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Os 100 anos do Genocídio Armênio


Autoria:

João Alberto Valentim Mansano


Advogado, atuante na area cível.

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Resumo:

O estudo abaixo realizado, versa a respeito do extermínio de milhares de Armênios ao decorrer dos anos 1915 e 1917, pelo grupo chamado Jovens Turcos, bem como na sua falta de repercussão, ainda nos dias de hoje.

Texto enviado ao JurisWay em 12/04/2016.

Última edição/atualização em 21/04/2016.



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PALAVRAS CHAVES: extermínio armênio; 100 anos do extermínio armênio; genocidio; Armênia; holocausto; jovens turcos; não reconhecimento internacional.

1- INTRODUÇÃO; 2 - MOVIMENTO; 3 - NACIONALISTA; 4 - CAMPANHA; 5 - DEPORTAÇÃO; 6 - RECONHECIMENTO MUNDIAL; 7 - PAPA; 8 - PAÍSES QUE NEGAM; 9 - IGREJA ARMÊNIA CANONIZA 1,5 MILHÃO DE VÍTIMAS DO GENOCÍDIO; 10 - CONCLUSÃO 11 - FONTES.


1- INTRODUÇÃO

           

            Conhecido como extermínio Armênio, ou holocausto Armênio, como se denomina a deportação forçada de inúmeros armenios que viviam no Império Otomano, com a intenção de exterminar sua presença cultural, sua vida econômica e seu ambiente familiar, durante o governo dos chamados Jovens Turcos, de 1915 a 1917.4  Caracterizou-se pela sua brutalidade nos massacres e pela utilização de marchas forçadas com deportações, que geralmente levava a morte a muitos dos deportados. Outros grupos étnicos também foram massacrados pelo Império Otomano durante esse período, entre eles os assírios e os gregos de Ponto. Alguns historiadores consideram que esses atos são parte da mesma política de extermínio.5  Está firmemente estabelecido que foi um genocídio, e há evidências do plano organizado e intentado de eliminar sistematicamente os armênios. É o segundo mais estudado evento desse tipo, depois do Holocausto dos judeus na Segunda Guerra Mundial. Vários estudiosos afirmam que, em 1939 nas vésperas da invasão da Polônia, Hitler teria pronunciado a seguinte frase: "Afinal quem fala hoje do extermínio dos armênios?".

 

 

2 - MOVIMENTO NACIONALISTA

 

            Após séculos de dominação persa e bizantina, o território da Armênia histórica se dividiu em meados do século XVI entre os impérios russo e otomano. Entre 1,7 e 2,3 milhões de armênios viviam no Império Otomano em 1915, segundo as estimativas dos historiadores ocidentais. Na época, o Império Otomano controlava não só a Turquia, mas também parte da Síria, da Arábia, dos Balcãs e do território onde hoje é a Armênia. Em 1914, os turcos entraram na guerra ao lado da Alemanha. O objetivo era recuperar o território que estava ocupado pela Rússia.

            As autoridades otomanas acusaram os súditos armênios de deslealdade com o Império desde o nascimento, no fim do século XIX, de um movimento nacionalista que exigia a autonomia dos armênios.

            Entre 100 mil e 300 mil armênios teriam sido massacrados em 1895-1896 durante o reinado.

 

Trecho do jornal The New York Time de agosto de 1915 relata sobre o genocídio armênio. (Foto: Reprodução/The New York Times)

 

Em outubro de 1914, o Império Otomano entrou na Primeira Guerra Mundial, ao lado de Alemanha e Áustria-Hungria.

 

3 - CAMPANHA

 

            A campanha dos otomanos foi um desastre, e os russos venceram uma série de batalhas. Alguns grupos de nacionalistas armênios apoiaram os russos na guerra, vendo a possibilidade de uma derrota otomana resultar na criação da República da Armênia. O resultado é que os otomanos passaram a culpar os armênios pelas derrotas, acusando-os de cooperar com a Rússia e de trair o império.

