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Câncer de Mama


Autoria:

Danilo Santana


Advogado, OAB 32.184 MG, graduado em Direito pela PUC-MG, membro efetivo do Instituto dos Advogados. Especialização em Marketing Internacional e Pós-Graduação em Direito Público. Professor de Direito Empresarial e autor literário.

Resumo:

Como funciona e como combater o câncer de mama.

Texto enviado ao JurisWay em 01/12/2006.

Última edição/atualização em 08/07/2009.



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Câncer de Mama

                                                                                  

O cidadão  ao definir suas metas de cidadania precisa conhecer alguns dos problemas crônicos da sua comunidade e, na medida do possível, participar da angústias  dos seus semelhantes, contribuindo, de alguma forma, para tornar menos difícil a vida em sociedade.   

Depois de visitar um hospital popular,  ouvir manifestações de todos os tipos, meditar sobre a fragilidade humana  e  me magoar ao descobrir as agruras dos doentes, principalmente os menos favorecidos, resolvi pesquisar  para repassar aos interessados uma meia dúzia de informações sobre o câncer de mama. 

É sabido que  o câncer de mama se manifesta com mais freqüência entre as mulheres brasileiras. É mais comum do que o câncer de colo e de útero, e que a maior incidência ocorre em mulheres entre quarenta e cinqüenta anos, o que não impede que ocorra em mulheres mais novas.

 

O que é o câncer de mama

O câncer de mama propriamente dito é um tumor maligno. Isso quer dizer que o câncer de mama é originado por uma multiplicação exagerada e desordenada de células, que formam um tumor. O tumor é chamado de maligno quando suas células tem a capacidade de originar metástases, ou seja, invadir outras células sadias à sua volta. Se estas células chamadas malignas caírem na circulação sangüínea, podem chegar a outras partes do corpo, invadindo outras células sadias e originando novos tumores.

os tumores chamados benignos não possuem essa capacidade. Eles possuem um crescimento mais lento, não ultrapassando um certo tamanho, além de não se espalharem por outros órgãos. Também são comuns na região das mamas. Inclusive, a maioria dos nódulos que aparecem nessa região são tumores benignos, como os cistos e os fibroadenomas, por exemplo. Os cistos são nódulos dolorosos e aumentam antes da menstruação. Os fibroadenomas não se transformam em câncer, e, se necessário, podem ser facilmente retirados através de uma pequena cirurgia, geralmente feita com anestesia local.

Os tumores benignos não se transformam em câncer. A grande preocupação, portanto, é com os tumores malignos, como o câncer de mama, que crescem rapidamente e sem dor. Portanto, devem ser diagnosticados o mais rápido possível para evitar a perda da mama ou mesmo lesões maiores.

 

Diagnóstico do câncer de mama.

Um dos melhores meios para se diagnosticar o câncer de mama é a mamografia, que é capaz de detectar o tumor antes mesmo que ele se torne palpável. Quando o diagnóstico é feito dessa forma, ainda no início da formação do tumor, as chances de cura se tornam muito maiores, descartando a necessidade de retirada da mama para o tratamento.

Apesar de ser um método eficaz, a mamografia não descarta o auto-exame e o exame feito pelo ginecologista ou mastologista, que alguns nódulos, apesar de palpáveis, não são detectados pela mamografia.

A mamografia é um exame simples, com aparelhos de Raio X especialmente desenvolvidos para isso, onde a mulher coloca os seios entre duas placas de acrílico, que irão comprimir um pouco a mama. A compressão da mama é requisito essencial para o sucesso do exame, portanto, deve-se evitar o período anterior ao da menstruação, quando as mamas ficam um pouco doloridas, o que causará um certo incômodo na hora do exame. Recomenda-se que ele seja feito aproximadamente uma semana após o período menstrual.

A título preventivo, esse exame deverá ser feito anualmente a partir dos 50 anos, ou, se houver casos na família, desde os 40 anos de idade. O exame não é prejudicial à saúde, sendo que a radiação recebida é pouco maior do que a de uma radiografia dos pulmões.

O auto-exame é um método de diagnóstico onde a própria mulher faz um exame visual e de palpação na mama em frente a um espelho. Este exame deve ser feito aproximadamente sete dias após cada menstruação ou, se a mulher não menstrua mais, pelo menos uma vez por mês em qualquer época.

A cada seis meses, a mulher deve se submeter a um exame de rotina com o ginecologista que, se tiver alguma dúvida ou suspeita, deverá encaminhá-la ao mastologista, que é um médico especializado em doenças das mamas.

