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Filosofia da violência 2


Autoria:

Marcos Antonio Duarte Silva


Doutor em Teologia, Doutorando em Ciências Criminais e Mestre em Filosofia do Direito e do Estado(PUC/SP), Mestre em Teologia, Especialista em Direito Penal e Processo Penal(Mackenzie), Especialista em Filosofia Contemporânea; Especialista em Psicanálise, formação em Psicanálise Clínica, Psicanálise Integrativa e Psicanálise Análise e Supervisão Licenciado em Filosofia, formado em Direito,Jornalista, Psicanalista Clínico,Professor de Pós Graduação.

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Resumo:

Observar a violência sob um aspecto sociologico, tendo como ponto de partida a filosofia, entrebulando o abstratismo com o realismo. Nesta excursão verficar-se-á a planilha das reações humana ante o fenomêno da violência encontrar equlibrio.

Texto enviado ao JurisWay em 20/10/2009.



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1)    A violência é projetada todos os dias

 

     Na apoteótica linguagem do Dr. Márcio Pugliese em memorável aula, encontramos sobre este contexto exposto “modular a consciência possível, não ver o que está a sua frente”. PUC, 17/08/2009.

     Assim sendo a história que nos elege, propicia a mais cruel das violências a punição como retribuição em sua mais alta esfera: a violência não vista.

     Como seres em distante equilíbrio concorremos sobre o teatro de operações como máquinas desaparelhadas para um inusitado território desconhecido, apenas por uma objeção sem sentido chamada de civilidade, ou seja, não vemos nada além daquilo que nomeamos como normal independente do valor aquilatado desta escolha. Evita-se desta forma, perceber as projeções mentais que temos acesso, com a desculpa de simplesmente não enxergarmos.

     Trata-se de uma fuga da realidade, para implementar uma excursão ao nosso consciente, regredindo a forma de percepção natural.Assim fazendo há evidente impossibilidade de “contemplar para descobrir novas coisas”. Dr. Márcio Pugliese, PUC, Teoria do Direito – 24/08/2009.

      Daí mais do que cunhar a expressão compete-nos observá-la sob outros olhos, insistimos no catedrático eloqüente “entre eu e mim há muitos outros”, Dr. Márcio Pugliese, PUC/SP, 17/09/2009.

      Sentir o que passa perceber e atingir o aspecto social não pode ser apenas mero discurso informativo, a de se buscar conciliar uma análise mais robusta do assunto com o ocorrido para que haja senso de comum sem evitar confronto iminente e necessário para o avanço tecnológico e preservativo.

      Nesta esteira de comentários assimétricos importante é citar o filosofo Martin Heidegger, em seu livro, O que é isto - a filosofia? Identidade e Diferença:

      “Mas somente se nos voltarmos pensando para o já pensado, seremos convocados para o que ainda está para ser pensado”. p. 52

 

        Este é sem margem de dúvida um convite a refletirmos sobre nosso papel na questão violência. Uma sociedade onde pessoas fogem com receio de visualizar e pretender participar ativamente dos problemas enfrentados para a condução de uma situação melhor de vida. Não se trata do outro, não se trata do vizinho, aprender é preciso enfaticamente a vivenciar que esta é uma situação maior do que o esforço até agora empreendido, caso contrário, ninguém alcançará o objetivo primeiro que é ser feliz.

      Estar em comunidade precede a ideia do coletivo há uma ideia mais abarcante do que só estar, tem que pertencer sentir-se inserido na esfera magistral das condições humanas possíveis para aceitar o bastião agregador. Não cumpre apenas olhar tem que ver com olhos de quem aspira mais, isto faz toda a diferença.

      Ao estar nesta preponderância pode-se afirmar como o decano “comunidade, manter o sentido”, op.cit., PUC/SP, 24/09/2009. Este sentido tem o som de equilíbrio, aumentando

      “a mútua cooperação, também tendam a tornar-se idênticas... (sic) conservando assim um relacionamento fluido de complexidade elevada, mas equilibrado”. Teoria do Direito, Dr. Márcio Pugliese, p. 43.

      A digressão imaginando o que seria sem haver violência, sem miséria, sem pessoas deitadas nas ruas, andarilhos sem fronteiras, excesso de centralização de riquezas, não precisaria ser um devaneio, poderia se chegar enfim na imaginada sociedade cercada de utilidade para os chamados cidadãos.

      Não seria pedir demais antever esta realização calcada na felicidade, onde se quebraria a barreira do desconhecido. Impossível? Quem sabe, cumpre-nos sonhar. E deixar o anonimato para quem vive apenas o agora.

 

 

 

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Comentários e Opiniões

1) Maria (19/05/2011 às 12:38:14) IP: 187.34.122.110
É Professor Marcos.

Estas reflexões são por demais profundas para interessarem a sociedade egocêntrica que se apresenta agora diante de nós. Trazê-las a superfície, fazer emergirem as sombras que estão à espreita de uma oportunidade de mostrar sua existência e encobrir a beleza que falseia a realidade dos que não querem ver além daquilo que lhes aprazem, esta é a maior dificuldade e, quando se consegue geralmente não se consegue ir além desta reflexão, quiçá um dia atinja-se a uma ação.
2) Maria (22/05/2011 às 13:41:29) IP: 189.19.140.149
Estas reflexões são por demais profundas para interessarem a sociedade egocêntrica que se apresenta agora diante de nós. Trazê-las à superfície, fazer emergirem as sombras que estão à espreita de uma oportunidade de mostrar sua existência e encobrir a beleza que falseia a realidade dos que não querem ver além daquilo que lhes aprazem, esta é a maior dificuldade e, quando se consegue, geralmente não se consegue ir além desta reflexão, quiçá um dia atinja-se a uma ação.


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