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QUEBRA DE PARADIGMAS NA EDUCAÇAO AMBIENTAL E PROMOÇÃO DA SAÚDE


Autoria:

Samya Nara Mendes


Advogada BR/PT, Palestrante e Professora- Graduada em Direito, Licenciada em Pedagogia, Filosofia; Sociologia; Português/Inglês, Jornalismo, Contabilidade e Fisioterapia. Especialista em Direito Ambiental e Sustentabilidade; Direito Tributário, Educação para Diversidade, Psicopedagogia, Educação Especial e Inclusiva, Orientação e supervisão Escolar Perícia e auditoria Ambiental, Mestre em Gestão Ambiental. Professora de sociologia e Filosofia SEEMG, Professora de formação na universidade Aberta, criadora de cursos livres, Coordenadora do Programa PQA/NEAM/CIEPS/PROEX/UFU, Presidente da Comissão de Direitos Educacionais da 13ª subseção da OAB Uberlândia-MG, Membro das Comissões de Direito Constitucional e OAB Mulher, membro Conselho Municipal de Educação Uberlândia/MG - Diretora do SINDUTE Uberlândia/MG - Associada a Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura, ABRADE, ABRACRIM, ASPEJUDI - Associação dos Peritos Judiciais, Árbitros, Conciliadores. Palestrante UFU

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Resumo:

O presente artigo tem como intuito demonstrar a importância da Educação Ambiental interligada a promoção da saúde através de práticas pedagógicas com enfoque holístico e humanitário, em especial no âmbito das instituições Municipais de Ensino

Texto enviado ao JurisWay em 20/07/2014.



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INTRODUÇÃO

A questão ambiental ocupa hoje um importante espaço político. Tornou-se também um movimento social, a qual expressa às problemáticas relacionadas à qualidade de vida do ser humano, exigindo a participação consciente de todos os indivíduos.

 

O meio ambiente tema muito em voga no final do século passado e início deste, foi objeto de inúmeras conferências de âmbito global (Estocolmo em 1972, Rio de Janeiro em 1992, Kyoto em 97, para não citá-las todas), uma vez que é de vital importância para que seja preservado.

 

No mundo desenvolvido de hoje, não é raro a falta de preocupação com a exploração indiscriminada dos recursos naturais renováveis, ocorrendo frequentemente à socialização do prejuízo ambiental e a monopolização do lucro da exploração, onerando principalmente os habitantes da Zona Rural, uma vez que é extrapolado a ideia que apenas eles devem conservar o meio ambiente.

 

Demais disso, são de garantia constitucional, sem parâmetro em nenhum outro país, a qualidade de vida e a proteção ao meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações (conforme o teor do artigo 225 da Constituição Federal). Pois, a preservação do meio ambiente natural é questão indispensável para a continuidade da vida humana sobre a Terra. Tendo em vista que, o planeta, já dá fortes sinais de total esgotamento de seus recursos naturais, bem como, de colapso do ecossistema global.

 

Sem dúvida a questão ambiental forma um potencial social de questionamentos observamos ao longo das décadas as transformações da humanidade, pois a dita “civilização” vem causando transformações na natureza a ponto que a própria natureza se volte contra ela, como é notório as notícias de tantas catástrofes naturais. 

 

E ainda a crescente urbanização vem oferendo ao ambiente rural determinadas facilidades, fazendo com que os mesmos esqueçam suas raízes e das questões ligadas ao meio ambiente.

 

Neste ensejo a Educação Ambiental visa resgatar as afinidades e criar vínculos entre a população e os recursos ambientais. Ela se volta, prioritariamente, para a prevenção dos conflitos socioambientais, levando a população a assimilar e se apropriar do patrimônio natural como um bem comum necessário a sua sobrevivência e qualidade de vida.

 

No mais, intimamente ligado as questões ambientais está a saúde primária, visto que se estabelece relações físico social no contexto ambiental e entender o campo da saúde primária como um conjunto de práticas e saberes que influenciam na promoção da qualidade de vida e extrapolam os serviços de saúde

 

Sendo assim, com a crescente preocupação do homem em relação às questões ecológicas e aos graves efeitos de sua ação predatória sobre o planeta e sobre a própria espécie, a atenção à saúde se volta para um contexto mais amplo, levando em conta as relações estabelecidas com o ambiente físico e social. A dimensão ambiental abrangente pode ser uma oportunidade para superar, de vez, o enfoque sanitarista tradicional da educação em saúde, restrita às práticas centradas unicamente em regras de higiene pública e individual (Mohr & Schall, 1992, p.199). 1

 

De acordo com Franco & Vaz (2007), a proposta de situar a educação popular ambiental na área da saúde coletiva ressalta o vínculo entre os dois campos, uma vez que ambos tratam de sujeitos coletivos, que lutam por direitos sociais; por direitos humanos básicos, como saúde e educação; que lutam por direitos civis e por um ambiente onde todos possam satisfazer suas necessidades e exercer sua humanidade em plenitude (p. 83). 2

 

 Ainda segundo Philippi Jr. e Silveira, (2004) a saúde do indivíduo está intimamente ligada ao ambiente em que vive, tanto social como físico, sendo necessário identificar os impactos ambientais que atuam sobre ela, para se entender as relações fundamentais entre as condições ecológicas, sociais e culturais, a fim de desenvolver um ambiente saudável com equidade social e desenvolvimento sustentável, fatores de suma importância para a manutenção da saúde coletiva.3

 

Sobre o tema ventilado aduz Pelicioni (2005), grande parte dos agravos em saúde se relaciona com problemas ambientais, uma vez que as alterações no meio ambiente interferem na saúde e qualidade de vida das pessoas, de forma que meio ambiente e saúde são indissociáveis.4

 

Talvez seja esse o ensejo da conscientização ambiental, a busca constante por uma melhor qualidade de vida, e a promoção da saúde está intrinsicamente interligada as questões ambientais, visto que, a Educação Ambiental não deve discutir somente o meio ambiente físico, mas também deve contextualizar a saúde local, destacando os cuidados com a prevenção de doenças e gestão dos fatores ambientais deletérios a saúde.

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

Considerando a educação ambiental é aquela destinada a desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades, competências e atitudes para a preservação do meio ambiente, essa pratica pode ocorrer dentro de escolas, empresas, universidades, etc. A mesma deve estar presente em todos os níveis numa organização, gerando uma conscientização voltada para a preservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais, bem como a promoção da saúde.

