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Sociedades Indígenas: Introdução ao Tema da Diversidade Cultural


Autoria:

Aristocléverson Santos


Representante Farmácias , cursando Direito, Graduado em ADM na FACITEC e vasta experiência no ramo farmacêutico.

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Resumo:

Nestas poucas palavras tento descrever obras lidas e levar aos leitores conceitos do ponto de vista da sociedade indígenas.

Texto enviado ao JurisWay em 10/09/2010.

Última edição/atualização em 11/09/2010.



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           Atualmente é de grande valia os estudos e os debates com relação do cenário político, econômico e social das comunidades indígenas com as demais comunidades.

A diversidade cultural é ampla e rica, pois a diferença entre as culturas indígenas e a nossa sociedade é um leque de riqueza para estudo. Além da nossa sociedade brasileira temos as outras sociedades como: moderna, envolvente, complexa, ocidental, primitivas, tribais e simples, mas vemos muitas das vezes a comparação entre as diversas sociedades com certo grau de preconceito. Na sociedade indígena vemos também este preconceito quando escutamos o termo: Homens brancos.

O resultado dessas diversas sociedades é a forma de vivencia com outros povos e a relação existente entre os indivíduos que fazem parte dela, lembrando que todos fazem parte da espécie humana.

O conceito de cultura onde temos um conjunto de símbolos utilizados pelos indivíduos que fazem parte dela, determina o grupo social permitindo atribuir sentido ao mundo em que vivem e às suas ações. O pensamento simbólico é um catalisador das diferenças cultural sendo a base que qualquer pensamento.

O código simbólico que chamamos de cultura permeia todos os momentos de nossa vida.

A cultura diz respeito a uma capacidade comum a toda a humanidade, por isso é compartilhada formulada e transformada por um determinado grupo social. Cada ser humano vive e age conforme um código simbólico. A cultura dinâmica se transforma através da historia tem uma relação com o tempo. Por mais que busque reproduzir a tradição e as leis temos que confrontá-las com as novas impostas pela vida, não é possível uma reprodução plena, pois não conseguiríamos reproduzir um momento sem ter um contexto igual ao acontecido.

Os índios como qualquer outro ser humano vive de acordo com a sua cultura, sem a existência de maneira natural, instintiva ou inata de interagir com o meio ambiente.

Os povos indígenas reconhecem a posse de um território a partir do uso que fazem dele, a posse é coletiva e não individual, pois todos possuem um papel de responsabilidade para a perpetuação da sociedade indígena. A sociedade indígena em geral utiliza o solo de três maneiras: como espaço da aldeia, o espaço das roças e a região de caça e coleta ou territórios de itinerância. O sistema de coivara é o mais utilizado e para os ambientalistas a forma que é realizada o solo pelas sociedades indígenas não é da mesma forma realizada para agricultura. Os alimentos que fornecem carboidrato ao grupo como milho, mandioca, batata-doce ou inhame são os principais cultivos dos índios. A pesca é a principal base protéica. Os índios reconhecem a posse coletiva do território e mesmo não havendo propriedade da terra, há a propriedade dos produtos do trabalho na terra, com base familiar, entre eles nenhum índio ou nenhuma família tem mais do que a sua capacidade de trabalhar, além dos alimentos descritos acima temos também a floresta virgem como parte do território onde ocorrem as caças e as colheitas. Por isso que mesmo não seja povoado e vivido como nas aldeias e roças é de extrema importância tanto material quanto simbólico.

Os índios não visão o acumulo de riqueza e o status social não é pelo que tem mais, mas sim pelo individuo ou família que compartilha mais seus recursos. O equilíbrio vive na concepção das tribos indígenas, pois sabem que o exagero a caça, a pesca poderia desencadear uma mortandade desmedida pela falta de recursos para o futuro da sociedade indígena.

A sociabilidade como relações estabelecidade entre as pessoas de um determinado grupam a família é a unidade de produção na sociedade indígena e elo na corrente de relações sociais, pois a produção baseia-se na divisão sexual do trabalho onde temos os homens realizando as caças e derrubar a roça e as mulheres cuidando da roça e da cozinha. Cada família funciona como a unidade básica de produção e armazena os conhecimentos fundamentais e indispensáveis para a sua subsistência. Com isso vemos as relações recíprocas porque a distribuição de riqueza é feita para toda a sociedade. Portanto estabelecem uma relação de aliança.

Os chefes indígenas não se distanciam dos trabalhos diários e da população para poder exercer o que nós chamamos de poder político. A autoridade é adquirida através das atividades diárias e do contato com as famílias, a partir das alianças ente as diversas famílias.

Muita gente pensa que sociedades que não possuem escritas não possuem leis, mas as pinturas corporais, os desenhos que adornam as casas, os utensílios de uso diário e os símbolos são formas de “escrita” ocasionando a comunicação entre as pessoas.

A fauna e a flora são ligadas às espécies sobrenaturais, pois em grande parte fazem parte dos rituais ou mitos, sendo contemplados em momentos importantes na vida das pessoas ou da sociedade.

O tempo é relativo para as diversas sociedades para nós o tempo marcado em dias não é o mesmo tempo na percepção da sociedade indígena porque o ciclo da natureza é à base do tempo.

A identidade é central no âmbito das relações estabelecidas no interior da aldeia, enquanto o tema da alteridade domina as relações sociais que extrapolam os limites da aldeia ou da sociedade: os estrangeiros, os espíritos, os animais, os mortos, os inimigos ou os deuses.

As diferenças regionais são diminuídas caso haja mais contato. Considera-se que os contatos continuam e a influencia é em via dupla ocasionando uma sertã semelhança cultural ao longo da convivência.

As fronteiras da civilização ao longo do tempo foram quebradas e decorrendo uma alteração na ordem social e econômica. Os povos indígenas participam de uma historia antiga de contatos e intercâmbios, na qual influenciaram uns aos outros, como ainda continua ocorrendo. Cada cultura indígena apresenta também uma versão própria das idéias e dos costumes conhecidos através do contato com outras populações.

As expedições que vivemos no passado principalmente na era colonial onde tínhamos índios escravizados, as famosas missões, não foram capazes de transformar os povos indígenas iguais aos titulares destas ações.

Portanto a realidade é que todos mudaram, mas cada um de sua maneira e em seu tempo.

 

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