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Resumo:
Resenha do livro
"O que o tio Sam Realmente quer"
de Noam Chomsky
Texto enviado ao JurisWay em 08/12/2017.
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Resenha do livro
“O que o tio Sam Realmente quer”
de Noam Chomsky
Autor: Geronilson da Silva
Aos que não entendem tanto consumo, embriagam-se pelo desespero, e aos que não contam dinheiro aos montes, investem em utópicas teorias, em rascunhos de vida lotérica, aos que já dominam e pressupõem uma trilha para humanidade, eles fecham as portas, e observamos pela janela, a sombra de homens como Kennedy, Monroe, Roosevelt, Trumam, Reagan, Bush. E pelo alto das nuvens, carregadas de dólares perto da janela, , George Soros, compra mais uma eleição. O capitalismo desvinculou-se do oikos, e uma cabeça chave, um monstro que surge alimentando a fome do dinheiro, da ganância, o desejo ardente pelas verdes limas do poder. Apontamos a nossa vista, uma gigante terra dos colonos, uma denominação própria e individual (americano), nome herdado pelo poderio, e se deixássemos as empresas reinarem, com certeza teríamos um estrago na humanidade, no estilo de vida, eis aí, uma das importâncias do Estado. Importância que configura todo ideal econômico, empresarial, a necessidade de construir mecanismos de controle, alienação, de consumo, cultural, ideológico...Como responder a indagação proposta por Drummond em seu escrito “Vencendo o oceano do capitalismo”? A política para empresas, o demagogo para as massas, a mídia para o pobre, mas com a elite, a ignorância ao homem, o inferno está encantador! O que o tio Sam Realmente quer? Escrito pelo professor de lingüística do Instituto de tecnologia de Massachusetts (ironicamente)o norte-americano Noam Chomsky, que desponta para o cenário político aos 32 anos. Seus principais interesses são a ética, política e a psicologia, nasceu em 7 de setembro de 1928. Sua família (ironicamente) de origem russa. Casou-se com a também lingüista Carol Schatz com quem teve dois filhos. Possui uma vasta produção anticapitalista, tendo declarado em uma entrevista, a necessidade de um capitalismo de Estado. Livros como American Power and the New Mandarins; A sociedade global – educação, mercado e democracia; 11 de setembro; os caminhos do poder, revolucionaram pela sua escrita objetiva, clara, crítica, embasada em dados, fontes, citações, e um vasto conhecimento sócio-político. .
Chomsky é responsável por um grande abalo na comunidade literária ao descrever as condições, o viés por onde o Estado norte americano passou até chegar ao ápice do capitalismo competitivo, voraz, e se tornou, pela quebra de valores éticos, pela demolição da democratização,a maior potência mundial pós segunda guerra; e como diz Kennan, um dos estrategistas dos EUA, “precisamos parar de falar de vagos e... irreais objetivos, tais como direitos humanos, elevação do padrão de vida e democratização”. E para com que todo o resto do mundo fosse subordinado às necessidades da economia norte americana, criou-se a “Grande Área”, o hemisfério ocidental, a Europa Ocidental, o Oriente, o antigo Império Britânico, o Oriente Médio, o resto do Terceiro Mundo e, se possível, o globo inteiro! Inter-relacionamos com o espaço vital proposto pelo Estado Nazista, onde Hitler obtendo o apoio político, difundindo a idéia que a Alemanha perdeu a guerra, em virtude de traições internas, ( os Judeus, seriam os traidores), o próximo episódio seria obter poder no plano externo. Como? Expandindo seu território, conquistando áreas consideradas vitais, para produção agrícola, extração de minerais, matérias primas, etc. .
O livro inicia com o contexto da guerra fria, EUS VS URSS, teoria capitalista VS teoria comunista, um mundo polarizado, onde cada setor, cada potência sobrepõe suas ideologias, difundi a sua influência, no palco da guerra que fora a Europa, dividimo-la em Oriental (soviética) Ocidental (norte-americana), outra colocação de Chomsky, é a o avanço tecnológico que essa guerra (para ele, um acordo silencioso entre as duas nações) gera, levando a um embate direto, e um risco eminente de guerra nuclear, e nas palavras do contemporâneo desta “loucura megatônica”, Ken Keys descreve; “nada justifica brincar de roleta-russa com a jornada do “Homo sapiens ” .