 

A legislação Federal aduz: “Educação ambiental são processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.” (Lei Federal 9795/1999). 5

 

Desta forma nos ensina SAMPAIO, p.282.  “O princípio da educação ambiental surge como forma de possibilitar às populações o conhecimento necessário para que se possam implementar as mais diversas atividades e ações relacionadas à preservação do meio ambiente, inclusive a compreensão e adoção dos outros princípios estabelecidos. A anteriormente citada Declaração de Estocolmo estabeleceu, com respeito à educação, que: “É indispensável um trabalho de educação sobre as questões ambientais, visando tanto às gerações jovens como os adultos, dispensando a devida atenção ao setor das populações menos privilegiadas, com a finalidade de desenvolver as bases necessárias para esclarecer a opinião pública e dar aos indivíduos, empresas e coletividades o sentido de suas responsabilidades, relativamente à proteção humana e melhoramento do meio ambiente, em toda a sua dimensão humana”. 6

 

Para Tassara e Ardans (2013), educar pode ser entendido como a atuação nos processos socializadores de indivíduos e grupos. Se o processo socializador trabalha aspectos socioambientais, pode ser entendido como educação ambiental. “Educar é ensinar a pensar”.7

 

A Educação Ambiental deve ser analisada e entendida como um meio de desenvolver a preocupação com o meio e com os problemas existentes. Todos nós somos agentes de transformação social, envoltos na melhoria da qualidade de vida, que deve ser compreendida como condição para o bem-estar físico, psicológico e social em um ambiente equilibrado, que tenha requisitos básicos como suporte social; acesso todos aos extremos empíricos; ambiente físico saudável; acesso à cultura entre outros.

 

Segundo Reigota (2009), um dos grandes méritos da questão ambiental é possibilitar análises e abordagens a diversas formações. Por isso, a aplicação de conhecimento de diversas áreas dá caráter interdisciplinar à intervenção. Daí, a importância da participação de profissionais de diversas áreas nos trabalhos educacionais voltados à Atenção Primária.8

 

Neste ensejo a educação ambiental deve ser um processo educativo amplo e é incumbido a todos os entes como coparticipantes, assim em especial no âmbito escolar deve-se criar projetos com intuito de fomentar a pratica pedagógica dos educandos.

 

Desta forma em especial é necessário compreender que o trabalhador rural é agente transformador de seu meio, capaz de intervir na sua realidade. Aprimorando as noções de educação ambiental, saúde, saneamento básico, convivência social e economia de subsistência.

 

A reflexão sobre as práticas sociais em um contexto marcado pela degradação permanente dos ecossistemas envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental (COSTABEBER e MOYANO, 2000, p. 53). 9

 

Nesse contexto, TAMAIO (2002) abre um estimulante espaço para repensar o papel dos professores como mediadores e transmissores de um conhecimento necessário para que os alunos adquiram uma base adequada de compreensão do meio ambiente global e intervenção local. 10

 

A modificação dos hábitos e o resgate de valores podem ser mantidos e restaurados através da aplicação de princípios e práticas da Educação Ambiental nos mais diferentes segmentos sociais, especialmente no contexto escolar. Uma sugestão de pratica pedagógica pode ser a interligação da temática meio ambiente e saúde, por meio de projetos interdisciplinares no âmbito escolar.

 

OBJETIVO GERAL

 

Promover a educação ambiental e educação em saúde em forma de projetos educacionais em Escolas Municipais da zona rural para a melhoria da qualidade de vida e integração social dos educandos.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

a) promover aprendizado mútuo e vivência conjunta na discussão de temas socioambientais e promoção a saúde;

 b) promover discussão de temas como meio ambiente físico, cultural, construído e do trabalho; saúde e sociedade; ética e vivência comunitária; qualidade de vida;

c) desenvolver trabalhos que se adéquem a realidade da comunidade escolar;

d) preparar a equipe pedagógica da Instituição para a realização de atividades de educação ambiental e em saúde por meio da participação das atividades desenvolvidas.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

 

Esta é uma pesquisa-ação, sobre as formas de incluir a educação ambiental e promoção da saúde nos projetos educacionais de escolas municipais da zona rural de Uberlândia/MG, no primeiro momento em especial na Escola Municipal do Moreno -Fazenda Tenda dos Morenos - Estrada do Pau Furado. A pesquisa faz parte das atividades da Comissão em Direitos Educacionais e Comissão de Meio Ambiente da 13ª subseção de Uberlândia, com vistas ao cumprimento da função institucional da OAB/MG de contribuir para o aprimoramento da cultura educacional, jurídica e social, realizado no primeiro semestre de 2014, com duração de 07 semanas e início em Março/2014 e encerramento em Abril/2014. Este trabalho apresenta dados parciais da pesquisa realizada.

 

O intuito era promover a Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribuindo para o envolvimento ativo do público, tornando o sistema educativo mais relevante e mais realista, estabelecendo uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas em especial da Zona Rural.

 

Serão abordados os temas: Projeto Político Pedagógico, meio ambiente (físico, construído, cultural e do trabalho), ética e vivência comunitária, higiene e boas práticas de saúde.

 

A Instituição situa-se na zona rural oferece o Ensino Fundamental, com duração de nove anos, estruturados em quatro ciclos de escolaridade, considerados como blocos pedagógicos sequenciais, ou seja: Ciclo de Alfabetização, com duração de três anos de escolaridade, 1º, 2º e 3º anos; Ciclo Complementar, com duração de dois anos de escolaridade, 4º e 5º anos; Ciclo Intermediário, com duração de dois anos de escolaridade, 6º e 7º anos e o Ciclo de Consolidação, com duração de dois anos de escolaridade, 8º e 9º. Esta pesquisa se aos educandos do 1º ano do Ciclo de Alfabetização, crianças com seis anos de idade.

 

O número de participantes da pesquisa era inicialmente de 20, sendo que foi alcançado o número de 70 participantes, entre alunos e educadores. Foram recrutadas para a pesquisa todas as turmas do 1º ano do Ciclo de Alfabetização da tarde.

 

Foi solicitado à Instituição que os educadores acompanhassem o desenvolvimento das atividades para que se habituassem aos trabalhos na promoção da educação ambiental e saúde no intuito que, após o término da pesquisa, os educadores pudessem desenvolver trabalhos e projetos nesta temática.

 

Antes do início das atividades foi realizada visita de ambientação para o conhecimento dos educandos e educadores. Foi realizado pesquisas no intuito de saber se algum projeto era realizado naquela instituição sobre as temáticas a serem abordadas.

 

Por se tratar de um grupo de crianças, fase em que a capacidade de autodeterminação e a autonomia são naturalmente reduzidos, sobretudo no que se refere ao poder de decisão sobre si mesmo, o termo de consentimento foi assinado pelo responsável de cada sala de aula. As famílias receberam um aviso, encaminhado pela equipe pedagógica da Instituição, para conhecimento de que as atividades de Educação Ambiental e Saúde passariam a ser realizadas nos projetos educacionais já existentes na escola, porem foi observado que poucos professores inseriram as temáticas em seus planejamentos. As atividades foram realizadas seguindo a separação por turmas que já existia o que facilitou a condução das atividades e a apropriação de métodos e linguagens aplicados a essa fase de desenvolvimento.

 

Num primeiro encontro foi somente com os professores, foram repassados os objetivos do trabalho, inclusive abordagem jurídica do presente trabalho com apresentação da legislação pertinente

 

Também no primeiro encontro foi entregue aos educadores responsáveis pelas turmas uma avaliação inicial, para balizamento dos conhecimentos, ideias e perspectivas acerca da proposta de trabalho. Essa avaliação foi preenchida individualmente, sem a participação dos pesquisadores e era composta de quatro perguntas abertas sobre como a escola trabalhava os temas meio ambiente e saúde e sobre qual era o entendimento destes educadores quanto a Educação Ambiental e Educação em Saúde.

