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Brasil Um País Desinformado


Autoria:

Marcus Vinicius De Oliveira Ribeiro


Advogado pela OAB-PR formado na União Latino-Americana de Tecnologia - ULT - Polo Jaguariaíva, orientador de normas e pesquisa científica. 25 anos

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Resumo:

Este trabalho consite em uma dissertação abrangendo principalmente o livro de Gilberto Dimenstein, "CIDADÃO DE PAPEL".

Texto enviado ao JurisWay em 29/11/2010.

Última edição/atualização em 01/12/2010.



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O livro de Gilberto Dimenstein, se sobressai pela característica de ser extremamente informativo. Traz as claras, estatísticas e raciocínios construindo críticas usando de linguagem clara e direta conversando com o leitor instigando-o a continuar a leitura.

A Cidadania de papel se caracteriza por ser um problema real e constante. Milhões de brasileiros apenas conhecem os direitos e deveres que lhes são ditos. A falta de instrução na priori da sua formação pátria resulta no desinteresse e no comodismo que a maioria da população vive.

Uma pesquisa da UNESCO (órgão das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura) realizada em Outubro de 2004, revela que mais da metade dos jovens do Brasil não estão preocupados com política. O levantamento, feito entre junho e julho com 10.010 pessoas entre 15 e 29 anos nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal, mostra que 63% dos jovens tem nenhum ou pouco interesse nas eleições municipais.

De acordo com a Zero Hora, a pesquisa Juventudes Brasileiras de 2010 mostra que dois terços dos 47 milhões de jovens brasileiros não vêem sua geração se preocupar com política partidária.

Apesar da falta de empolgação, 69% dos pesquisados concordam que o voto pode mudar a situação do país. Nove entre 10 entrevistados afirmaram ter a intenção de votar nas eleições municipais - a pesquisa foi feita antes do início da campanha.

Em suma, esta estatística mostra como o direito ao sufrágio é utilizado com descaso. O voto é o maior momento de prática material da cidadania possibilitando através da democracia escolher quem irá representar e administrar sua cidade, estado e país. Entretanto, é usado de forma errônea, visto que, por desinteresse, estes jovens deixam de pesquisar e conhecer os candidatos e votam em quem mais lhes chama atenção por propagandas muitas vezes ilusórias, votando em quem a família vota, votando em quem mais lhe convém para ganhar algo em troca. Tudo isso, ao invés de se informar como deve, lendo as propostas dos candidatos, conhecendo seu currículo político, seu passado profissional, para assim escolher com discernimento crítico, correto e necessário quem merece seu voto.

Desde a última eleição, o número de eleitores brasileiros com 16 e 17 anos, que têm o voto facultativo, caiu 28%. Os adolescentes, que em 2006 ultrapassavam 2,4 milhões de votantes, não chegam a 1,8 milhão este ano. A queda também atingiu o Distrito Federal, mas em menor proporção.

O total de eleitores com menos de 18 anos diminuiu 10,6%, o que significa uma baixa de 2.489 votantes nessa faixa etária. Para estas eleições, já se alistaram mais de 59 mil eleitores de 16 a 18 anos.

Geralmente quando se discute problemas nacionais como corrupção, má distribuição de renda, entre outras máximas, deposita-se a maior parte da culpa neste núcleo chamado “Educação”. Obviamente que, a educação é o problema raiz de toda defasagem das “faltas” brasileiras, contudo, ao discutir pautas como esta, é essencial levarmos em consideração várias vertentes como a formação familiar, o desemprego, inacessibilidade à escolas, a criminalidade, a imoralidade e principalmente a falta de instrução nas instituições de ensino público.

Os ares da democracia se estabeleceram no país(vencemos o autoritarismo e a ditadura), os mandatos presidenciais de Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva tem realizou notáveis progressos em diversos setores, especialmente na estabilização da economia, entretanto, as contundentes afirmações do          "Cidadão de Papel" continuam a assombrar o Brasil.
 Quem lê o livro hoje não vê grande diferença entre o que se passava no país a dez ou doze anos atrás em relação ao que acontece hoje.