            Quando o Império sofreu grandes perdas nos combates que afetaram as províncias armênias, as autoridades responsabilizaram os armênios e lançaram uma campanha propagandística que os classificava de inimigo interno.

            Em 24 de abril de 1915, milhares de armênios suspeitos de sentimentos nacionalistas hostis ao Governo central foram detidos. A maioria deles foi executada posteriormente ou deportada. A data é, desde então, para os armênios de todo o mundo, o dia comemorativo do genocídio armênio.

 

4 - DEPORTAÇÃO

            Em 26 de maio de 1915, uma lei especial autorizou a deportação dos armênios por razões de segurança interna, seguida no dia 13 de setembro de uma lei que ordenou o confisco de seus bens.

            A população armênia de Anatólia e Cilicia foi condenada ao exílio nos desertos da Mesopotâmia. Muitos armênios morreram no caminho ou em campos.

Inúmeros armênios foram queimados vivos, afogados, envenenados ou vítimas do tifo, segundo informações de diplomatas estrangeiros e agentes secretos da época.

            O embaixador americano no Império Otomano, Henry Morgenteau, descreve em um documento diplomático ao Departamento de Estado uma "campanha de extermínio racial sob o pretexto de reprimir a rebelião".

 

 

Foto de 1915 mostra longa fila de armênios marchando após serem deportados pelas autoridades russas. Armênia relembra cem anos do genocídio armênio, considerado o primeiro grande massacre do século XX. (Foto:AP)

 

5 - RECONHECIMENTO MUNDIAL

            Esse ocorrido entre 1915 e 1917, é atualmente reconhecido por cerca de 20 países, incluindo Argentina, Uruguai, França, Suíça, Rússia e o Parlamento Europeu.

 

            Embora os Armênios afirmem que até 1,5 milhão de pessoas foram mortas entre 1915 e 1917 nos massacres realizados pelo Império Otomano (precursor do atual Estado turco, durante a Primeira Guerra Mundial), a agência AFP reporta que  Ancara insiste que não houve um plano de extermínio da população armênia e que se tratou de um conflito civil, no qual morreram entre 300 mil e 500 mil armênios, mas que houve a mesma quantidade de vítimas turcas.

 

6 - PAPA

            No dia 12 de abril de 2015 o Papa Francisco utilizou o termo "genocídio" para descrever os massacres de armênios iniciado há um século, provocando a reação imediata da Turquia, que afirmou que a opinião do pontífice é "infundada".

João Paulo II já havia utilizado o termo na declaração conjunta e o próprio Francisco fez o mesmo antes de ser nomeado papa em 2013. Mas esta é a primeira vez que um chefe da Igreja Católica usa a palavra em público.

            O primeiro país do mundo a reconhecer o genocídio armênio foi o Uruguai, em 1965. Seguiram o exemplo, entre outros, os parlamentos da Rússia (1994), Holanda (1994), Grécia (1996), França (2001), Itália (2001), Suíça (2003), Canadá (2004), Argentina (2005), Suécia (2010) e Bolívia (2014).

 

            A Áustria deu um primeiro passo simbólico em termos de reconhecimento quando o Parlamento fez, nesta quarta-feira (22), um minuto de silêncio em memória do genocídio armênio, pela primeira vez em um país que em outros tempos foi aliado do Império Otomano, e onde esse termo jamais havia sido usado oficialmente.

 

            Já a Alemanha, outro aliado do Império Otomano, reconheceu o genocídio pela primeira vez nesta quinta-feira 23 de abril de 2015. O presidente Joachim Gauck usou o termo durante cerimônia em homenagem às vítimas realizada em Berlim e ainda destacou a "corresponsabilidade" alemã no crime.

 

            "Nós também devemos, nós alemães, fazer o nosso trabalho de memória", declarou, referindo-se à "corresponsabilidade e, potencialmente, até mesmo cumplicidade (da Alemanha) no Genocídio Armênio", disse na véspera do centenário.

 

7 - PAÍSES QUE NEGAM

            Por outro lado, vários países sancionam a negação do fato, como Suíça e Eslováquia.