 

Num segundo para os educandos foram explicados os objetivos do trabalho, inclusive abordagem jurídica do presente trabalho com apresentação da legislação pertinente em termos facilitados para a compreensão dos educandos e ao final foi sugerido que os alunos explicassem o que entendem de meio ambiente e quais as doenças que podem ser causadas se esse meio ambiente for destruído, desta forma foi observada a dinâmica dos educandos.

 

Para cada atividade apresentada pelo professor foram elaborados planos de intervenção contendo o tema do dia, objetivos, teorização, metodologia e avaliação. O tema retrata o assunto a ser trabalhado, com foco na discussão de assuntos intrínsecos a realidade e cultura locais. Os objetivos evidenciam as intenções do trabalho e a proposta pedagógica, enquanto a teorização traz bases científicas para justificativa e discussão teórica acerca da atividade. Na metodologia são elencadas as etapas das atividades e os materiais utilizados.

 

A avaliação retrata a forma pela qual a eficácia da atividade é analisada, para verificação do que foi entendido pelo grupo e se foram atingidos os objetivos. Foi realizada sempre na forma oral seja de perguntas aos alunos sobre o tema desenvolvido ou na confecção de desenho sobre o tema ou trabalho manual (utilizando colagem de gravuras em papel).

 

Nas atividades foram usados diferentes instrumentos como jogos pedagógicos, teatro, músicas e leitura de histórias.

 

Os trabalhos foram realizados uma vez por semana em cada sala durante o horário normal das atividades escolares e tem a duração média de cinquenta minutos.

 

No desenvolvimento desta pesquisa já foram trabalhados os temas: água e poluição, cultura popular e manifestações folclóricas, alimentação e saúde e prevenção da dengue.

 

Ao final, foi realizado uma reunião com as equipes de trabalho para apresentação dos resultados finais da pesquisa.

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

O trabalho educacional oferecido pela escola Municipal dos Morenos estende-se a crianças e adolescentes da Zona Rural.  Nossa preocupação consiste na urbanização que vem crescendo rumo a área rural, nossa cidade está quase sitiando tal escola municipal, uma vez que praticamente está quase no perímetro urbano de Uberlândia, criando um risco social e vulnerabilidade social para aquela comunidade.

 

Entende-se por risco social o “evento externo, de origem natural, ou produzido pelo ser humano, que afeta a qualidade de vida das pessoas e ameaça sua subsistência” (BELO HORIZONTE, 2007, p. 95). 11

 

Tatiana Engel Gerhardt (2000) refere que o conceito de vulnerabilidade remete a um conjunto de fatores, mas também para a capacidade de reação do indivíduo e à percepção que ele tem do ambiente ameaçador, e, portanto, dos recursos (material e simbólico) que mobiliza para desativar ou contornar um evento negativo. Nesse sentido, a noção de vulnerabilidade compreende a ideia de pluralidade de adversidades e de eventos favoráveis à exibição do sujeito a um evento negativo.12

 

Nessas condições, a vulnerabilidade considera a ideia de dinâmica de mudanças inscritas no sistema social como elementos que participam do processo de sua própria reprodução, sendo permeável aos efeitos do ambiente externo, que podem se alterar a qualquer momento, de acordo com a capacidade do indivíduo para enfrentar o problema (Takahashi e Oliveira, 2004). 13

 

Esse conceito amplia a perspectiva da intervenção, no que se refere à modificação da susceptibilidade de indivíduos ou grupos a um evento negativo, ao considerar que sua ocorrência não depende apenas de características individuais, mas por considerar também o componente social. Os riscos também estão relacionados tanto com situações próprias do ciclo de vida quanto com condições específicas das famílias, comunidades ou entorno.

 

Problemas na aprendizagem e defasagem escolar aparecem com frequência, como reflexos das situações de risco em que se encontram as crianças. Observamos que esta defasagem também vem acompanhada pela ausência de trabalhos educativos nas questões ambientais e saúde e discussão ampla da sociedade.

 

Entendendo a educação como ferramenta de inclusão social, desenvolvimento pessoal e envolvimento comunitário, é de fundamental importância que seja inserido no trabalho educativo temas como a educação ambiental e educação em saúde.

 

Para Tassara e Ardans (2005), educar pode ser entendido como a atuação nos processos socializadores de indivíduos e grupos. Sendo assim, a educação e a socialização, assumem, muitas vezes, o mesmo sentido. Se o processo socializador trabalha aspectos socioambientais, pode ser entendido como educação ambiental. 14

 

“Educar é ensinar a pensar” (ALVES, 2010, p.1). Na educação ambiental e na educação em saúde é ensinar a pensar sobre como ações individuais refletem nas condições de vida e saúde de uma comunidade. É ensinar a pensar na relação complexa que existe entre homem, saúde e ambiente. 15

 

A educação ambiental pode ser entendida como um processo que busca desenvolver consciência e preocupação com o meio e com os problemas existentes. As pessoas que participam são consideradas agentes de transformação social, envolvidos na melhoria da qualidade de vida, entendida como condição de bem estar físico, psicológico e social em um ambiente equilibrado, que tenha requisitos básicos como suporte social; acesso a experiências, contatos e interações; ambiente físico limpo e seguro; acesso à cultura, lazer e cidadania, entre outros (MAZZINI, 2004). 16

 

TRISTÃO e FASSARELLA (2007) relatam que os contextos de aprendizagem da educação ambiental envolvem não só a sala de aula, mas também múltiplos espaços para a formação ativa de diferentes sujeitos como alunos, educadores e monitores, ou seja, o aprendizado é comum ao grupo e não específico somente da parte assistida.

O educador, ao lidar com questões ambientais, precisa refletir sobre suas próprias posturas e, para saber quais atitudes tomar, deve primeiramente observar o meio em que está inserido, lembrando que tudo tem suas regras, princípios e seu tempo. 17

 

Neste sentido, o trabalho de educação ambiental deve se adaptar à realidade do grupo e promover ampla discussão sobre meio ambiente e sociedade, inclusive quanto às condições de saúde, alterada e motivada, também, por fatores ambientais. A educação, neste sentido, é uma ferramenta de prevenção de doenças e promoção da saúde, por meio do debate e da busca do controle dos fatores deletérios a ela.

 

Tendo em vista que o trabalho educacional desenvolvido nesta escola visa à melhoria das condições de vida dos indivíduos, inclusão social e melhor compreensão da sociedade e seus múltiplos fatores determinantes, tomando para si a consciência de que eles são agentes de construção e transformação social, preparando-os para tal, deixar de tratar da Educação Ambiental e da Educação em Saúde seria dar margem para que ainda existam a exclusão social e marginalização, uma vez que são temas que trazem conhecimentos necessários para a vida em comunidade e exercício da cidadania.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Também foi verificado que a Instituição já realizava atividades ligadas ao meio ambiente e a promoção de saúde, porém muitas vezes em eventos pontuais ou sazonais e sem a avaliação da eficácia das atividades ao longo do tempo.

 

A adesão das crianças nas atividades foi em torno de 99%, diferente da participação dos educadores que ficou em torno de 80%. Em ambos os casos a participação é voluntária.

