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A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO USO DA ÁGUA


Autoria:

Tatiana Takeda


Tatiana de Oliveira Takeda é advogada, professora do curso de Direito da PUC/GO, assessora do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, articulista de sites e revistas jurídicas, mestre em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento, especialista em Direito Civil, Processo Civil e Gestão Ambiental e Pós-graduanda em Direito Imobiliário.

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Texto enviado ao JurisWay em 23/06/2009.



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A humanidade passou por duas grandes revoluções: Agrícola e Industrial. A água esteve presente nas duas. Primeiramente o homem aprendeu a fazer a água trabalhar para ele no momento em que descobriu como controlar os rios cuja exploração deu ensejo à agricultura que, por sua vez, deu início à civilização (urbanização) humana.

Especialistas no assunto descrevem que no decorrer da história várias civilizações entraram em decadência em função de desequilíbrios ambientais. Supõem-se que a civilização acadiana se extinguiu devido à seca do Tigre e do Eufrates. Estudos revelam que épocas de anarquia e banditismo, com rupturas na sucessão política e substituição de faraós, coincidem com os períodos de seca e as longas vazantes do Nilo.

Na América, Maias, Astecas e Incas provavelmente teriam abandonado suas cidades, pela contaminação e poluição da água e do solo provocados pela destruição da mata primitiva.

Quase sempre a primeira preocupação dos assentamentos humanos era se localizar nas proximidades dos mananciais de água. Entretanto, na medida em que povoados transformavam-se em cidades, também as reservas de água tornavam-se, insuficientes e expostas à contaminação e poluição.

Thales de Mileto (625 - 548 a.C.), supostamente, com os conhecimentos adquiridos junto aos egípcios, descobriu que a Terra era redonda e que a água fosse a origem de todas as coisas, observando como os campos inundados ficavam fecundos, depois que as águas do Nilo retornavam ao seu delta.

Nenhuma civilização se compara à romana no que se refere às obras hidráulicas e saneamento. No século IV a.C. Roma já contava com 856 banhos públicos e 14 termas que consumiam aproximadamente 750 milhões de litros de água por dia, distribuídos por uma rede com mais de 400 km de extensão. Neste período, o controle do suprimento de água ficava sob o encargo de algumas pessoas, as quais induziam a população a utilizá-la adequadamente. Um papel decisivo no abastecimento de água das cidades romanas cabia, por exemplo, ao armazenamento preventivo de água em depósitos especiais cujos canos de escoamento eram colocados, em geral, em alturas diversas. Os mais elevados destinavam-se ao abastecimento das residências particulares e abaixo deles partiam os canos para os edifícios públicos como os banhos e hospitais. Na parte mais baixa eram conectados os canos de alimentação dos poços públicos. As residências particulares sofriam as primeiras conseqüências em caso de falta de água, a qual era poupada para os banhos, poços públicos e hospitais.

Os romanos também desenvolveram dispositivos especiais de medição de consumo de água, os quais eram testados e lacrados, pagando-se uma taxa única por tal serviço. Além disso, desenvolveram dispositivos especiais de outorga para disciplinar os usos da água e criaram hidrômetros para medição do consumo de água, cujo controle, era feito por administradores públicos que promoviam já nessa época o uso racional da água e praticas de reuso, ao utilizarem água dos banhos públicos nas descargas das latrinas.

Na Idade Média, as condições sociais e econômicas determinaram a tendência para substituir o trabalho manual por máquinas acionadas pela água.

Nos séculos X e XI expandiu-se a utilização da roda hidráulica e no XIII, sua utilização tinha-se ampliado para o esmagamento da azeitona e de sementes várias, para o apisoamento de fibras, tecidos, minérios e pecas metálicas e para o acionamento de foles de fornalhas. Há analogias entre este período e o da revolução industrial.

Nos séculos XIX e XX, com o desenvolvimento científico e tecnológico, o Homem passou a dispor de materiais, equipamentos e técnicas que lhe permitiram construir sistemas mais eficazes para a utilização e o domínio de grandes caudais.

A construção metálica, primeiramente de ferro fundido e depois de aço, permitiu obter equipamentos hidráulicos eficientes e condutas de grandes diâmetros capazes de resistir a pressões elevadas.

As turbinas hidráulicas e as bombas rotativas vulgarizaram-se na primeira metade do século XX, ao que esteve associado o desenvolvimento das tecnologias elétricas. A produção de energia hidroelétrica sofreu grande expansão, tendo contribuído para o desenvolvimento industrial de muitos países.

Desta forma, destaca-se a importância da água nas duas grandes revoluções mundiais, quais sejam agricultura e indústria. Sem o elemento fundamental da natureza nada existiria e não haveria nenhum tipo de história para ser contada.

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