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 Sala dos Doutrinadores - Comentários Sobre Obras Intelectuais
Autoria:

Menderson Rocha Santana
Curso-Habilitação:Direito-Bacharelado_ Faculdades Santo Agostinho - FASA_ Cidade: Montes Claros_ 6º Período_ Foi estagiário da Justiça Federal-Subseção Judiciária de Montes Claros no período de fev.a dez. de 2009.

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Monografias Filosofia

As contribuições de Aristóteles para o conceito de Justiça atual

A partir da compreensão dos conceitos de Justiça para Aristóteles, foi possível diluí-los em um texto, cujo objetivo é explicar de que forma eles colaboraram para compreendermos o conceito de justiça atual.

Texto enviado ao JurisWay em 03/05/2010.

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 Para tratar do tema de maneira objetiva e sem abandonar nenhum detalhe que pudesse nos levar até o principal objetivo desse breve comentário, utilizei a obra Ética a Nicômacos, de Aristóteles, e, ao final, aludi à Constituição da República Federativa do Brasil.
                 No livro V desta obra, Aristóteles fundamenta seus conceitos sobre justiça, explicando o que é ser justo e o que é ser injusto, nada mais conveniente para iniciar este trabalho. Ele considera que o homem injusto é aquele que toma mais do que lhe é devido, aquele que se apropria dos bens materiais dos outros, ou seja, este homem é aquele que viola a lei. Do outro lado o homem justo é completamente o oposto daquele, pois este respeita os bens dos outros e obedece ao princípio da “igualdade entre os iguais”. Num dado momento dessa mesma obra, o autor encontra-se no meio de duas espécies de justiça, a Corretiva e a Distributiva. Um exemplo de Justiça Corretiva: Quando um indivíduo comete um delito, consequentemente acarreta um conflito entre si próprio e a parte prejudicada, a partir desse momento surge a necessidade da figura de um juiz de direito para arbitrar sobre o assunto e decidir qual a penalidade que incidirá sobre o individuo que praticou o ato delituoso, se deverá ser preso, se deverá restituir o prejudicado pelo dano causado, é uma maneira abstrata de corrigir o delito. Esta espécie de justiça subdivide-se em Comutativa ou Sinalagmática (que preside os contratos em geral, uma forma de medida preventiva igualando as prestações recíprocas antes de haver a transação) e Reparativa (visa reprimir a injustiça, reparar ou indenizar o dano, estabelecendo, se for o caso, punições). A Justiça Distributiva consiste-se na distribuição ou repartição de bens e honrarias segundo os méritos de cada um. Desta idéia surgiu a frase clássica: “Dar a cada um que lhe pertence”.
                  Aristóteles diz que só há justiça onde existe lei e só há lei onde existe poder comum. Logo, nada é injusto no Estado de natureza. A Justiça é um fenômeno social. Não faria sentido imaginá-la em um homem solitário no mundo. A justiça e a injustiça, portanto, não pertencem à lista das faculdades naturais do espírito ou do corpo; como acontece com seus sentidos ou suas paixões, portanto a justiça não é nenhuma virtude.                
                Isto posto, é possível perceber a grande contribuição do conceito aristotélico de Justiça para elaboração dos manuais jurídicos que temos a nossa disponibilidade, pois todos eles, principalmente a nossa atual Constituição, que é fundada a partir do princípio da “igualdade entre os iguais”, denominado pela doutrina de “Princípio da Isonomia”, que dispõe expressamente no caput do art.5º que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. Esse princípio também serve como esteio para o direito contratual que estabelece igualdade de tratamento entre as partes no cumprimento das prestações firmadas no contrato.
Outro ponto é aquele citado no início do 2º parágrafo deste texto: “o homem injusto é aquele que toma mais do que lhe é devido (Ética a Nicômacos-Aritóteles)”, subtende-se que este homem se apropria de bens pertencentes a outras pessoas, ou seja, ele viola a lei quando se trata do art. 5º, XXII da CF/88 que dispõe: “é garantido o direito de propriedade”. A frase clássica de Aristóteles “dar a cada um o que lhe pertence” assegura muito bem este direito de propriedade sobre tudo aquilo que foi adquirido por méritos próprios. Na esfera criminal, não só a previsão das penas, como a reprimenda dos delitos, comum a todos os códigos criminais contemporâneos, mas também as suas espécies e características de aplicação são manifestações contundentes e talvez inalteráveis em sua essência, da Justiça corretiva de Aristóteles, desde os primórdios.
                 
 
 
 
Referência Bibliográfica:
 
Aristóteles. Ética a Nicômacos. Tradução portuguesa de Antônio de Castro Caeiro. Quetzal, 2004.
 
Bittar, Eduardo C. B. A justiça em Aristóteles.Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.
Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br, e a autoria (Menderson Rocha Santana).
2 - O JurisWay não interfere nas obras disponibilizadas pelos doutrinadores, razão pela qual refletem exclusivamente as opiniões, idéias e conceitos de seus autores.

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Comentários e Opiniões

1) Antonio (01/12/2012 às 20:50:37) IP: 189.110.216.156
Texto muito bem escrito
2) Lauro (02/07/2014 às 23:56:31) IP: 177.134.42.242
Você está completamente enganado. É claro que há justiça natural na concepção aristotélica, tanto é que o Estagirita distingue justiça natural de justiça convencional. Mesmo que não houvesse uma lei proibindo o assassinato, tal ato é considerado naturalmente injusto por Aristóteles. Você precisa reler Ética a Nicômaco com mais cuidado.


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