Em dezembro de 2013, em uma decisão revisada atualmente, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) considerou que processar e condenar alguém por negar o genocídio armênio constituía um atentado contra a liberdade de expressão.

 

            Na Europa, muitos países evitam o termo para não atrapalhar as relações diplomáticas com a Turquia, como é o caso do Reino Unido. No entanto, isso está mudando. No dia 12 de abril de 2015, o papa Francisco classificou o massacre como "o primeiro genocídio do século XX".

            Os países que reconhecem o genocídio podem esperar retaliações diplomáticas ou comerciais. Quando a França fez isso, por exemplo, os turcos cancelaram um contrato militar. O caso mais recente ocorreu com a Áustria. O governo turco chamou seu embaixador em Viena de volta para Ancara e publicou uma nota acusando os austríacos de "dar lições aos demais sobre história".

            Segundo a britânica BBC, o Brasil também não reconhece oficialmente o "genocídio". Em referências ao massacre, o governo se diz solidário às vítimas do que classifica como tragédia, mas não menciona a palavra genocídio.

Em 2007, os Estados Unidos quase aprovaram um projeto de lei reconhecendo o massacre de armênios como um genocídio. O projeto foi barrado na última hora pelo então presidente George W. Bush. O cálculo do governo Bush era simples: a Turquia era um aliado do país na Guerra do Iraque. Mais de 70% dos suprimentos que os americanos enviavam para suas tropas no Iraque e no Afeganistão passavam pela base de İncirlik, controlada por turcos e americanos. Perder o apoio dessa base seria um problema. Barack Obama não mudou essa política.

            O secretário da presidência americana Denis McDonough e o assessor de Obama para política externa Ben Rhodes se reuniram em abril de 2015 com representantes da comunidade armênia dos Estados Unidos para discutir sobre o centésimo aniversário do massacre, mas não mencionaram a palavra genocídio.

            Em abril de 2014, Recep Tayyip Erdogan, então primeiro-ministro turco, apresentou as condolências de seu país "aos netos dos armênios assassinados em 1915".

Em janeiro de 2015, Erdogan, agora presidente, declarou que a Turquia estava "pronta para pagar o preço" se fosse reconhecida culpada por historiadores independentes.

            Dias antes da recordação do centenário, o novo premiê Ahmet Davutoglu afirmou que seu país compartilha o sofrimento dos filhos e netos dos armênios mortos sob o Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial e expressou a eles suas condolências.

Atualmente, 3,2 milhões de armênios vivem na Armênia, e a diáspora é calculada em mais de oito milhões de pessoas, que residem agora nos Estados Unidos, Oriente Médio, França, Canadá e América Latina.

 

8 - IGREJA ARMÊNIA CANONIZA 1,5 MILHÃO DE VÍTIMAS DO GENOCÍDIO

 

            Sendo a maior canonização realizada por uma Igreja cristã, a cerimônia de canonização das 1,5 milhão de vítimas do genocídio armênio, perpetrado pelos turcos otomanos, foi realizada nesta quinta-feira (23.04.2015) na Armênia, na véspera das cerimônias oficiais do centenário dos massacres.

            "As almas das vítimas do genocídio vão enfim encontrar o descanso eterno", comemorou Vardoukhi Chanakian, de 68 anos, um funcionário público de Yerevan, capital da Armênia.

            A missa de canonização foi celebrada pelo chefe da igreja armênia, Catholicos Karékine II, em Etchmiadzin, a 20 km de Yerevan, em um edifício do século IV que é considerado a catedral cristã mais antiga do mundo.

Trata-se da maior canonização realizada por uma Igreja cristã.

            "Mais de um milhão de armênios foram deportados, mortos, torturados, mas se mantiveram fiéis a Cristo", ressaltou Karékine.

            A cerimônia terminou às 19H15 (12H15 de Brasília), uma escolha simbólica em memória de 1915, ano em que o genocídio começou.

