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Resumo:
Smart Contracts e você! #DepartamentoasQuintas
Texto enviado ao JurisWay em 10/05/2018.
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Devemos falar smart contracts ou smartly contracts, em bom português, contratos inteligentes ou auto executáveis.
Para alguns advogados, este tipo de tecnologia poderá acabar com a advocacia, enquanto outros vêem como oportunidades de negócio… Aquele ditado popular, pode-se reclamar da chuva ou vender guarda-chuvas…
Para que pelo menos possam debater o assunto com mínimo de conhecimento a respeito, divido um artigo intitulado Um guia para iniciantes sobre Smart Contracts escrito por Diego Marques, onde explicita que a advocacia tem muito a evoluir com a tecnologia, de maneira que ambas possam somar no universo corporativo e singular.
Para uma explicação mais simples possível, o termo “Smart Contracts” ou “contratos inteligentes” pode referir-se a qualquer contrato que seja capaz de ser executado ou de se fazer cumprir por si só.
Contratos inteligentes são escritos como código de programação que pode ser executados em um computador, em vez de um documento impresso com uma linguagem legal. Este código pode definir regras estritas e consequências da mesma forma que um documento legal tradicional, estabelecendo as obrigações, benefícios e penalidades que podem ser devidas a qualquer das partes em várias circunstâncias diferentes. Mas, ao contrário de um contrato tradicional, ele também pode tomar informações como uma produção de outros bens, processar essa informação através das regras estabelecidas no contrato e tomar quaisquer medidas necessárias dele como resultado.
O objetivo principal da concepção de contratos inteligentes é permitir que as pessoas possam negociar e fazer negócios com desconhecidos, geralmente através da Internet, sem a necessidade de um intermediário centralizado.
Isto é importante porque o principal problema das compras on-line, contratação de pessoas através da Internet, e também realizar negócios com desconhecidos através da internet é a questão da confiança. A maioria dos negócios requer algum elemento de confiança. Por exemplo, se eu comprar algo em uma loja on-line eu estou confiando que eles vão enviar para mim depois de fazer um pagamento, e se eles me enviarem estarão confiando que eu não irei estornar o crédito de pagamento afim de reaver o dinheiro e ficar com o produto gratuitamente. Até agora situações como esta foram resolvidas por ambas as partes, confiando o pagamento a grandes prestadores desse tipo de serviço que ambos confiam.
Por exemplo, um dos grandes benefícios da internet é que ela permite que as pessoas comuns comprem e vendam coisas entre si facilmente – a maneira encontrada para resolver o problema da confiança em negociação P2P são plataformas que monopolizam o comércio virtual, por exemplo o eBay ou MercadoLivre. Esses sites cobram taxas e tem lucros gigantescos, também impõe seus próprios limites e controles sobre o que e como as pessoas podem negociar, portanto, limitando gravemente a nossa liberdade.
Resolvendo o problema da confiança sem a necessidade de intermediários, os contratos inteligentes podem reduzir os custos dos negócios, reduzir os preços ao consumidor e aumentar nossa liberdade de conduzir nosso próprio negócio da maneira que nós mesmos acharmos adequado.
A seguir estão todos os protocolos ou plataformas que podem ser usados para criar contratos inteligentes.
– Exemplo de modelo de contrato inteligente do cliente BlackHalo.
Fonte: https://guiadobitcoin.com.br/um-guia-para-iniciantes-sobre-smart-contracts/
Mesmo para quem não domina tecnologia, podemos perceber que há inúmeras possibilidades de aplicação deste tipo de tecnologia, principalmente usando a inteligência, conhecimento, expertise e experiência do advogado nos termos jurídicos, negociais e de mercado, algo que a tecnologia sozinha não faz.
A tecnologia não acaba com a advocacia, mas sim, oportuniza o advogado a usar mais a sua inteligência no que é o pensar jurídico e não fazer petições ou contratos modelos repetitivos.
#ConhecimentoÉPoder
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