Qualquer suspeita deverá ser verificada. Se um dos exames anteriores for suspeito, será preciso efetuar uma biópsia para confirmar ou não o diagnóstico. Este exame consiste numa pequena cirurgia destinada a retirar um pedaço do nódulo suspeito, ou mesmo o nódulo inteiro, para que este seja analisado. Conforme o caso, isso pode ser feito através de agulhas.

 

Tratamento do câncer de mama

A cirurgia para o tratamento do câncer de mama pode ser conservadora ou radical. Será conservadora quando retira apenas uma parte da mama (quadrantectomia), e será radical quando retira toda a mama. O tipo de cirurgia varia de caso para caso. No caso da retirada parcial, a cirurgia deverá ser complementada pela radioterapia.

A radioterapia é um tratamento à base de aplicação de radiação direcionada ao tumor ou ao local deste e tem por objetivo, se antes da operação, reduzir o tamanho do tumor, e se após, evitar a volta da doença.

A radiação bloqueia o crescimento das células, e deve ser utilizada apenas na área afetada, evitando atingir o tecido normal. As aplicações duram cerca de 15 minutos e devem ser feitas diariamente, variando de 25 a 30 aplicações. O tratamento não apresenta complicações. O local das aplicações adquire uma coloração parecida com a de uma queimadura de sol.

Outro tratamento utilizado nos casos de câncer é a quimioterapia. A quimioterapia é o uso de medicamentos extremamente potentes no tratamento do câncer. Também é usado para completar a cirurgia, podendo começar antes ou após a operação. Ao contrário da cirurgia e da radioterapia que têm efeito local, a quimioterapia age em todo o corpo, visando evitar a volta do tumor e o aparecimento em outros órgãos. A quimioterapia age sobre as células que têm  crescimento e multiplicação acelerados, como as do câncer.

Entretanto,  outras células do corpo que possuem estas mesmas características, sofrem os famosos efeitos colaterais, tais como anemia e diminuição da resistência a infecções causadas pela ação nas células produtoras dos glóbulos sangüíneos vermelhos e brancos, queda de pêlos e cabelos devido à ação nas células do folículo piloso, náuseas, vômitos e diarréia, em decorrência da ação nas células do aparelho digestivo.

A quimioterapia, além de dificultar a fecundação e faz cessar a menstruação, que as células do sistema reprodutor também são afetadas durante o tratamento. A aplicação geralmente é feita com soro pela via endovenosa  e, na  maioria dos casos, dispensa a internação. Primeiramente, o paciente faz uma consulta médica de rotina e, se estiver tudo normal, recebe o soro durante algumas horas e fica liberado para voltar para casa.

Em alguns casos, outro procedimento que pode ser útil é a hormonioterapia. Durante muitos anos acreditou-se que o surgimento do câncer de mama tivesse íntima relação com os hormônios femininos, em especial os estrogênios. Hoje se sabe que nem sempre isso ocorre. Por isso é feito um exame para averiguar a utilidade ou não desse tratamento. O exame consiste na medição na dosagem dos receptores de estrogênios das células do tumor. De acordo com o resultado avalia-se a necessidade ou não da hormonioterapia, que consiste na ingestão de um a dois comprimidos por dia durante não menos que dois anos.

Além de tudo isso, a cada dia  surgem novos conhecimentos científicos a respeito do câncer e novos medicamentos são disponibilizados no mercado, facilitando e tornando menos grave e complexo o tratamento.

Os antigos sempre dizem que precisamos conhecer bem os nossos inimigos, mais que os amigos. O câncer é um forte adversário da saúde, um contendor perigoso, mas que pode ser vencido ou imobilizado.  Quando conhecemos em profundidade o mal que nos aflige, nos sentimos mais fortes, mais corajosos e até dispostos a enfrentá-lo.  Foi pensando assim que,  embora nada sabendo  sobre medicina, coletei estes informações e ora as divulgo.  Tenho a convicção  de que conhecendo um pouco mais este tipo de moléstia muitas mulheres poderão se libertar das amarras dos vencidos e, sem medo,  encarar a doença e empunhar todas as armas que a medicina dispõe. E mais, poderão ainda  instigar mais e mais vítimas deste infortúnio a lutar pela superação. Mesmo aquelas mulheres que não experimentaram esta adversidade também podem ajudar, conversando, contando, ensinando, participando, estimulando  e encorajando todas as outras  a prevenir e resistir, quando for o caso. Afinal, sabemos, é perfeitamente possível vencer  o câncer.

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Comentários e Opiniões

1) Ana (11/01/2010 às 20:42:01) IP: 189.18.177.147
muito bom o conteudo ,mas poderia ser mais completo
2) Francisco Aurelio (27/01/2010 às 20:56:24) IP: 189.77.181.100
maravilhosa este artigo, parabens.


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