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MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA


Autoria:

Richard Eduard Dos Santos

Resumo:

O trabalho traz uma análise sucinta e provocadora da obra "O manifesto do partido comunista" assim como faz uma reflexão acerca dos polêmicos temas nela discutidos e da sua importância para a discussão e compreensão das lutas de classes na sociedade

Texto enviado ao JurisWay em 21/09/2011.



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MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA

 

Richard Eduard dos Santos[1]

 

RESUMO

O trabalho traz uma análise sucinta e provocadora da obra “O manifesto do partido comunista” assim como faz uma reflexão acerca dos polêmicos temas nela discutidos e da sua importância para a discussão e compreensão das lutas de classes na sociedade

 

PALAVRAS-CHAVE: Capitalismo; manifesto; partido; classes; poder; burguês; proletários.

 

1. INTRODUÇÃO

 

Fruto de décadas de colaboração entre Marx e Engels, o manifesto influenciou os mais diversos setores da atividade humana, ao longo do século XX.

O Manifesto do Partido Comunista é o texto fundador do marxismo.

Desde que os autores aceitaram a incumbência para a elaboração do manifesto na Liga dos Comunistas em 1847, este panfleto político, escrito há mais de um século e meio passou a ser o espectro que ronda a humanidade, separando os que estão à sua esquerda dos que estão à sua direita.

Os dois intelectuais, na época da elaboração e publicação do Manifesto, estavam em Londres, juntamente com seus “camaradas” da liga dos comunistas.

Ambos haviam estabelecido uma parceria intelectual desde o início da década de 1840, quando participavam de um grupo de discussões conhecido como hegelianos de esquerda

 

 

2. CONTRIBUÇÃO À HISTÓRIA

 

            Embora o panfleto tenha sido assinado por Marx e Engels, e cada um tivesse apresentado seus próprios esboços, acredita-se que a redação final seja de Marx. O texto foi assinado na íntegra pela Liga dos Comunistas, durante o segundo congresso da entidade realizado no final de 1847, na cidade de Londres.

            O manifesto é um dos textos mais lidos da humanidade. Foi traduzido em todas as línguas modernas do ocidente e do oriente, além de algumas línguas tidas hoje como exóticas.

            Apesar de ser o manifesto “partido comunista”, a entidade para a qual foi escrita nunca chegou a ser mais que uma pequena seita política clandestina de refugiados. Ao longo da história, os partidos de formação trabalhista utilizaram o manifesto como um catecismo de formação política de seus militantes, sem contudo assumirem a alcunha de “partido comunista”, até o advento da Revolução Bolchevique de 1917.

            O ano de sua publicação, 1948, foi um ano de convulsões sociais em toda a Europa. No entanto, a derrota do movimento revolucionário fez com que o próprio manifesto caísse no ostracismo por pelo menos uma década.

            A força do texto do manifesto na sua apregoada cientificidade, mas no estilo literário, com sua retórica persuasiva que tem poder de encantamento similar a um texto sagrado.

            O manifesto quando descreve o capitalismo, o faz de forma apoliptica. Mesmo sendo uma realidade objetiva trata-se de um sistema transitório. O capitalismo produziu uma revolução tecnológica fundamental para o desenvolvimento da humanidade, mas isso não indica que seja perene.

            Em contrapartida, o manifesto se equivocou ao transformar em dogma a inevitabilidade do socialismo como sistema posterior ao atual, consolidado pelo triunfo da luta de classes do proletariado contra a burguesia.

                        O proletariado como sabemos não é uma classe homogenia, muito menos com uma consciência de classe. O proletariado enquanto mão-de-obra industrial, do tempo de Marx, hoje é apenas uma parcela dos assalariados, que estão divididos em vários setores produtivos, nos quais se inclui executivos com altos ordenados, cujo os interesses se assemelham aos de seus patrões bem mais que dos outros assalariados. Os partidos trabalhistas e socialistas, dentro de regimes democráticos, atuam bem mais na realização de reformas de estado que no incentivo de conduzirem a revolução.

