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Resumo:
"A destruição de um povo começa com o empobrecimento da Lingua". (Olavo Bilac) "A riqueza cultural evidenciada no meio juridico pelo domínio do vernáculo se encontra na iminência da extinção"(Regis Luscenti)
Texto enviado ao JurisWay em 09/07/2010.
Última edição/atualização em 12/07/2010.
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A caminho da extinção
“Nunca na história deste país”, o conhecimento do vernáculo, esteve tão perto da extinção. Não sou nenhum Machado de Assis, ou mesmo, um Jose de Alencar, mas não deixo de ser um verdadeiro apaixonado pela capacidade de expressão em seu modo mais sublime e peculiar que é a escrita; esta que, em sua singeleza, pode revelar a essência dos sentimentos, ou ainda, possibilitar em sentido lato a liberdade do ser humano. Hoje, lê-se pouco, ou mal, e escreve-se cada vez menos. Falar bem, escrever bem, já não possui o prestígio de outrora, quando somava pontos em todas as profissões, sempre enriquecidas com o meneio correto do idioma. Aquela, hoje pertence aos demagogos e esta - a escrita - se encontra suprimida pelo descaso, ou, quem sabe, por oportunistas que pretendem impor sua vontade com mais facilidade aos governados.
Verdade é que a situação que se nos apresenta, subsume a decadência do ensino, ao desinteresse pelos valores verdadeiros. Máxime, estamos assistindo, ultimamente, ou de uns tempos para cá, a uma das piores formas de maniqueísmo cultural, que desgraçadamente, se vê inclusive nos domínios forenses, onde, para alguns, o conhecimento da língua portuguesa passou a figurar como fato incompatível com o saber jurídico. O voto de protesto não vem apenas na profissão, em que, acredito, manipulados por aqueles que deveriam lutar pela importância do vernáculo, falaciosamente, ovacionam a necessidade de um linguajar, mais acessível ao povo. Este que, por sua vez, conta com a tecnologia a colaborar com a extinção da escrita. Começamos com blogs, msn, skype e, finalmente, ou melhor, absurdamente, o twitter, instrumento criado na internet na qual existe um espaço mínimo de caracteres a serem digitados, não bastasse a linguagem que hoje toma conta da “cyber geração”, entenderam por bem delimitá-la. Vale dizer, estamos a um passo de regredirmos aos primórdios quando, frise-se, casuisticamente, a escrita era por figuras, imagens e símbolos. Contudo, se é totalmente cediço que os conflitos e problemas sociais, têm como raiz a falta de cultura e educação e não se vê qualquer mobilização mais contundente neste sentido, a ilação não é outra senão parafrasear “Bilac” a destruição de um povo começa com o empobrecimento de sua língua”. Luscenti, Regis, 31, advogado. 26/10/2009.
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