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Empréstimo a consumidor e empresa somou R$ 1,13 tri, quase metade de riquezas do país
O crédito no Brasil continuou a crescer em fevereiro, mesmo com as tentativas do governo para fechar a torneira do dinheiro fácil e controlar o forte consumo no país, que tem causado inflação. O balanço de fevereiro do Banco Central mostrou que o total de empréstimos concedidos pelos bancos somou R$ 1,13 trilhão no fim do mês passado.
Esse número representa 46,5% de tudo o que o país produziu no período. Em outras palavras, quase metade do PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no país) brasileiro foi de crédito oferecido a empresas e a consumidores.
Apesar das medidas de restrição ao crédito adotadas recentemente, as operações de crédito do sistema financeiro cresceram 1,4% em fevereiro, na comparação com janeiro. No ano de 2010, a carteira de crédito registrou expansão de 17,1%. Os dados de fevereiro, foram divulgados nesta terça-feira (28), pelo Banco Central.
Entre as medidas restritivas do crédito estão as mudanças nos compulsórios (que é a grana que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC) para empréstimos de longo prazo no ano passado, os aumentos das taxas de juros neste ano para conter a inflação, e o aumento da cobrança do IOF para compras no exterior, anunciado nesta segunda-feira (27).
Tulio Maciel, diretor-adjunto do Departamento Econômico do BC, diz que o aumento do crédito em fevereiro se deve, em parte, pelo comportamento típico do mês, com maior aumento do crédito. Conta também o fato de que em janeiro os empréstimos foram mais escassos do que no mês passado.
O BC espera agora uma acomodação do ritmo de crescimento do crédito e das taxas de juros.
- Sem dúvida o crédito tem sido um fator determinante no crescimento brasileiro e fundamental para o dinamismo da economia brasileira, e parte dessa expansão vinha sendo suportada pela captação externa, o IOF irá contribuir para conter a expansão mais acentuada do crédito.
Entre as operações que mais cresceram no mês passado, os financiamentos para habitação para pessoas físicas tiveram aumento de 2,7%, para R$ 146,36 bilhões. Em 12 meses, o aumento do financiamento para a construção de casas apresenta crescimento de 50,9%.
O crédito direcionado ao comércio cresceu 1,5% em fevereiro e para a indústria avançou 1,3%. Já as operações para pessoa física cresceram 1,6% e atingiram R$ 527,28 bilhões.
Em fevereiro, o spread bancário, que é a diferença entre os juros que os bancos pagam para captar recursos e os juros cobrados de quem toma empréstimos subiu 0,5 ponto percentual, para 26,1pontos percentuais. Para as famílias (pessoas físicas), o spread ficou em 19,2 pontos percentuais, no maior valor desde abril de 2009.
O Banco Central revisou nesta terça as projeções para o ano de 2011 para o crescimento total do crédito. Em dezembro, a previsão era de expansão de 15% no ano todo. A estimativa foi revista para aumento de 13%. Com isso, a participação do crédito no PIB (produto interno bruto, ou soma das riquezas produzidas no país) caiu de 50% para 48%.