            Logo depois, os sinos de todas as igrejas armênias soaram em todo o mundo e um minuto de silêncio foi observado por toda a comunidade dos armênios.

            A Igreja apostólica armênia convocou todos os armênios a "participar deste evento histórico".

            Ao canonizar as vítimas, "a Igreja reconhece os fatos, que significa o genocídio", declarou Karékine II.

            "Para nós, armênios, é uma obrigação moral e um direito de recordar os 1,5 milhão dos nossos que foram mortos e as centenas de milhares de pessoas que sofreram privações desumanas", ressaltou por sua vez o presidente armênio, Serge Sarkissian.

            Na sexta-feira, milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo vários chefes de Estado e de Governo, vão prestar homenagem às vítimas desses massacres iniciados há 100 anos.

'Injúria ao povo turco'

Segundo a Armênia e outros países, os massacres mataram 1,5 milhão de armênios em uma campanha de eliminação sistemática comparável a um genocídio, um termo rejeitado de maneira categórica pela Turquia, que critica duramente os que utilizam a palavra.

            Ancara evoca uma guerra civil, na qual entre 300 e 500.000 armênios e turcos morreram.

            Centenas de milhares de pessoas são esperadas sexta-feira em Yerevan para uma cerimônia no Memorial das vítimas do genocídio armênio. Entre os convidados estão os presidentes russo Vladimir Putin e francês François Hollande.

Em todo o mundo, várias cerimônias organizadas por muitos diásporas armênios serão realizadas, de Los Angeles a Estocolmo, passando por Paris e Beirute.

            A dois dias do centenário, o Parlamento austríaco observou na quarta-feira um minuto de silêncio em memória das vítimas do genocídio armênio, pela primeira vez neste país, aliado na época dos massacres ao império otomano.

            Este gesto enfureceu Ancara, que denunciou uma "injúria ao povo turco contrário aos fatos" e chamou para consultas seu embaixador na Áustria.

            Dias antes, o papa Francisco também empregou pela primeira vez o termo "genocídio" para falar sobre os massacres, enquanto o Parlamento europeu pediu a Ancara que reconheça o genocídio.

            Em abril de 2014, Recep Tayyip Erdogan, então primeiro-ministro turco, deu um passo inédito ao apresentar condolências aos armênios vítimas de 1915, sem deixar de contestar a tese de extermínio.

O presidente armênio Serge Sarkissian convidou Erdogan a fazer um gesto mais forte durante o centenário este ano.

            "Espero que o presidente Erdogan expresse uma mensagem mais forte em 24 de abril e que as relações (bilaterais) se normalizem", disse Sarkisian em uma entrevista ao canal de notícias turco CNN-Turk.

 

 9 - CONCLUSÃO

 

            Conclui-se que, apesar das negativas em relação a divulgação do genocídio perpetrado contra o povo armênio, a ferida foi profunda entre seus pares, criando um sentimento de revolta, perfeitamente compreensÍvel, dado a gravidade dos fatos. E, apesar, de sua modesta divulgação, essa ferida é deixada de herança as gerações futuras para que a humanidade entenda que a crueldade não tem limites e que, o holocausto, não só se restringiu apenas à Alemanha nazista. Portanto, assim como a tragédia que ocorreu contra os Judeus, os armênios, também devem ser lembrados, isso no intuito de reforçar que a crueldade humana máxima - o holocausto - não aconteceu somente uma vez, mas sim é recorrente na história da humanidade.

 

 

 

 


 

 

10 - FONTES

(bibliograficas e etc)

 

 

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/conheca-historia-os-fatos-e-versoes-do-genocidio-armenio.html - Último acesso em 17.05.2015

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/04/o-que-foi-o-genocidio-armenio-e-por-que-tantos-lideres-se-recusam-falar-sobre-o-assunto.html - Último acesso em 17.05.2015

 http://genocidioarmenio.com.br/o-que-e/  - Último acesso em 18.05.2015

http://consuladodaarmenia.com/armenia/genocidio/ - Último acesso em 18.05.2015



 

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