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Resumo:
O artigo político versa sobre a concessão do Premio Nobel da Paz a Barack Obama. A relevância do tema está assentada na ruptura do paradigma da longevidade do agraciado na luta pela paz.
Texto enviado ao JurisWay em 21/10/2009.
Última edição/atualização em 22/10/2009.
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A manhã do dia 09 de outubro de 2009 pontifica a primavera com um brilho muito especial para a humanidade, a Premiação do Nobel da Paz para Barack Obama. O simbolismo da concessão do Prêmio pela Academia de Oslo consolida e pavimenta todo um longo caminho e um árduo processo de conquistas a ser desafiado num contexto histórico que relega a afrodescendência a padrões de subcidadania . Se a eleição do chefe da White House foi um marco na história política norte-americana e ecoou em nível planetário, a premiação com oito meses de mandato silencia, cala e guarnece de insuspeitabilidade a sua legitimidade como uma liderança internacional.
A reação dos representantes dos Estados que mais exercem influência e domínio sob a política internacional, evidencia o papel importante do premiado nas questões mais candentes do século XXI, ou seja aquecimento global e a luta pelo desarmamento nuclear .
A mudança da doutrina isolacionista norte-americana tem sido fortificada pelo comprometimento em buscar consensos no âmbito internacional e pela pela escolha política da via diplomática como meio de solução pacífica de conflitos, ao contrário da nefasta era Bush onde a solução dos conflitos de interesses norte-americanos não levava em conta os reflexos na sociedade intercional , o desatino da política belicista tinha como predileção mefistofélica a Guerra como princípio das relações internacionais desprestigiando o tsunami financeiro que se avizinhava e o aquecimento global que penaliza a todos em especial as regiões já sacrificadas pela miséria em todas as suas manifestações.
O reverendo Martin Luther King Jr., em memorável discurso Why We Can't Wait - porque nós não podemos esperar - prenunciou a urgência de mudanças na vida social americana em meio a crueldade da injustiça social que sofria os afro-americanos. O mundo não pode esperar. A descúria ao meio ambiente insta os Estados a promoverem mudanças e a adotarem políticas que possam viabilizar o desaquecimento.
Razões inúmeras, com certeza, motivaram o comitê norueguês a escolher Barack Obama. A crise protagonizada pelos EUA colocou o seu Chefe de Estado, recém eleito com uma tarefa de enfrentá-la , restá-lhe o papel semelhante ao Mito Odisseico e como tal na superação do sonho impossível, tanscender como Ulisses o âmbito do mito e se converter em símbolo de capacidade para superar as advsersidades. Tal momento o coloca como homem com perfil capaz de adaptar-se, pela astúcia e o bom senso, a um mundo cada vez mais complexo e em contínua mutação.
O fio de Ariadne hoje está colocado nas mãos de quem tem capacidade e habilidade suficientes para dar conta da complexidade do mundo em que vivemos. A Paz e a Segurança internacional está na celebração da capacidade e habilidade em exaurir todas as possibilidades de diálogo como meio de solução de conflitos. As evidências do contexto internacional apontam no sentido de que todas as tragédias humanas tem como cenário principal a violência estrutural - desigualdade social que gera injustiça social da qual nenhuma ordem jurídica é capaz de solucionar se dispensar as alianças com a sociedade civil seja ela no âmbito interno seja no internacional.
Assim a poesia de nosso Mário Quintana nos diz o que é e o que representa a Esperança:
"Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
a mágica presença das estrelas!"
Digamos que a esperança é a primeira que nasce e a última que morre. As razões de Martin Luther King Jr., Nelson Mandela igualmente premiados enunciam uma racionalidade, um modus vivendi, com compreensões diversas, rompendo antigos paradigmas que afastam do humano o que nos é essencialmente sagrado: Justiça e Paz.Após o anúncio da Premiação pela Academia Norueguesa vozes indignadas quebraram a unanimidade acerto na escolha. É bem verdade, que o verniz que cobre a Educação da Cultura de Paz sofreu ranhuras por parte daqueles que ainda relutam em reconhecer a estatura política de um homem que ultrapassou barreiras em seu próprio pais e ganhou reconhecimento internacional pela sua capacidade e coragem de enfrentar uma gravíssima crise econômica sem voltar as costas para outras questões urgentes que afligem a humanidade. A crença no lema da campanha presidencial - "Yes we can change" não se limita somente a possibilidade de mudança no cenário político interno norte-americano, representa a possibilidade de mudança no contexto internacional traumatizado não só economicamente pela crise financeira internacional.
Comentários e Opiniões
1) Ione Inez Weber (11/01/2010 às 23:45:37) ![]() A meu ver , o fato do Sr. Barack Obama ser negro , e ter vencido as eleições nos EUA tem seus méritos na luta dos negros pelo conquista de seus direitos históricos . Mas acho que o prêmio Mobel da Paz não era devido a ele somente por ele ser negro . O fato que ele não fez nada pela paz mundial. Não retirou as tropas do Iraque , aumentou o efetivo no Afeganistão, continua mantendo a prisão dos muçulmanos na base em Cuba "Quantamamu" sem processos ou acusações formais . | |
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