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 Sala dos Doutrinadores - Opinião
Autoria:

Sérgio Henrique Da Silva Pereira
Sérgio Henrique da Silva Pereira Articulista/colunista nos sites: Academia Brasileira de Direito (ABDIR), Âmbito Jurídico, Conteúdo Jurídico, Editora JC, Governet Editora [Revista Governet - A Revista do Administrador Público], Investidura - Portal Jurídico, JusBrasil, JusNavigandi, JurisWay, Portal Educação. Participação na Rádio Justiça.

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Liberdade ou erotização: Mcs crianças e adolescentes

A sexualidade humana serve para movimentar um indústria do sexo. Agora são as crianças e os adolescentes.

Texto enviado ao JurisWay em 04/05/2015.

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Sexo sempre foi um tabu dentro da sociedade ocidental. Falar de sexo, por exemplo, no início do século XIX era quase uma atitude para se tornar herege. Freud debruçou sobre o vasto material disposto em sua época sobre sexo e perversidade. Freud até foi considerado pervertido por suas teorias. Freud não se fixava no sexo, mas na relação afetuosa (Complexo de Édipo de Electra).

Na metade do século XX, outro pesquisador "pervertido" surgiu para estudar e demonstrar a existência da sexualidade na vida dos seres humanos: Alfred Kinsey. Numa sociedade reprimida, ainda cheia de tabus e dogmas, Kinsey mexeu com o povo norte-americano com suas teorias sobre a sexualidade humana.

A tentativa de repressão à sexualidade humana causou vários transtornos psíquicos a humanidade. A coação social [moral] no passado criou estigmas sociais, principalmente as mulheres. No Tabu da Virgindade, o psicanalista Freud demonstrou casos de neuroses femininas pela questão da preservação do hímen antes do casamento. Em muitos casos, a perda da virgindade acontecia por apelos persuasivos do pretendente que fazia juras de amor eterno: até que a morte nos separe. No Brasil o médico Afrânio Peixoto contribuiu para o tabu sobre o hímen. Em seu trabalho Himenolatria.1

Com o passar dos anos – e a grande revolução feminina diante da pílula concepcional – a virgindade deixou de ser um requisito para a identidade da mulher saudável e moralmente aceita pela sociedade [machista]. No século XXI, mulher virgem é assunto para a mídia em geral. Estarrece a geração atual o termo virgindade, já que a prática sexual começa na adolescência.

A sociedade questiona a liberdade sexual atual com a promiscuidade, ou seja, qual a fronteira entre as duas palavras, ou se elas existem no contexto social atual. Os comportamentos femininos não são mais vistos como atos promíscuos, como a forma de se sentar de pernas aberta numa cadeira, ou fazendo exercício físico para os músculos abdutores da coxa. Roupas colantes, decotes, a invertidas femininas ao homem, também não são mais considerados atos promiscuo na sociedade atual. Todavia, tais comportamentos ainda são vistos como indecentes por parte da mentalidade machista que reina no Brasil.

A Marcha das Vadias invocou o direito de liberdade das mulheres frente à mentalidade machista de que corpo feminino aparente é chamariz para estupradores. Mas até onde pode um corpo nu e os decotes não serem considerados depravações sociais? Será que na sociedade brasileira atual o corpo nu feminino seria uma provocação aos costumes retrógrados? Ou uma liberdade que vem desde os primeiros seres humanos a caminhar sobre a Terra? É o corpo nu a causar tara, ou é a tara que está na cabeça de quem olha o corpo nu?

Cada lado justifica seus comportamentos, suas concepções teóricas. A quem diga que se os índios passaram a usar indumentárias, por motivos práticos e higiênicos, por que, então, os civilizados querem retroceder à condição indígena antes do contado coma civilização?

E as crianças e os adolescentes? Como ficam no comportamento que se exige liberdade da sexualidade humana?

O MPF e o governo federal estão investigando crianças e adolescentes que cantam e dançam apresentando conotações sexuais. Para ambos, trata-se de erotização precoce. A preocupação, talvez, seja diante dos casos contumazes de estupros e pedofilias que acontecem no Brasil. Geralmente as vitimas são mulheres e crianças. Também não podemos esquecer que o Brasil, infelizmente, ainda é um país machista. A imagem feminina é associada ao prazer masculino, ao poder de mando do homem sobre ela. Também é necessário analisar o contexto de tudo: dinheiro. As apresentações dos MCs mirins do funk rendem muito dinheiro.

O problema, a meu ver, está na condição de que, no Brasil, não existe educação sexual. Gravidez indesejável, quase sempre associada ao uso de drogas (licitas ou não), são problemas recorrentes no Brasil. Sem maturidade para criar os filhos, os adolescentes deixam seus filhos aos cuidados dos avós. Em outros casos, pior, fazem aborto de forma clandestina. E aí se entra na questão da legalização do abroto no Brasil. Não que o aborto, na maioria dos casos, sejam por questões de gravidez indesejável, mas possui um fator importante a ser analisado na contextura atual dos acontecimentos.

De certo, os jovens brasileiros começam a atividade sexual cedo sem, contudo, assumirem, conscientemente, as responsabilidades futuras sobre o ato. A AIDS não estacionou, mas continua a fazer vitimas. Campanhas de prevenção não são mais divulgadas com foram nas décadas de 1980 a 1990.

É certo dizer que a sexualidade é natural ao ser humano. O instinto sexual também o é, e começa cedo nos seres humanos, em alguns mais tarde. Contudo, diante do contexto brasileiro – machismo, erotização da mulher nos comerciais, principalmente nas publicidades de cerveja, uso de drogas e copula – a banalidade da sexualidade se mostra um perigo, um caso de saúde pública.

Se antes a virgindade era um requisito para a mulher ser aceita na sociedade, no século XXI a virgindade passou a ser "doença". E no desespero da menina em ser aceita no grupo, o sexo sem compromisso é a forma de mostrar que é uma pessoa "normal". Não menos diferente é no menino, apesar de que a sociedade sempre incentivou os meninos a prática desde cedo.

Himenolatria. Disponível em:;

Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br, e a autoria (Sérgio Henrique Da Silva Pereira).
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