 

 

 

3. UM MARCO DA MODERNIDADE

 

A modernidade é uma realidade, de forma que o próprio manifesto pode ser compreendido como uma obra de ciências sociais e como texto literário. O ponto de convergência entre Marx com os demais modernistas está na seguinte frase emblemática do manifesto “tudo que é sólido se desmancha no ar!”.

Os autores do manifesto comunista trabalharam a tensão dialética da modernidade, que é ao mesmo tempo sólida e volátil. Isto está presente principalmente na primeira parte do manifesto.

A emergência de um mercado mundial, que dilui as relações de trocas locais, é imediatamente aguçada pelo desejo de consumo das pessoas, que já não é satisfeito pelas mercadorias tradicionais. Os meios de comunicação tornam-se mais sofisticados. O processo de urbanização gera o êxodo rural, a miséria nas cidades e automatização das fábricas e do campo.

Como resultado, o capital se concentra nas mãos de poucos e o Estado cumpre sua função na manutenção dos sistema de propriedade privada, do gerenciamento dos conflitos sociais inerentes a este modelo.

Os autores do manifesto colocam em cena o proletariado. A classe social com interesses antagônicos aos da burguesia, mas igualmente revolucionária, para criar uma alternativa humanista à barbárie social provocada pela burguesia.

Para os autores os proletários deveriam superar a concorrência recíproca e assumirem a unidade como palavra de ordem. Os aparatos ideológicos constituídos ou mantidos pela burguesia como o estado nacional, a família, a religião e a propriedade privada não poderiam limitar a emancipação do proletariado rumo a uma sociedade com interesses intercionalistas. Na linguagem da obra o proletariado seria uma espécie de coveiro da burguesia.

Para a obra, a sociedade comunista seria erigida sobre os alicerces da capitalista. Os desenvolvimentos humanos e tecnológicos, que o capitalismo garantiu a alguns indivíduos, a vida boa, seriam buscados plenamente no comunismo moderno, ao contrário do que sempre apregoou o comunismo tradicional de Platão, dos Padres da Igreja e dos marxistas ortodoxos.

 

3. DESAFIOS DI MANIFESTO À ATUALIDADE BRASILEIRA

 

Como leitura militante, tem a pretensão de resgatar a convocação feita pelo manifesto, aos oprimidos de hoje, dentro dos desafios de um país periférico como o Brasil, em processo de abertura política

O capitalismo brasileiro em questão é denominado “capitalismo selvagem”, com uma burguesia nacional atrelada ao capital externo e um Estado neoliberal.

Por muitos anos a resistência do proletariado não resultou imediatamente conquista do poder, mas abriu espaço político possibilitando uma relativa autonomia.

Talvez o principal marco da luta de classes nesse país, foi em 2002, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, para o cargo de Presidente da República. Um operário  de origens nordestinas, oriundo dos movimentos sindicais do ABC, em tese um representante autentico do proletariado.

 

4. CONSLUSÃO

           

            Ademais para o manifesto A luta de classes é u um fenômeno da sociedade de classes. Quando o proletariado se organiza adequadamente para realizá-lo no sentido de tirar proveito e até mesmo de derrotar definitivamente a burguesia, caminha para a superação da sociedade de classes, para a sociedade comunista enquanto isso não se dá, a luta de classes permanece às vezes de forma invisível devido aos refluxos momentâneo dos oprimidos.

Se algumas respostas do Manifesto Comunista pertencem ao passado, as questões que ele contém e os problemas que aponta permanecem atuais. A sólida base fornecida para pensar criticamente, a ousadia da explicação, a busca da totalidade, a dialética temporal e a relação proposta entre o conhecimento e as questões sociais do seu tempo permanecem elementos cruciais para uma reflexão histórica conseqüente.

 

REFERÊNCIAS

MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

 

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[1] Acadêmico do 9º período do curso de Direito da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais.

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