O maior e mais divulgado projeto governamental é o Fome Zero (o que demonstra que o flagelo da subnutrição e da desnutrição,causados pela miséria,continua existindo no Brasil). A violência se alastra. Muitas crianças ainda estão fora da escola. Posto de saúde e hospitais continuam lotados (povo doente é sinal de má alimentação, falta de instrução, pobreza). Os lixões ainda constituem fonte primordial de trabalho e sustento de muitas famílias.

Podemos citar o filme “ilha das flores”, um curta-metragem brasileiro, do gênero documentário, escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre. Mostra como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos. Nos mostra que a pobreza sempre existiu e uma grande maioria acredita que ela sempre existirá. Diferentemente dos antigos conceitos que afirmavam ser a causa da pobreza  natural, ou seja,  resultado da  determinação “divina”, os pensadores reiteram que a pobreza é tão somente o resultado da desigualdade social.

“Karl Marx, em sua eloqüente dialética, aponta os efeitos da contradição entre o capitalismo e a classe trabalhadora, afirmando categoricamente que a exclusão e a desigualdade são frutos do nosso sistema econômico. Mesmo aqueles que não são seus ferrenhos defensores terão  que concordar que tal sistema contribui de forma importante para o crescimento do abismo social  que separa os “pobres mortais trabalhadores”, ou  proletários, dos grandes empresários,  a velha classe dominante: os burgueses. “  

(CHOliveira)

Contudo, mostra o desigual tratamento dado aos “iguais” seres humanos, colocando-os inferiores aos porcos. Na concepção do autor, o que determina a diferença entre os humanos é sua classe social, os bens que possui.
 Mulheres e crianças que se alimentam de restos que foram descartados por tratadores de porcos e considerados como impróprio para o consumo, podem parecer, para muitos, sentimentalismo ou exploração da desgraça alheia,  no entanto  são fatos, e como tais devem ser apresentados.
            Dignidade[Do latim. “dignitate”], respeito a si mesmo; amor-próprio, brio,pundonor,brio,honra,decoro).
            Quando discute dignidade em termos práticos abordamos questões como educação, habitação,alimentação,saúde,lazer,trabalho,consideração e respeito. Se falta dinheiro para conseguir comida,muitas famílias colocam seus filhos nas ruas e exigem que eles consigam,de alguma forma,obter os recursos necessários e, ao voltar para casa (quando ela existe),contribuir com os pais e irmãos. Se a criança está na rua, engraxando sapatos, vendendo balas nos semáforos das grandes metrópoles, se prostituindo nas esquinas mais movimentadas dos grandes centros urbanos, catando restos em lixões, cometendo pequenos furtos ou cheirando cola, ela definitivamente está muito longe de onde realmente deveria estar, a escola.

Se a escola não é parte constante da realidade de uma criança ou de um adolescente, as probabilidades dessa criança ter boas chances no futuro são íntimas, ou seja, extremamente reduzidas. Sem livros, alimentos, interação com professores e colegas num ambiente arejado e saudável, é pouco provável que essa pessoa consiga abandonar as ruas, se integrar ao mercado de trabalho, formar família, prover suas necessidades de forma adequada ou mesmo obter respeito próprio.
"O Cidadão de Papel" nos mostra como, apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de todos os modernos códigos legais que regem o nosso país(da Constituição ao Código Civil, do Código Penal ao Código do consumidor, passando por tantos outros), o Brasil não conseguiu vencer a chaga da desigualdade social e da péssima distribuição de renda.

 

 

 

 

BIBLIOGRAFIA

Jovens não se interessam por política, diz Unesco

http://noticiasmx.terra.com.mx/tecnologia/interna/0,,OI408895-EI2542,00.html

Caí O Numero De Jovens Que Tiraram O Título

http://tudoglobal.com/blog/sem-categoria/44658/cai-numero-de-jovens-que-tiraram-o-titulo.html

http://pt.shvoong.com/writers/choliveira/

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