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Texto enviado ao JurisWay em 05/07/2024.
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Iniciemos a nossa reflexão com o seguinte questionamento: no que diz respeito ao que escolhemos ou escolheremos como profissão, temos o livre arbítrio ou somos atores de um roteiro pré-definido? Escrevemos o nosso livro ou somos coadjuvantes no cenário da vida?
Como se sabe, o ponto mais alto de tomada de decisão em nossas vidas é a adolescência, momento em que a escolha de nossa profissão é muitas vezes mais por conveniência do que por convicção.
Assim, nos deparamos com as seguintes opções:
a) seguir a vontade dos pais;
b) decidir pelo que dizem ser melhor;
c) optar pelo que paga mais;
d) não escolher e esperar;
e) empreender agora e estudar depois;
f) escolher o que é mais concorrido por julgar ser o melhor.
O que você escolheria?
Flávio Augusto da Silva, autor do livro “Ponto de Inflexão”, escolheu a última opção. O concurso mais concorrido daquele tempo — a carreira militar, motivado pela estabilidade, boa remuneração e prestígio. Se esforçou ao máximo, tentou por três vezes até conseguir e com isso aprendeu que era capaz de conquistar qualquer coisa, bastava se dedicar.
Com efeito, ao se deparar com a realidade diametralmente oposta a suas expectativas (hierarquia, disciplina, rotina e zero desenvolvimento da criatividade) viu-se triste, sem brilho e robotizado. Descobriu que não tinha perfil para ser militar. Sua resposta a essa situação foi a rebeldia. Apesar disso, não conseguia tomar a iniciativa de sair e a instituição tomou essa decisão por ele.
A história não parou por aí. Ele sabia que poderia passar em qualquer concurso que quisesse desde então e passou, com um único intuito: dizer ao pai, também militar à época, que não queria aquela profissão.
Um ponto de inflexão importante, logo após esse episódio, foi a possibilidade de trabalhar como gerente em uma multinacional. Após conhecê-lo, o entrevistador disse: Isso aqui é pequeno demais para você! Por mais que ele insistisse em ficar precisou tomar outra direção.
Esse livro ressignificou a minha história. Lembrei-me não somente dos nãos que já recebi na vida, mas também da falta de diálogo, dos pingos nos is, daquilo que precisava ser feito, daquilo que precisava ser melhorado ou daquilo que não era para ser. De pessoas que diante da minha juventude e inexperiência em vez de cumprirem seu papel de ajudadores, conselheiros e humanos; aproveitaram daqueles fatores ora mencionados para menosprezar, diminuir e humilhar. Posso ouvi-los dizer agora: Isso é pequeno demais para você! Pequeno no sentido literal da palavra. Quando, de fato, estamos em nosso lugar, em nós mesmos, sabedores do nosso lugar no mundo, o que as pessoas fazem para nos tirar do caminho é pequeno demais. É, na verdade, um empurrão para a escolha mais acertada.
Compreendi que todas as coisas que me aconteceram deveriam acontecer para fazer de mim o que sou hoje. E o que sou hoje é o bem mais valioso que tenho.
Por certo, todas as experiências daquele jovem o levou a maturidade e o fez alçar voos mais altos. Um menino da periferia do Rio de Janeiro chegou a sentar entre bilionários norte americanos como proprietário de um estádio de futebol com recursos 100% privados.
A questão aqui não é o sucesso da profissão, mas a felicidade de ser verdadeiro consigo. O autor desse livro era movido por competição e ambição e ele não remou contra a maré.
Eu sou movida pelo prazer de servir e ajudar. E você, o que te move?
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