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Andyara Santis*
Nas últimas décadas, a oferta de crédito cresceu muito no país. O brasileiro hoje consegue recursos de maneira fácil e rápida em bancos e financeiras para suprir várias das suas necessidades cotidianas. No entanto, a maior parte da população ainda não tem uma educação financeira sólida que lhe dê segurança para lidar com essas novas possibilidades.
Com tantas facilidades para conseguir dinheiro e com a falta de informação sobre a melhor forma de utilizá-lo, percebe-se que o aumento do consumo tem trazido consigo o crescimento do grau de endividamento da população. Segundo dados da Serasa, a inadimplência do consumidor registrou crescimento de 8,2% em maio, na comparação com o mês anterior. Todos saem perdendo com isso: consumidores, comerciantes e instituições financeiras.
Aprender a consumir e usar o crédito de forma consciente é, portanto, essencial em um país que passa por um momento único de desenvolvimento econômico. Cientes da nossa responsabilidade nessa questão, temos trabalhado há algum tempo para promover a educação financeira, tanto de funcionários quanto de clientes.
Uma recente ação nesse sentido é a parceria com o Instituto Akatu para a criação da cartilha “Consumo Consciente do Dinheiro e do Crédito”. Os dois primeiros capítulos já estão no ar e até o meio de agosto outros dois serão publicados. Em cada um deles abordamos um aspecto diferente da saúde monetária do leitor.
Nessa cartilha procuramos mostrar que a educação financeira vai muito além da premissa “gastar menos do que se ganha”. Trabalhamos com o conceito de consumo consciente, ou seja, os impactos positivos que a boa administração do dinheiro pode trazer na qualidade de vida, segurança e no alcance da felicidade, hoje e no futuro.
Consumir de forma consciente é estar atento ao impacto de cada uma das seis etapas do consumo – por que comprar, o que comprar, de quem comprar, como pagar, como usar e como descartar -, avaliando se os benefícios trazidos pela aquisição do bem ou serviço justificam os impactos financeiros, sociais e ambientais causados por ela. Em geral, as pessoas consideram apenas a compra e esquecem de todas as etapas anteriores e posteriores ao ato de comprar.
Quando observamos de forma mais ampla, percebemos primeiramente a existência de uma necessidade, depois pensamos no que vamos adquirir para supri-la e quem será o nosso fornecedor. Posteriormente à compra, utilizamos o que foi adquirido até fazemos o descarte do produto.
Ao pensar dessa forma mais abrangente e sistêmica, conseguimos evitar as razões que, em geral, levam ao descontrole financeiro e à insustentabilidade social e ambiental: falta de limites, baixa reflexão sobre prioridades, confusão de desejos com necessidades e privilégio somente do presente, esquecendo de considerar o futuro. Como é possível perceber, as considerações que formam a boa educação financeira são as mesmas que levam a uma boa educação para a sustentabilidade.
Confira as primeiras cartilhas aqui mesmo no Espaço de Práticas em Sustentabilidade e fique atento às próximas publicações. Não perca a oportunidade de conhecer essas dicas valiosas para manter seu orçamento dentro de limites sustentáveis para você e para o planeta!
*Andyara Santis é analista de Educação para Sustentabilidade do Grupo Santander