 

Hipóteses para a menor participação dos educadores nas atividades envolvem a própria rotina escolar, onde são aproveitados os momentos em que os alunos estão dedicados a outras tarefas para atender as várias demandas que surgem no dia a dia. Por outro lado, pode ocorrer que não sintam a necessidade de acompanhar as atividades, talvez por considerem que tenham o conhecimento amplo do assunto.

 

Nas avaliações realizadas em cada atividade percebeu-se que as crianças assimilaram o conteúdo desenvolvido, buscou-se uma linguagem informal para que houvesse o entendimento, verificou-se que os educandos se   tornarão educadores ambientais em suas casas em seu meio de convívio. Assim verificou-se a quebra de paradigmas de que crianças jamais poderiam se tornar educadores ambientais.

 

Ao final da pesquisa, espera-se que sejam alcançados:

a) compreensão dos fatores socioambientais que interferem nas condições de saúde;

b) formação de senso crítico sobre meio ambiente, saúde e sociedade;

 c) autonomia dos educadores da Instituição em executar trabalhos de educação ambiental e educação em saúde.

 

CONCLUSÃO

 

Observamos que no Brasil, a obrigatoriedade de promover a Educação Ambiental (EA) “em todos os níveis de ensino” inicia-se com a Constituição Federal de 1988 (Cap. VI, art. 225, parágrafo 1, inciso VI), seguida da inclusão do tema meio ambiente nos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC - PCN (BRASIL, PCN, 1997), consolidando-se como política pública com a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, regulamentada em 2002) caracterizando a educação ambiental como uma questão que exige cuidado e atenção, e alerta para os cuidados que são indispensáveis para a manutenção e continuidade da vida no planeta.

 

Porem a realidade nos mostra que poucos professores aplicam a legislação e os alunos pouco sabem sobre as questões ambientais e promoção a saúde, apenas aquilo que lhes é repassado pelos pais, pensando desta forma, eles se tornam uma página em branco, mais fácil a observação dos fatos cotidianos, dos problemas mais próximos, possibilitando a elaboração de conceitos simples, para a interiorização da compreensão das interações do meio biofísico e social.

 

Desta forma a escola deve receber o educando não para julgá-los, mas para despertar neles a consciência de sua própria realidade, de sua própria história e, assim, criar condições para que eles, aos poucos, possam assumir-se como autores de sua própria identidade, constituindo-se como sujeito autônomo e capaz de tomar nas próprias mãos o seu destino no interior da comunidade.

 

Ao implementar projetos de educação para o ambiente, os educadores estarão facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, das questões ligadas a saúde, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta.

 

Assim desenvolveremos aos educandos as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas consequências no meio ambiente em que vivem.

 

Verifica-se ainda que a Educação Ambiental é uma estratégia viável para a Atenção Primária à Saúde e pode-se trabalhar questões socioambientais que interferem na condição de saúde das pessoas, configurando-se num trabalho de prevenção de doenças e promoção da saúde.

 

Ainda observa-se que numa mesma escola existem concepções diferentes nas questões ligadas a educação ambiental e promoção da saúde. Esse resultado me faz refletir sobre a fragilidade desse campo do saber dentro da maioria dos Projetos Políticos Pedagógicos. Além disso, é possível constatar que mesmo as instituições que apresentam nos seus PPP discursos ambientais, na prática ainda precisam de desconstruir conceitos que dificultam o trabalho de uma Educação Ambiental crítica, holística, transversal de maneira permanente e continua.

O objetivo da pesquisa não é julgar ou críticas as instituições e professores e sim acima de tudo proporcionar reflexões que envolvam a Educação Ambiental e a promoção à saúde. Mas percebemos que há resistência de muitos educadores e até das próprias instituições em abordar a temática de maneira permanente e continua.

 

REFERÊNCIAS

 

1.      MOHR, A. & SCHALL, V. T. Rumos da Educação em Saúde e sua relação com a educação ambiental. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 8 (2): 199-203, abr/jun, 1992.

2.      FRANCO, J. B. & VAZ, M. R. C. Aprendendo a ensinar a partir de uma perspectiva socioambiental no contexto da saúde coletiva. Ambiente & Educação, vol. 12, 2007

3.      PHILIPPI JR, Arlindo; SILVEIRA, Vicente Fernando. Saneamento Ambiental e Ecologia Aplicada. In: PHILLIPPI JR, Arlindo; ROMÉRO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet. (Ed.). Curso de Gestão Ambiental. Barueri: Manole, 2004. cap. 2. p. 19-52. ISBN 85-204- 2055-9. (Coleção Ambiental; 1).

4.      Pelicioni MCF. Promoção da saúde e meio ambiente: uma trajetória técnico-política. In: Philippi Junior A, Pelicioni MCF, editores. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Manole; 2005. cap. 16, p. 413-420. (Coleção Ambiental, n. 3).

5.      BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 28 abr. 1999, p.1.

6.      SAMPAIO, Francisco José Marques. Obra citada, p. 202. MACHADO, Paulo Affonso Leme. Obra citada, p. 282. Declaração Internacional de Estocolmo, princípio n.º 19.

7.      Tassara, E. T. de O. e Ardans, O. (2013) Participação emancipatória: reflexões sobre a mudança social na complexidade contemporânea. In Sorrentino, M. et. ali. (2013) Educação Ambiental e políticas públicas: conceitos, fundamentos e vivências (p. 281-294). Curitiba: Editora Appris Ltda

8.      REIGOTA M. Prefácio. In: Gómez JAD, Aguado OV, Pérez AG, organizadores. Serviço Social e meio ambiente. 3. ed. Tradução de Silvana Cobucci Leite; Revisão técnica de Marcos Reigota. São Paulo: Cortez; 2009. p. 07-10. Título original: Trabajo social y medio ambiente

9.      COSTABEBER, J. A,; MOYANO, E. Transição agroecológica e ação social coletiva. Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Porto Alegre, v. 1, n. 4, p. 50-60, 2000.

10.  TAMAIO, I. O professor na construção do conceito de natureza: uma experiência de educação ambiental. São Paulo: Annablume; WWF, 2002.

11.  BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Dicionário de termos técnicos da assistência social. Belo Horizonte: ASCOM, 2007. 132 p. Disponível em: . Acesso em: 15 junho 2014.

12.  GERHARDT, Tatiana Engel (2000). Anthropologie et santé publique : approche interdisciplinaire. Pauvreté, situations de vie et santé au quotidien à Paranaguá, Paraná, Brésil. Tese inédita, Universite de Bordeaux 2- Victor Segalen, França.

13.  TAKAHASHI, Renata Ferreira e Oliveira, Maria Amélia Campo (2004). A operacionalização do conceito de vulnerabilidade no contexto da saúde da família [online]. In: Instituto para o Desenvolvimento da Saúde; Universidade de São Paulo e Ministério da Saúde (Org.). Manual de Enfermagem. Programa de Saúde da Família (pp. 225-228). Brasília: Ministério da Saúde

14.  TASSARA, Eda T. de O; ARDANS, Omar. Intervenção psicossocial: desvendando o sujeito histórico e desvelando os fundamentos da educação ambiental crítica. In: JÚNIOR, Luiz Antônio Ferraro (Org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005. v. 1, p. 201-216. ISBN 85-7300-200-X.

