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 Sala dos Doutrinadores - Ensaios Jurídicos
Autoria:

Risolete Nunes De Oliveira Araujo
Mestrado em Direito Ambiental-UNIFAP, advogada, professora e servidora pública, com especialização em Língua Portuguesa e Literatura pela Universidade Internacional de Curitiba,Licenciatura Plena em Pedagogia-UNIFAP, Bacharel em Direito-CEAP.

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Homem: ideologia e discurso

Neste ensaio objetiva-se apresentar uma breve discussão acerca da conexão pré-estabelecida entre ideologia e discurso e como esta conexão é aceita e disseminada pelo homem, que se configura como o sujeito de alteridade ideológica e discursiva.

Texto enviado ao JurisWay em 08/02/2013.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

 

MESTRADO EM DIREITO AMBIENTAL E POLÍTICAS PÚBLICAS

 

 

 

 

HOMEM: IDEOLOGIA E DISCURSO

 

  

 

         Risolete Nunes de Oliveira Araújo¹

 

  

 

¹Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental e Políticas Públicas da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP 

 

 

 

RESUMO: Neste ensaio objetiva-se apresentar uma breve discussão acerca da conexão pré-estabelecida entre ideologia e discurso e como esta conexão é aceita e disseminada pelo homem, que se configura como o sujeito histórico de alteridade ideológica e discursiva.

 

 

 

PALAVRAS-CHAVE: Homem; Ideologia; Discurso.

 

 

 

ABSTRACT: The aim of this essay is to present a brief discussion on the established connection between ideology and discourse and how this connection is accepted and disseminated by man, which constitutes the subject of historical and discursive ideological otherness.

 

 

KEYWORDS: Man,Ideology, Discourse.

 

1 Introdução

 

O presente ensaio destina-se a apresentar uma exposição geral acerca da relação entre discurso e ideologia e seus sujeitos. De início cabe informar que no conceito de ideologia não existe consensos. Ainda é um labirinto difícil de se encontrar a saída. Contudo filósofos de renome se arriscam em formular um conceito.

É importante entender que no conflitante cenário, a ideia marxista de ideologia, encontra respaldo no pensamento moderno acerca do tema. Nesta visão a ideologia é vista como um processo  pelo qual as ideias da classe dominante se tornam  ideias de todas as classes sociais, tornando-se ideias que irão se refletir como algo que foi pensado por todos, disseminando-se no censo comum.

No contexto marxista a função da ideologia é de ocultar, de maneira virtual, a verdadeira condição do homem. Então pode-se dizer que discurso é o meio pelo qual essa ideologia é imposta e o homem o seu sujeito. Assim, metodologicamente cabe confronta ideologia e discurso para em seguida analisar como o homem é sujeito disseminador do discurso e assujeitado nessa relação.

 

2  Ideologia e discurso

 

A relação entre discurso e ideologia se estabelece de forma complexa, a ideologia surge no campo das ideias e se materializa por meio do discurso. Segundo os ensinamentos de Marilena Chauí (2008), que pauta sua reflexão no clássico de Marx e Engels, “Ideologia Alemã” em que o sentido de ideologia se apresenta como “falsa consciência” ou “visão invertida da realidade”. Nessa perspectiva, o grupo dos que pensam domina a consciência social e tem um tipo de poder de disseminar ideias e valores através das artes, escola, filosofia, ciência, religião, leis e do direito. Para Marx (apud Barros-Mende, 2001), a função da ideologia é ocultar, de forma não perceptível, a verdadeira face do mundo objetivo, dissimulando as condições de existência social dos homens, a ideologia aqui é vista  como fonte de alienação impedindo as pessoas de exprimirem por si mesmas suas relações com o mundo. Nesse momento o discurso seria a ferramenta utilitária para que as ideologias venham a existir e se disseminar no campo material, como exposto no início desta análise.

Em Gramsci (apud Barros-Mendes, 2001), as lideranças ideológicas lançariam mão de estratégias de consentimento, a sociedade como um todo respalda esse poder dominante, e se deixaria subjugar. Para o sucesso desse jogo de forças as lideranças ideológicas contam com a existência de instituições intermediárias, com escolas, igrejas, meios de comunicação e outros.

Nesse toar, Gramsci leciona que a ideologia tem um papel libertador. Para este as ideologias devem ser vistas como forças organizadas que podem moldar o terreno no qual homens e mulheres atuam, lutam e adquirem consciência de suas posições sociais.

Por outro prisma de análise, com Althisser, esse determinismo é marcado quando se verifica um sujeito passivo, assujeitado, porque cada indivíduo mesmo antes de nascer já teria seu lugar destinado na estrutura social. Assim, percebe-se a funcionalidade deste elemento para manter a estrutura social. Mas esta sozinha não poderia chegar ao destino final, precisaria de um meio eficaz. Então, a materialidade especifica da ideologia é o discurso, que por vez se materializa na linguagem.

A ideologia usa o discurso como sua ferramenta mais eficaz. O discurso por sua vez se especifica materialmente por meio da linguagem. Então ideologia, discurso e linguagem são os objetos de estudo da análise do discurso. Em Bakhtin (2004), encontra-se a fundamentação de que a palavra é um fenômeno ideológico por excelência, e  ainda, o modo mais puro e sensível de relação social. Seria este o mecanismo ideal para que aquele adquirisse sentido e efeito entre os interlocutores.

 

3 O homem

 

Nas contribuições de Chauí (2008), ressalta-se  que, considerando suas referências e posições teóricas e políticas, se destaca por demonstrar que o mundo, a realidade e as relações que os definem não são transparentes para a grande maioria dos sujeitos (homem), o que os torna vulneráveis a um tipo de “cegueira”, ou em menor grau, de uma limitação compreensiva do mundo em todas as suas manifestações levando-os a serem, em grande parte, reprodutores e não produtores ativos e críticos da história.

Sem dúvida, essa “névoa”, para alguns, que supostamente oculta a realidade ou que nos constitui, para grande parte dos sujeitos sociais é produto do fenômeno da alienação sobre as suas quatro formas de ocorrência: língua, social, econômica e intelectual; que, em síntese, são as fontes originárias da ideologia.

A medida em o sujeito se encontra alienado para uns e interpelados para outros, sem aceso ou com restrições evidentes aos bens sociais, materiais e culturais, fica a mercê das supostas vontades, valores e idéias de outrem, que em geral, não correspondem as suas ou aos seus reais interesses. Mas, por apresentarem-se como legítimos, acabam sendo incorporados e reproduzidos por esse mesmo sujeito alienado, já que ele não se reconhece como tal. Em Althusser (apud Barros-Mendes, 2001),  esse entendimento é reforçado quando afirma que somente através do sujeito que será possível e existência da ideologia. Prosseguindo com Althusser o sujeito, para este, é um não-agente, mas um sujeito assujeitado, ou seja, passivo e influenciado pelos campos ideológico-discursivos.

 

4 Conclusões

 

A ideologia por si, não poderia se propagar no campo social, pois lhe faltaria um elemento eficaz, o condutor, a ponte entre a ideologia e a sociedade, o discurso é este elemento. E ainda precisaria de outro elemento complexo e subjetivo, que de posse do discurso o disseminasse por toda teia social, o homem seria este outro elemento. Porque somente através do sujeito é possível a existência da ideologia.

 

5 Referências

 

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 11°. ed. São Paulo: HUCITEC, 2004.

BARROS-MENDES, Adelma das Neves. O silenciamento nos livros didáticos. Tese de Doutorado. UNICAMP, 2001.

CHAUÍ, M. O que é ideologia. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2008.

 

Importante:
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