De 38 empresas convocadas neste ano pela Fundação Procon-SP para participar do "Plano de Metas", que prevê redução das queixas feitas pelo consumidor e aumento índice de solução dos casos reclamados, 32 apresentaram propostas tímidas ou parciais. Seis delas sequer se dispuseram a participar do projeto.
Seis empresas, BV Financeira (instituições financeiras), Terra (telecomunicações), LG e Nokia (telefones e eletrônicos), HP (fabricante de produtos de informática) e Tenda (construção civil), apesar de apresentarem números significativos de reclamações não quiseram aderir ao plano.
Segundo o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, os fornecedores têm de identificar os fatores que geraram as queixas e tomar iniciativas para os problemas na raiz. "Essas empresas são responsáveis por boa parte das reclamações do consumidor, portanto, é delas em primeiro lugar a responsabilidade de corrigir falhas e apresentar soluções para o seu cliente".
Na lista, estão fornecedores dos setores financeiro, telecomunicações, planos de saúde, transporte aéreo, construção civil, serviços públicos, comércio eletrônico e em geral, cursos, além de fabricantes de celulares, computadores, eletroeletrônicos e eletrodomésticos da linha branca. De acordo com as propostas, a expectativa é de redução de 7% no atendimento do Procon-SP em relação a 2011, quando o órgão registrou 60.044 queixas sobre produtos e serviços oferecidos por essas empresas.
O destaque positivo ficou para as metas apresentadas por empresas que em seus setores estão entre as que mais geram demanda ao Procon-SP. Um exemplo é a B2W, segunda colocada no ranking das mais reclamadas no ano passado que pretende reduzir em 25% o número de queixas e solucionar 80% dos casos de consumidores que chegarem ao órgão. A Microcamp, do segmento de cursos livres também aposta na correção dos problemas e informa que quer reduzir em 22% os casos e solucionar, pelo menos,70% dos problemas registrados no Procon-SP.
Por outro lado, instituições financeiras e o setor de telecomunicações, que lideram o ranking das empresas reclamadas no ano passado, não parecem tão otimistas quanto a possibilidade de resolver as queixas recebidas pelo Procon-SP. Essas empresas apresentaram metas de redução do atendimento inferiores a 5%. Alguns dos exemplos são o Grupo Vivo – que promete diminuir a demanda do órgão em 0,9%, com solução para os consumidores que passaria de 87% (2011) para 87,5% - e a TIM Celular, que apresenta meta de redução das queixas de 1% e de solução dos casos de 74% (2011) para 75%.
Para Paulo Arthur Góes, a reação ao chamado do Procon-SP para reduzir as queixas pode ser um termômetro para saber como é tratado o consumidor por essas empresas. "Se a empresa não oferece proposta ou o faz irrisoriamente está sinalizando que não dá muita atenção ao seu cliente. É bom destacar que o compromisso a ser assumido não é com o Procon-SP, mas com o consumidor", conclui.
Veja aqui o plano de metas na íntegra.
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