15.  ALVES, Rubem. Educação do olhar. Disponível em: . Acesso em 15 junho 2014.

16.  MAZZINI, Ana Luiza Dolabela de Amorim. Dicionário Educativo de Termos Ambientais. 2. ed. Belo Horizonte: ________, 2003. 384p. ISBN 85-903 655-1-4.

17.  TRISTÃO, Martha; FASSARELLA, Roberta Cordeiro. Contextos de Aprendizagem: encontros e eventos. In: JÚNIOR, Luiz Antônio Ferraro (Org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2007. v. 2, p. 85-94. ISBN 85-7738-044-0.

18.  LESCHER, Auro Danny et al. Crianças em situação de risco social: limites e necessidades da atuação do profissional de saúde. São Paulo: [s.n.], 2004. Disponível em: < http://www.projetoquixote.epm.br/publicacao.pdf>. Acesso em: 07 junho 2014.

 

 INTRODUÇÃO

A questão ambiental ocupa hoje um importante espaço político. Tornou-se também um movimento social, a qual expressa às problemáticas relacionadas à qualidade de vida do ser humano, exigindo a participação consciente de todos os indivíduos.

 

O meio ambiente tema muito em voga no final do século passado e início deste, foi objeto de inúmeras conferências de âmbito global (Estocolmo em 1972, Rio de Janeiro em 1992, Kyoto em 97, para não citá-las todas), uma vez que é de vital importância para que seja preservado.

 

No mundo desenvolvido de hoje, não é raro a falta de preocupação com a exploração indiscriminada dos recursos naturais renováveis, ocorrendo frequentemente à socialização do prejuízo ambiental e a monopolização do lucro da exploração, onerando principalmente os habitantes da Zona Rural, uma vez que é extrapolado a ideia que apenas eles devem conservar o meio ambiente.

 

Demais disso, são de garantia constitucional, sem parâmetro em nenhum outro país, a qualidade de vida e a proteção ao meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações (conforme o teor do artigo 225 da Constituição Federal). Pois, a preservação do meio ambiente natural é questão indispensável para a continuidade da vida humana sobre a Terra. Tendo em vista que, o planeta, já dá fortes sinais de total esgotamento de seus recursos naturais, bem como, de colapso do ecossistema global.

 

Sem dúvida a questão ambiental forma um potencial social de questionamentos observamos ao longo das décadas as transformações da humanidade, pois a dita “civilização” vem causando transformações na natureza a ponto que a própria natureza se volte contra ela, como é notório as notícias de tantas catástrofes naturais. 

 

E ainda a crescente urbanização vem oferendo ao ambiente rural determinadas facilidades, fazendo com que os mesmos esqueçam suas raízes e das questões ligadas ao meio ambiente.

 

Neste ensejo a Educação Ambiental visa resgatar as afinidades e criar vínculos entre a população e os recursos ambientais. Ela se volta, prioritariamente, para a prevenção dos conflitos socioambientais, levando a população a assimilar e se apropriar do patrimônio natural como um bem comum necessário a sua sobrevivência e qualidade de vida.

 

No mais, intimamente ligado as questões ambientais está a saúde primária, visto que se estabelece relações físico social no contexto ambiental e entender o campo da saúde primária como um conjunto de práticas e saberes que influenciam na promoção da qualidade de vida e extrapolam os serviços de saúde

 

Sendo assim, com a crescente preocupação do homem em relação às questões ecológicas e aos graves efeitos de sua ação predatória sobre o planeta e sobre a própria espécie, a atenção à saúde se volta para um contexto mais amplo, levando em conta as relações estabelecidas com o ambiente físico e social. A dimensão ambiental abrangente pode ser uma oportunidade para superar, de vez, o enfoque sanitarista tradicional da educação em saúde, restrita às práticas centradas unicamente em regras de higiene pública e individual (Mohr & Schall, 1992, p.199). 1

 

De acordo com Franco & Vaz (2007), a proposta de situar a educação popular ambiental na área da saúde coletiva ressalta o vínculo entre os dois campos, uma vez que ambos tratam de sujeitos coletivos, que lutam por direitos sociais; por direitos humanos básicos, como saúde e educação; que lutam por direitos civis e por um ambiente onde todos possam satisfazer suas necessidades e exercer sua humanidade em plenitude (p. 83). 2

 

 Ainda segundo Philippi Jr. e Silveira, (2004) a saúde do indivíduo está intimamente ligada ao ambiente em que vive, tanto social como físico, sendo necessário identificar os impactos ambientais que atuam sobre ela, para se entender as relações fundamentais entre as condições ecológicas, sociais e culturais, a fim de desenvolver um ambiente saudável com equidade social e desenvolvimento sustentável, fatores de suma importância para a manutenção da saúde coletiva.3

 

Sobre o tema ventilado aduz Pelicioni (2005), grande parte dos agravos em saúde se relaciona com problemas ambientais, uma vez que as alterações no meio ambiente interferem na saúde e qualidade de vida das pessoas, de forma que meio ambiente e saúde são indissociáveis.4

 

Talvez seja esse o ensejo da conscientização ambiental, a busca constante por uma melhor qualidade de vida, e a promoção da saúde está intrinsicamente interligada as questões ambientais, visto que, a Educação Ambiental não deve discutir somente o meio ambiente físico, mas também deve contextualizar a saúde local, destacando os cuidados com a prevenção de doenças e gestão dos fatores ambientais deletérios a saúde.

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

Considerando a educação ambiental é aquela destinada a desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades, competências e atitudes para a preservação do meio ambiente, essa pratica pode ocorrer dentro de escolas, empresas, universidades, etc. A mesma deve estar presente em todos os níveis numa organização, gerando uma conscientização voltada para a preservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais, bem como a promoção da saúde.

 

A legislação Federal aduz: “Educação ambiental são processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.” (Lei Federal 9795/1999). 5

 

Desta forma nos ensina SAMPAIO, p.282.  “O princípio da educação ambiental surge como forma de possibilitar às populações o conhecimento necessário para que se possam implementar as mais diversas atividades e ações relacionadas à preservação do meio ambiente, inclusive a compreensão e adoção dos outros princípios estabelecidos. A anteriormente citada Declaração de Estocolmo estabeleceu, com respeito à educação, que: “É indispensável um trabalho de educação sobre as questões ambientais, visando tanto às gerações jovens como os adultos, dispensando a devida atenção ao setor das populações menos privilegiadas, com a finalidade de desenvolver as bases necessárias para esclarecer a opinião pública e dar aos indivíduos, empresas e coletividades o sentido de suas responsabilidades, relativamente à proteção humana e melhoramento do meio ambiente, em toda a sua dimensão humana”. 6

 

Para Tassara e Ardans (2013), educar pode ser entendido como a atuação nos processos socializadores de indivíduos e grupos. Se o processo socializador trabalha aspectos socioambientais, pode ser entendido como educação ambiental. “Educar é ensinar a pensar”.7

 

A Educação Ambiental deve ser analisada e entendida como um meio de desenvolver a preocupação com o meio e com os problemas existentes. Todos nós somos agentes de transformação social, envoltos na melhoria da qualidade de vida, que deve ser compreendida como condição para o bem-estar físico, psicológico e social em um ambiente equilibrado, que tenha requisitos básicos como suporte social; acesso todos aos extremos empíricos; ambiente físico saudável; acesso à cultura entre outros.

