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 Defesa do Consumidor
 

Cirurgiões cardíacos de BH suspendem consultas a clientes de quatro planos de saúde

Fonte: Estado de Minas - Online 1/4/2011

Texto enviado ao JurisWay em 01/04/2011.

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Na segunda-feira, cirurgiões cardíacos de Minas Gerais vão suspender o atendimento para usuários das operadoras de planos de saúde: Amil, Caixa de Assistência à Saúde da UFMG (Casu), Goodlife e Fundo de Saúde do Exército (Fusex). Serão mantidos os atendimentos de urgência. A manifestação faz parte do movimento dos cirurgiões para reajuste da tabela médica iniciado no ano passado. A categoria também vai integrar o movimento nacional de médicos e dentistas, que, na quinta-feira que vem, vai interromper nacionalmente os atendimentos aos planos médicos, um protesto contra a baixa remuneração.

Paciente em mesa de cirurgia: médicos vão deixar de atender a usuários de quatro planos (Edesio Ferreira/EM/D.A Press) 

 

Paciente em mesa de cirurgia: médicos vão deixar de atender a usuários de quatro planos

Segundo a Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares de Minas Gerais (COOPCCV-MG), a decisão de suspender o atendimento aos planos foi tomada depois de três meses sem avanços nas negociações. Segundo o cirurgião Eduardo Rocha, diretor da cooperativa, a remuneração, em média de R$ 1,5 mil bruto por uma cirurgia cardíaca para ponte safena, está bem abaixo do recomendado pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). “A remuneração que pleiteamos é entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. Somente a equipe médica custa, em média, R$ 25 mil/mês.”

A briga entre planos de saúde e médicos vem complicando a vida do consumidor, que, com a mensalidade em dia, vive num fogo cruzado. O diretor do Centro Paulista de Economia da Saúde, Marcos Ferraz, avalia que os custos médicos sobem acima da inflação do país, assim, a baixa remuneração das tabelas médica se torna uma alternativa dos planos para equalizar as contas. “No entanto, esta não parece ser a melhor alternativa, porque afeta a qualidade dos serviços”, comenta o especialista. Para ele, o futuro da relação entre os prestadores de serviços vai depender de um reajustamento dos honorários, que, no entanto, pode levar entre três a cinco anos para retornar ao patamar ideal.

Segundo Márcio Bichara, diretor de saúde suplementar da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), nos últimos 10 anos, os honorários tiveram seu peso no faturamento dos planos de saúde reduzido em mais da metade, de 40% para 18%.

Planos

O Estado de Minas procurou os quatro planos de saúde que terão o atendimento suspenso. A Amil esclareceu que não foi informada sobre o assunto. A Fusex informou por meio de sua assessoria que assim que tomar conhecimento oficial da demanda, a questão será analisada. A operadora Goodlife não respondeu a reportagem.

O superintendente da Casu, Gedeon de Souza também disse não ter conhecimento sobre a demanda dos cirurgiões. Segundo ele, o contrato do plano é com os hospitais. O cirurgião Eduardo Rocha rebate: “Estamos tentando negociar há mais de três meses. Não somos empregados dos hospitais e nem dos planos. Somos prestadores de serviços e nosso honorários devem ser negociados em um patamar ético. Não queremos e não vamos deixar de atender os pacientes. Eles poderão reaver valores pagos fora do plano na Justiça”.

A Cooperativa médica reforça que caso a negociação com o Grupo Unidas, que representa mais de 20 convênios médicos não avance, o atendimento aos planos do grupo também serão suspensos. No início do ano, a especialidade médica conseguiu negociar reajuste com a Unimed-BH de 100% do valor da tabela. Nacionalmente, os médicos também ganharam reajustes na remuneração do Sistema Único de Saúde (SUS) que chegaram a atingir 227%.




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