Além da ação das massas, devemos alterar os hábitos mentais separatistas que, de início, criaram o problema nuclear. A ameaça comunista é visível para os EUA, o que se tornou um alvo de confronto direto, o que levará a regimes ditatoriais, mantendo o que chamaram de higienização. Aqui no Brasil, o golpe militar estabeleceu uma ditadura, de crimes hediondos, sumiços, corrupção, imposição. Os militares combateram sem piedade qualquer ameaça comunista, um golpe apoiado pelos EUA, existem fragmentos de alguns telegramas trocados, entre a embaixada brasileira em Washington e a Casa branca, telegramas que fomentam um instinto anti-comunista nas forças armadas, dias antes do golpe, Lincoln Gordon envia tropas navais para intimidar os partidários de Goulart , houve uma grande decadência tecnológica, um período obscuro na história do Brasil, os empresários nacionais, empresas, lojas, bancos, todos subordinados ao capital estrangeiro, lógico, todos estadunidenses. Na decadência do comunismo soviético, uma briga desleal contra o gigante capitalista, e o fim da URSS estagnada, abre espaço no Brasil, para a abertura política, não há necessidade de manter um regime ditatorial. Agora os EUA, se vêem na obrigação de buscar um novo alvo, e na mira dos carniceiros compulsivos, estão às drogas! E Chomsky, debruça sobre esse tema, envolvendo as influências midiáticas, a globalização, como filha do sistema, e sendo uma das mais úteis para o apoio popular. Em uma entrevista Noam Chomsky, aponta uma visão diferenciada, totalmente desvinculada da opinião midiática, popular, institucional; - O que está por trás dos atentados em Nova Iorque e Washington: ódio aos Estados Unidos, religião sentimento anti-ocidental? “Vamos supor, talvez corretamente, que os ataques tenham sido obra de um grupo próximo de Osama Bin Laden, os chamados afeganes [...] Foram pessoas recrutadas para a guerra no Afeganistão contra os russos, armados e treinados pelos Estados Unidos. Os serviços de inteligência do Paquistão recrutavam os elementos mais violentos que conseguiam encontrar e estes eram radicais islâmicos do Oriente Médio. [...] Osama Bin Laden foi entrevistado algumas vezes pelo jornalista britânico Robert Fisk, [...] deixa claro o que quer. E o que ele quer, em suas próprias palavras, é liberar os países islâmicos de agressores estrangeiros - primeiros os russos do Afeganistão e depois os americanos da Arábia Saudita - e também derrubar os regimes corruptos de Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Líbia e outros para implantar o que eles consideram a forma correta de um regime islâmico. Esta parece ser a maior preocupação. Por isso, agora pessoas como Osama Bin Laden estão rezando por um ataque massivo para que possam recrutar mais gente. Naquela região há um enorme ressentimento pelas políticas dos Estados Unidos, em primeiro lugar [...] ” Ao impulsivo frenético, as imagens escarradas de uma faceta invisível, inexistente, os EUA, ainda brincam com os povos Árabes, sua indústria cinematográfica age sobre uma forma deturpadora de uma nação, de uma cultura, em meio a vontade, em meio a arrogância e do desejo de se mostrarem superiores, um tipo de prepotência boçal, que nos alimenta com o lodo humano, a “burrice” . Um padrão consistente, que nos fazem odiar sem perceber que estamos odiando estereótipos Dr. Jack Shaheen faz uma análise, baseando nos filmes e imagens ao longo da história; “Todos os aspectos de nossa cultura projeta os árabes como vilões [...] Conhecemos a mitologia, a mitologia nas imagens de Hollywood dos árabes” . Vários filmes foram analisados, dentre eles, temos; Aladin Disney -1992. Alguns que possuem o único propósito, fornecer risadas fáceis; Raiders of de lost ark – 1981, The Happy Hooker Goes To Washington. Ou ainda meros inúteis, inaptos, imbecis, incapacitados; True Lies – 1994, Existe o Árabe luxurioso, obcecado por mulheres (estadunidenses é claro) brancas; jewel of the nile, Protocol – 1984.
Ao que parece somos de um todo frutos de um sistema que eleva os sentidos de competição, e fazemos parte de uma influência esmagadora, de uma forma exaustiva, da supremacia branca, a supremacia norte americana, pouco muda, aos que encantam os olhos, os ouvidos com jogos, músicas de lá, Não é por acaso que o capitalismo anda de braços dados com a democracia, ambas possuem a mesma característica. Quem investe contra um acaba mais cedo ou mais tarde investindo contra o outro.
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