 

Segundo Reigota (2009), um dos grandes méritos da questão ambiental é possibilitar análises e abordagens a diversas formações. Por isso, a aplicação de conhecimento de diversas áreas dá caráter interdisciplinar à intervenção. Daí, a importância da participação de profissionais de diversas áreas nos trabalhos educacionais voltados à Atenção Primária.8

 

Neste ensejo a educação ambiental deve ser um processo educativo amplo e é incumbido a todos os entes como coparticipantes, assim em especial no âmbito escolar deve-se criar projetos com intuito de fomentar a pratica pedagógica dos educandos.

 

Desta forma em especial é necessário compreender que o trabalhador rural é agente transformador de seu meio, capaz de intervir na sua realidade. Aprimorando as noções de educação ambiental, saúde, saneamento básico, convivência social e economia de subsistência.

 

A reflexão sobre as práticas sociais em um contexto marcado pela degradação permanente dos ecossistemas envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental (COSTABEBER e MOYANO, 2000, p. 53). 9

 

Nesse contexto, TAMAIO (2002) abre um estimulante espaço para repensar o papel dos professores como mediadores e transmissores de um conhecimento necessário para que os alunos adquiram uma base adequada de compreensão do meio ambiente global e intervenção local. 10

 

A modificação dos hábitos e o resgate de valores podem ser mantidos e restaurados através da aplicação de princípios e práticas da Educação Ambiental nos mais diferentes segmentos sociais, especialmente no contexto escolar. Uma sugestão de pratica pedagógica pode ser a interligação da temática meio ambiente e saúde, por meio de projetos interdisciplinares no âmbito escolar.

 

OBJETIVO GERAL

 

Promover a educação ambiental e educação em saúde em forma de projetos educacionais em Escolas Municipais da zona rural para a melhoria da qualidade de vida e integração social dos educandos.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

a) promover aprendizado mútuo e vivência conjunta na discussão de temas socioambientais e promoção a saúde;

 b) promover discussão de temas como meio ambiente físico, cultural, construído e do trabalho; saúde e sociedade; ética e vivência comunitária; qualidade de vida;

c) desenvolver trabalhos que se adéquem a realidade da comunidade escolar;

d) preparar a equipe pedagógica da Instituição para a realização de atividades de educação ambiental e em saúde por meio da participação das atividades desenvolvidas.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

 

Esta é uma pesquisa-ação, sobre as formas de incluir a educação ambiental e promoção da saúde nos projetos educacionais de escolas municipais da zona rural de Uberlândia/MG, no primeiro momento em especial na Escola Municipal do Moreno -Fazenda Tenda dos Morenos - Estrada do Pau Furado. A pesquisa faz parte das atividades da Comissão em Direitos Educacionais e Comissão de Meio Ambiente da 13ª subseção de Uberlândia, com vistas ao cumprimento da função institucional da OAB/MG de contribuir para o aprimoramento da cultura educacional, jurídica e social, realizado no primeiro semestre de 2014, com duração de 07 semanas e início em Março/2014 e encerramento em Abril/2014. Este trabalho apresenta dados parciais da pesquisa realizada.

 

O intuito era promover a Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribuindo para o envolvimento ativo do público, tornando o sistema educativo mais relevante e mais realista, estabelecendo uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas em especial da Zona Rural.

 

Serão abordados os temas: Projeto Político Pedagógico, meio ambiente (físico, construído, cultural e do trabalho), ética e vivência comunitária, higiene e boas práticas de saúde.

 

A Instituição situa-se na zona rural oferece o Ensino Fundamental, com duração de nove anos, estruturados em quatro ciclos de escolaridade, considerados como blocos pedagógicos sequenciais, ou seja: Ciclo de Alfabetização, com duração de três anos de escolaridade, 1º, 2º e 3º anos; Ciclo Complementar, com duração de dois anos de escolaridade, 4º e 5º anos; Ciclo Intermediário, com duração de dois anos de escolaridade, 6º e 7º anos e o Ciclo de Consolidação, com duração de dois anos de escolaridade, 8º e 9º. Esta pesquisa se aos educandos do 1º ano do Ciclo de Alfabetização, crianças com seis anos de idade.

 

O número de participantes da pesquisa era inicialmente de 20, sendo que foi alcançado o número de 70 participantes, entre alunos e educadores. Foram recrutadas para a pesquisa todas as turmas do 1º ano do Ciclo de Alfabetização da tarde.

 

Foi solicitado à Instituição que os educadores acompanhassem o desenvolvimento das atividades para que se habituassem aos trabalhos na promoção da educação ambiental e saúde no intuito que, após o término da pesquisa, os educadores pudessem desenvolver trabalhos e projetos nesta temática.

 

Antes do início das atividades foi realizada visita de ambientação para o conhecimento dos educandos e educadores. Foi realizado pesquisas no intuito de saber se algum projeto era realizado naquela instituição sobre as temáticas a serem abordadas.

 

Por se tratar de um grupo de crianças, fase em que a capacidade de autodeterminação e a autonomia são naturalmente reduzidos, sobretudo no que se refere ao poder de decisão sobre si mesmo, o termo de consentimento foi assinado pelo responsável de cada sala de aula. As famílias receberam um aviso, encaminhado pela equipe pedagógica da Instituição, para conhecimento de que as atividades de Educação Ambiental e Saúde passariam a ser realizadas nos projetos educacionais já existentes na escola, porem foi observado que poucos professores inseriram as temáticas em seus planejamentos. As atividades foram realizadas seguindo a separação por turmas que já existia o que facilitou a condução das atividades e a apropriação de métodos e linguagens aplicados a essa fase de desenvolvimento.

 

Num primeiro encontro foi somente com os professores, foram repassados os objetivos do trabalho, inclusive abordagem jurídica do presente trabalho com apresentação da legislação pertinente

 

Também no primeiro encontro foi entregue aos educadores responsáveis pelas turmas uma avaliação inicial, para balizamento dos conhecimentos, ideias e perspectivas acerca da proposta de trabalho. Essa avaliação foi preenchida individualmente, sem a participação dos pesquisadores e era composta de quatro perguntas abertas sobre como a escola trabalhava os temas meio ambiente e saúde e sobre qual era o entendimento destes educadores quanto a Educação Ambiental e Educação em Saúde.

 

Num segundo para os educandos foram explicados os objetivos do trabalho, inclusive abordagem jurídica do presente trabalho com apresentação da legislação pertinente em termos facilitados para a compreensão dos educandos e ao final foi sugerido que os alunos explicassem o que entendem de meio ambiente e quais as doenças que podem ser causadas se esse meio ambiente for destruído, desta forma foi observada a dinâmica dos educandos.

 

Para cada atividade apresentada pelo professor foram elaborados planos de intervenção contendo o tema do dia, objetivos, teorização, metodologia e avaliação. O tema retrata o assunto a ser trabalhado, com foco na discussão de assuntos intrínsecos a realidade e cultura locais. Os objetivos evidenciam as intenções do trabalho e a proposta pedagógica, enquanto a teorização traz bases científicas para justificativa e discussão teórica acerca da atividade. Na metodologia são elencadas as etapas das atividades e os materiais utilizados.

