas e a que mais previnem “dores de cabeça”. Investir nela é a maneira mais eficiente de evitar gastos maiores, imprevisto e até acidentes, além de preservar a vida útil do automóvel.
Na revisão preventiva, alguns dos itens avaliados são:
Suspensão
Alinhamento e balanceamento
Pneus
Fluido de freio
Óleo
Como falei no início, esta revisão é mantida em dia em geral por aqueles que adquirem um veículo zero quilômetro. Porém, ela não deve ser dispensada por quem possui um modelo usado.
Quando levar o veículo para a revisão
É possível acompanhar a necessidade de revisões periódicas pelo manual do seu automóvel. Em geral, recomenda-se que ela seja feita a cada 10 mil quilômetros rodados ou a cada 6 meses – o que ocorrer primeiro.
Além disso, é indispensável fazer uma revisão antes de longas viagens, para averiguar itens como:
Freios
Fluidos
Óleo
Alinhamento
Balanceamento
Calibragem e desgaste dos pneus
Sistema elétrico
Manter a revisão em dia é uma forma de preservar sua segurança e a integridade do seu veículo. Por isso, não a dispense!
Mantenha a revisão em dia e previna-se
Aqui, você conheceu mais sobre revisão automotiva: para que serve, quais são os tipos, o que diz a legislação a respeito.
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