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Algoritmos, jurimetria, lawtechs e o direito


Autoria:

Gustavo Rocha


Advogado Pós-Graduado Gerente jurídico por 4 anos Membro da comissão especial de Processo Eletrônico da OAB/RS Membro da comissão especial de Fiscalização e Ética Profissional da OAB/RS Membro da comissão permanente de Acesso a Justiça do Conselho Federal da OAB Implanta gestão e softwares jurídicos desde 1997 Sócio da Consultoria GustavoRochacom, inscrita no CRA/RS 003799/O Presta exclusivamente consultoria nas áreas de gestão, tecnologia, marketing jurídico e processo eletrônico. 10 anos de consultoria direcionada em escritórios e departamentos jurídicos no Brasil e Portugal Mais de 2000 artigos publicados no portal www.gustavorocha.com Canal no Youtube (gustavorochacom) com aulas, palestras e dicas práticas Palestrante e professor convidado de universidades e cursos de Pós-Graduação pelo país nas áreas de gestão, tecnologia, marketing jurídico e processo eletrônico Contato direto: gustavo@gustavorocha.com

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Resumo:

Algoritmos, jurimetria, lawtechs e o direito

Texto enviado ao JurisWay em 31/07/2019.



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Há debates que mudam as variáveis e continuam tendo o mesmo objetivo e quiçá o mesmo resultado. Entre estes, a questão da tecnologia aplicada ao direito com seus algoritmos, jurimetria, startups jurídicas com serviços inovadores (lawtechs) e a possibilidade de esta tecnologia toda acabar com o trabalho do advogado.

Vamos esclarecer que o assunto não é novo, em 2009, há 10 anos atrás, Richard Susskind escreveu o livro The End of the Lawyers e já trazia no seu âmago este mesmo debate, onde tanto naquela época como agora, penso que o resultado é o mesmo: Quanto mais vejo a tecnologia, mais percebo que o trabalho do advogado mudou, mudará, mas permanecerá necessário, útil e indispensável na administração da justiça, como bem preceitua o artigo 133 da Carta Magna.

Um algoritmo não consegue pensar uma estratégia jurídica. 

A jurimetria pode até ajudar na estatística das demandas e trabalhar com um predizer de possibilidade de julgados neste ou naquele sentido, entretanto, somente o advogado consegue com seu pensar, seu conhecimento e vagar sobre o tema, alçar caminhos diferentes. 

Uma lawtech pode criar robôs que leiam peças, interpretem, façam peticionamentos automaticamente, daquilo que for repetitivo, que não exija um pensar maior.

A própria inteligência artificial pode construir ideias em cima de outras ideias, mas não cria nada do zero.

O direito e principalmente advogar é muito mais do que apenas peticionar: É pensar a melhor forma de resolver o problema do cliente, que inclusive – e cada vez mais – deve ter olhar para fora do judiciário.

O direito não é um produto de tecnologia que pode ser descartado por estar obsoleto, ultrapassado. As origens remontam há mais de 2 mil anos de conceitos, atualizações e melhorias – que ainda precisam de muito pensar e mudanças também para  sua própria evolução – para que possamos evoluir em conjunto com a sociedade.

Não é admissível querer de deixar de usar a tecnologia porque advogados perderão seus empregos, pois somente deixarão seus postos, aqueles que carinhosamente chamo de Advogados Google, advogados que somente fazem o ctrl + C, combinado com ctrl +V e quando avançados, usam também o ctrl + X! Os advogados que pensam e estão querendo a tecnologia como aliada do seu ofício, terão um caminho novo, inexplorado, mas nem por isso desinteressante para exercer a sua profissão.

A advocacia mudou! E precisamos colher os frutos da mudança, ao invés de reclamar dos novos ventos.

#FraternoAbraço

Gustavo Rocha
Consultoria GustavoRocha.com | Gestão, Tecnologia e Marketing Estratégicos
Robôs | Inteligência Artificial | Jurimetria
(51) 98163.3333 | gustavo@gustavorocha.com | www.gustavorocha.com

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