 

A avaliação retrata a forma pela qual a eficácia da atividade é analisada, para verificação do que foi entendido pelo grupo e se foram atingidos os objetivos. Foi realizada sempre na forma oral seja de perguntas aos alunos sobre o tema desenvolvido ou na confecção de desenho sobre o tema ou trabalho manual (utilizando colagem de gravuras em papel).

 

Nas atividades foram usados diferentes instrumentos como jogos pedagógicos, teatro, músicas e leitura de histórias.

 

Os trabalhos foram realizados uma vez por semana em cada sala durante o horário normal das atividades escolares e tem a duração média de cinquenta minutos.

 

No desenvolvimento desta pesquisa já foram trabalhados os temas: água e poluição, cultura popular e manifestações folclóricas, alimentação e saúde e prevenção da dengue.

 

Ao final, foi realizado uma reunião com as equipes de trabalho para apresentação dos resultados finais da pesquisa.

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

O trabalho educacional oferecido pela escola Municipal dos Morenos estende-se a crianças e adolescentes da Zona Rural.  Nossa preocupação consiste na urbanização que vem crescendo rumo a área rural, nossa cidade está quase sitiando tal escola municipal, uma vez que praticamente está quase no perímetro urbano de Uberlândia, criando um risco social e vulnerabilidade social para aquela comunidade.

 

Entende-se por risco social o “evento externo, de origem natural, ou produzido pelo ser humano, que afeta a qualidade de vida das pessoas e ameaça sua subsistência” (BELO HORIZONTE, 2007, p. 95). 11

 

Tatiana Engel Gerhardt (2000) refere que o conceito de vulnerabilidade remete a um conjunto de fatores, mas também para a capacidade de reação do indivíduo e à percepção que ele tem do ambiente ameaçador, e, portanto, dos recursos (material e simbólico) que mobiliza para desativar ou contornar um evento negativo. Nesse sentido, a noção de vulnerabilidade compreende a ideia de pluralidade de adversidades e de eventos favoráveis à exibição do sujeito a um evento negativo.12

 

Nessas condições, a vulnerabilidade considera a ideia de dinâmica de mudanças inscritas no sistema social como elementos que participam do processo de sua própria reprodução, sendo permeável aos efeitos do ambiente externo, que podem se alterar a qualquer momento, de acordo com a capacidade do indivíduo para enfrentar o problema (Takahashi e Oliveira, 2004). 13

 

Esse conceito amplia a perspectiva da intervenção, no que se refere à modificação da susceptibilidade de indivíduos ou grupos a um evento negativo, ao considerar que sua ocorrência não depende apenas de características individuais, mas por considerar também o componente social. Os riscos também estão relacionados tanto com situações próprias do ciclo de vida quanto com condições específicas das famílias, comunidades ou entorno.

 

Problemas na aprendizagem e defasagem escolar aparecem com frequência, como reflexos das situações de risco em que se encontram as crianças. Observamos que esta defasagem também vem acompanhada pela ausência de trabalhos educativos nas questões ambientais e saúde e discussão ampla da sociedade.

 

Entendendo a educação como ferramenta de inclusão social, desenvolvimento pessoal e envolvimento comunitário, é de fundamental importância que seja inserido no trabalho educativo temas como a educação ambiental e educação em saúde.

 

Para Tassara e Ardans (2005), educar pode ser entendido como a atuação nos processos socializadores de indivíduos e grupos. Sendo assim, a educação e a socialização, assumem, muitas vezes, o mesmo sentido. Se o processo socializador trabalha aspectos socioambientais, pode ser entendido como educação ambiental. 14

 

“Educar é ensinar a pensar” (ALVES, 2010, p.1). Na educação ambiental e na educação em saúde é ensinar a pensar sobre como ações individuais refletem nas condições de vida e saúde de uma comunidade. É ensinar a pensar na relação complexa que existe entre homem, saúde e ambiente. 15

 

A educação ambiental pode ser entendida como um processo que busca desenvolver consciência e preocupação com o meio e com os problemas existentes. As pessoas que participam são consideradas agentes de transformação social, envolvidos na melhoria da qualidade de vida, entendida como condição de bem estar físico, psicológico e social em um ambiente equilibrado, que tenha requisitos básicos como suporte social; acesso a experiências, contatos e interações; ambiente físico limpo e seguro; acesso à cultura, lazer e cidadania, entre outros (MAZZINI, 2004). 16

 

TRISTÃO e FASSARELLA (2007) relatam que os contextos de aprendizagem da educação ambiental envolvem não só a sala de aula, mas também múltiplos espaços para a formação ativa de diferentes sujeitos como alunos, educadores e monitores, ou seja, o aprendizado é comum ao grupo e não específico somente da parte assistida.

O educador, ao lidar com questões ambientais, precisa refletir sobre suas próprias posturas e, para saber quais atitudes tomar, deve primeiramente observar o meio em que está inserido, lembrando que tudo tem suas regras, princípios e seu tempo. 17

 

Neste sentido, o trabalho de educação ambiental deve se adaptar à realidade do grupo e promover ampla discussão sobre meio ambiente e sociedade, inclusive quanto às condições de saúde, alterada e motivada, também, por fatores ambientais. A educação, neste sentido, é uma ferramenta de prevenção de doenças e promoção da saúde, por meio do debate e da busca do controle dos fatores deletérios a ela.

 

Tendo em vista que o trabalho educacional desenvolvido nesta escola visa à melhoria das condições de vida dos indivíduos, inclusão social e melhor compreensão da sociedade e seus múltiplos fatores determinantes, tomando para si a consciência de que eles são agentes de construção e transformação social, preparando-os para tal, deixar de tratar da Educação Ambiental e da Educação em Saúde seria dar margem para que ainda existam a exclusão social e marginalização, uma vez que são temas que trazem conhecimentos necessários para a vida em comunidade e exercício da cidadania.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Também foi verificado que a Instituição já realizava atividades ligadas ao meio ambiente e a promoção de saúde, porém muitas vezes em eventos pontuais ou sazonais e sem a avaliação da eficácia das atividades ao longo do tempo.

 

A adesão das crianças nas atividades foi em torno de 99%, diferente da participação dos educadores que ficou em torno de 80%. Em ambos os casos a participação é voluntária.

 

Hipóteses para a menor participação dos educadores nas atividades envolvem a própria rotina escolar, onde são aproveitados os momentos em que os alunos estão dedicados a outras tarefas para atender as várias demandas que surgem no dia a dia. Por outro lado, pode ocorrer que não sintam a necessidade de acompanhar as atividades, talvez por considerem que tenham o conhecimento amplo do assunto.

 

Nas avaliações realizadas em cada atividade percebeu-se que as crianças assimilaram o conteúdo desenvolvido, buscou-se uma linguagem informal para que houvesse o entendimento, verificou-se que os educandos se   tornarão educadores ambientais em suas casas em seu meio de convívio. Assim verificou-se a quebra de paradigmas de que crianças jamais poderiam se tornar educadores ambientais.

 

Ao final da pesquisa, espera-se que sejam alcançados:

a) compreensão dos fatores socioambientais que interferem nas condições de saúde;

b) formação de senso crítico sobre meio ambiente, saúde e sociedade;

 c) autonomia dos educadores da Instituição em executar trabalhos de educação ambiental e educação em saúde.

