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De acordo com as secretarias estadual e municipal de Saúde, o Paraná tem 96 casos de gestantes com a gripe A H1N1, das quais 29 são da capital. Houve sete mortes de grávidas no estado, uma delas ocorreu em Curitiba.
Com a medida, o comitê espera ter um prazo maior para analisar a situação epidemiológica da nova gripe nesse grupo. O Comitê Municipal de Prevenção e Controle da Nova Gripe é formado por 26 entidades, entre associações médicas, orgãos municipais e demais entidades da sociedade civil. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) já havia feito a mesma recomendação na quinta-feira (18).
A médica Karen Regina Luhn, doutora em Epidemiologia e assessora da Superintendência de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde, ressaltou que não se trata de recomendação para isolamento domiciliar, mas sim de uma medida para tentar reduzir os riscos de contaminação desse grupo. “Não há como se ter 0% de risco, mesmo em casa. No entanto, por precaução, recomendamos que as gestantes sejam afastadas por 15 dias”, explicou Karen.
As grávidas também precisam ter atenção especial quanto às medidas de higiene, principalmente a lavagem correta das mãos, e devem evitar locais em que há aglomeração de pessoas. Elas fazem parte do grupo de risco porque o organismo prepara o sistema imunológico para permitir a instalação de um corpo estranho – que nesse caso será o bebê. Dessa forma, o vírus H1N1 também pode atingi-las com mais facilidade.
Análise da gripe A
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou na quarta-feira (19) a primeira análise epidemiológica da gripe A H1N1 no Paraná. Trata-se do primeiro levantamento mais aprofundado sobre a nova gripe. Os dados foram coletados entre 27 de abril e 15 de agosto e foi utilizada a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Um dos levantamentos feitos diz respeito aos dias decorridos entre o início do aparecimento dos sintomas da nova gripe e a data do óbito. De acordo com a Sesa, 12,5% das mortes aconteceram no oitavo dia após o aparecimento dos sintomas; 8,9% dos óbitos ocorreram após cinco dias e 7,2% após 10 dias.
De acordo com a infectologista Flávia Gomyde, da Maternidade Nossa Senhora de Fátima, nesses casos em que houve evolução rápida da doença, que levou a óbito, os pacientes deveriam apresentar complicações. Isso porque costumam aparecer a partir do quarto dia após o aparecimento dos sintomas da nova gripe.
Além disso, a análise apresentou que a faixa etária com o maior número de casos confirmados da nova gripe são os adultos entre e 20 e 49 anos, responsáveis por 57,3% dos casos do estado. Ainda não há explicação científica para esse fato, apenas algumas hipóteses que tentam explicar esse fato.
A Sesa divulgou também dados sobre óbitos causados pela gripe A em que os pacientes apresentavam outros fatores de risco. Em 46 óbitos (38,6%) havia complicações, dez pessoas eram obesas e sete eram gestantes. Outras 29 mortes foram classificadas como sendo de pessoas que apresentavam outras comorbidades.
De acordo com a infectologista Mônica Gomes da Silva, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia e coordenadora do Programa de Residência em Infectologia do Hospital Nossa Senhora das Graças, os fatores associados mais comuns são diabetes, doenças cardíacas (principalmente insuficiência cardíaca), e doenças pulmonares (principalmente asma, bronquite, além das complicações de fumantes). “Em muitos casos esses fatores aparecem combinados, o que agrava ainda mais o quadro do paciente”, afirmou Mônica.