 

CONCLUSÃO

 

Observamos que no Brasil, a obrigatoriedade de promover a Educação Ambiental (EA) “em todos os níveis de ensino” inicia-se com a Constituição Federal de 1988 (Cap. VI, art. 225, parágrafo 1, inciso VI), seguida da inclusão do tema meio ambiente nos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC - PCN (BRASIL, PCN, 1997), consolidando-se como política pública com a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, regulamentada em 2002) caracterizando a educação ambiental como uma questão que exige cuidado e atenção, e alerta para os cuidados que são indispensáveis para a manutenção e continuidade da vida no planeta.

 

Porem a realidade nos mostra que poucos professores aplicam a legislação e os alunos pouco sabem sobre as questões ambientais e promoção a saúde, apenas aquilo que lhes é repassado pelos pais, pensando desta forma, eles se tornam uma página em branco, mais fácil a observação dos fatos cotidianos, dos problemas mais próximos, possibilitando a elaboração de conceitos simples, para a interiorização da compreensão das interações do meio biofísico e social.

 

Desta forma a escola deve receber o educando não para julgá-los, mas para despertar neles a consciência de sua própria realidade, de sua própria história e, assim, criar condições para que eles, aos poucos, possam assumir-se como autores de sua própria identidade, constituindo-se como sujeito autônomo e capaz de tomar nas próprias mãos o seu destino no interior da comunidade.

 

Ao implementar projetos de educação para o ambiente, os educadores estarão facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, das questões ligadas a saúde, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta.

 

Assim desenvolveremos aos educandos as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas consequências no meio ambiente em que vivem.

 

Verifica-se ainda que a Educação Ambiental é uma estratégia viável para a Atenção Primária à Saúde e pode-se trabalhar questões socioambientais que interferem na condição de saúde das pessoas, configurando-se num trabalho de prevenção de doenças e promoção da saúde.

 

Ainda observa-se que numa mesma escola existem concepções diferentes nas questões ligadas a educação ambiental e promoção da saúde. Esse resultado me faz refletir sobre a fragilidade desse campo do saber dentro da maioria dos Projetos Políticos Pedagógicos. Além disso, é possível constatar que mesmo as instituições que apresentam nos seus PPP discursos ambientais, na prática ainda precisam de desconstruir conceitos que dificultam o trabalho de uma Educação Ambiental crítica, holística, transversal de maneira permanente e continua.

O objetivo da pesquisa não é julgar ou críticas as instituições e professores e sim acima de tudo proporcionar reflexões que envolvam a Educação Ambiental e a promoção à saúde. Mas percebemos que há resistência de muitos educadores e até das próprias instituições em abordar a temática de maneira permanente e continua.

 

REFERÊNCIAS

 

1.      MOHR, A. & SCHALL, V. T. Rumos da Educação em Saúde e sua relação com a educação ambiental. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 8 (2): 199-203, abr/jun, 1992.

2.      FRANCO, J. B. & VAZ, M. R. C. Aprendendo a ensinar a partir de uma perspectiva socioambiental no contexto da saúde coletiva. Ambiente & Educação, vol. 12, 2007

3.      PHILIPPI JR, Arlindo; SILVEIRA, Vicente Fernando. Saneamento Ambiental e Ecologia Aplicada. In: PHILLIPPI JR, Arlindo; ROMÉRO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet. (Ed.). Curso de Gestão Ambiental. Barueri: Manole, 2004. cap. 2. p. 19-52. ISBN 85-204- 2055-9. (Coleção Ambiental; 1).

4.      Pelicioni MCF. Promoção da saúde e meio ambiente: uma trajetória técnico-política. In: Philippi Junior A, Pelicioni MCF, editores. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Manole; 2005. cap. 16, p. 413-420. (Coleção Ambiental, n. 3).

5.      BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 28 abr. 1999, p.1.

6.      SAMPAIO, Francisco José Marques. Obra citada, p. 202. MACHADO, Paulo Affonso Leme. Obra citada, p. 282. Declaração Internacional de Estocolmo, princípio n.º 19.

7.      Tassara, E. T. de O. e Ardans, O. (2013) Participação emancipatória: reflexões sobre a mudança social na complexidade contemporânea. In Sorrentino, M. et. ali. (2013) Educação Ambiental e políticas públicas: conceitos, fundamentos e vivências (p. 281-294). Curitiba: Editora Appris Ltda

8.      REIGOTA M. Prefácio. In: Gómez JAD, Aguado OV, Pérez AG, organizadores. Serviço Social e meio ambiente. 3. ed. Tradução de Silvana Cobucci Leite; Revisão técnica de Marcos Reigota. São Paulo: Cortez; 2009. p. 07-10. Título original: Trabajo social y medio ambiente

9.      COSTABEBER, J. A,; MOYANO, E. Transição agroecológica e ação social coletiva. Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Porto Alegre, v. 1, n. 4, p. 50-60, 2000.

10.  TAMAIO, I. O professor na construção do conceito de natureza: uma experiência de educação ambiental. São Paulo: Annablume; WWF, 2002.

11.  BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Dicionário de termos técnicos da assistência social. Belo Horizonte: ASCOM, 2007. 132 p. Disponível em: . Acesso em: 15 junho 2014.

12.  GERHARDT, Tatiana Engel (2000). Anthropologie et santé publique : approche interdisciplinaire. Pauvreté, situations de vie et santé au quotidien à Paranaguá, Paraná, Brésil. Tese inédita, Universite de Bordeaux 2- Victor Segalen, França.

13.  TAKAHASHI, Renata Ferreira e Oliveira, Maria Amélia Campo (2004). A operacionalização do conceito de vulnerabilidade no contexto da saúde da família [online]. In: Instituto para o Desenvolvimento da Saúde; Universidade de São Paulo e Ministério da Saúde (Org.). Manual de Enfermagem. Programa de Saúde da Família (pp. 225-228). Brasília: Ministério da Saúde

14.  TASSARA, Eda T. de O; ARDANS, Omar. Intervenção psicossocial: desvendando o sujeito histórico e desvelando os fundamentos da educação ambiental crítica. In: JÚNIOR, Luiz Antônio Ferraro (Org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005. v. 1, p. 201-216. ISBN 85-7300-200-X.

15.  ALVES, Rubem. Educação do olhar. Disponível em: . Acesso em 15 junho 2014.

16.  MAZZINI, Ana Luiza Dolabela de Amorim. Dicionário Educativo de Termos Ambientais. 2. ed. Belo Horizonte: ________, 2003. 384p. ISBN 85-903 655-1-4.

17.  TRISTÃO, Martha; FASSARELLA, Roberta Cordeiro. Contextos de Aprendizagem: encontros e eventos. In: JÚNIOR, Luiz Antônio Ferraro (Org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2007. v. 2, p. 85-94. ISBN 85-7738-044-0.

18.  LESCHER, Auro Danny et al. Crianças em situação de risco social: limites e necessidades da atuação do profissional de saúde. São Paulo: [s.n.], 2004. Disponível em: < http://www.projetoquixote.epm.br/publicacao.pdf>. Acesso em: 07 junho 2014.

 

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