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Pessoas invisíveis


Autoria:

Fabio Celestino Dos Santos


-Advogado,Graduação em Direito -(Unicastelo); -Pós-graduado em Direito Cível; -Pós-graduado em Processo Cível; -Pós-graduado em Direito Imobiliário; -Licenciatura em Sociologia; -Licenciatura em Filosofia; - Vice-Presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB/SP, 104ª Subseção -Itaquera;gestão 2019/2021; -Diretor da Comissão de Segurança Pública da OAB/SP, 104ª Subseção -Itaquera; - Diretor da Comissão do Terceiro Setor da OAB/SP, gestão 2018/2021 da 104ª Subseção -Itaquera; -Presidente do (Conseg), Conselho de Segurança comunitário de São Matheus, São Paulo/SP gestão 2019/2021 e 2021/2023. Professor da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e do Centro Paula Souza.

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Resumo:

Cegueira social

Texto enviado ao JurisWay em 21/08/2017.



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                             Pessoas invisíveis

 Nasci e fui criado na megalópole SÃO PAULO, a metrópole que nunca dorme. Sempre transitei por diversos locais, ruas, avenidas, rodovias, mas nunca tinha me dado conta ou observado que nesta cidade existem pessoas invisíveis!

 Sim, parece estranho, são pessoas completamente ignoradas, mas que por diversas vezes, passamos muito perto, em alguns casos, chegamos a esbarrar nestas pessoas, como se fossem um poste (um obstáculo), que está ali a nos atrapalhar   e ao menos oferecemos um pedido de desculpas.

 Em uma de minhas visitas ao dentista, lá estava eu como um trabalhador comum, sentado em um banco de ônibus, foi quando olhei ao meu redor, do outro lado da janela, ou seja, lado de fora do meu campo de conforto, e   fiquei pensando: será que a gente trata mesmo as pessoas assim, como se fossem invisíveis e como se não existissem, mas quem são essas pessoas?

 Essas pessoas são indivíduos que foram esquecidos, mais   necessariamente, pelo poder público, nas três esferas.  Na verdade, são seres humanos que estão sendo feridos em suas almas, estão tendo seus direitos tolhidos, desrespeitados como cidadãos. Em regra, essas pessoas sempre trabalharam, estudaram, contribuíram para o desenvolvimento desta cidade, mas por algum tipo de acidente no decorrer da vida, se encontram ali, sem perspectiva de melhoras, levados por algum tipo de problema mal resolvido, que sugou suas forças, (energias) até os deixarem a mercê de toda a desgraça contemporânea.

 Não existe atuação política suficiente para promover a reintegração dessas pessoas ao convívio da sociedade. O poder público prefere difundir programas desproporcionais, não condizentes com a realidade, ou seja, também ignora “os invisíveis”, pois, o que dá notoriedade, ao que me parece, não é cuidar dos interesses dos “cidadãos”.

 Não é ficção cientifica, muito menos novela, são pessoas que atingiram a invisibilidade, no momento em que tanto o poder público, quanto a sociedade viraram as costas para eles.

 Por alguns minutos, desci do ônibus e me dirigi em direção a algumas pessoas que estavam morando ao lado do viaduto Bresser, na avenida Radial leste, na cidade de São Paulo, ao me aproximar, puxei conversa com um senhor de aproximadamente 70 anos, era o que aparentava, com um rosto sofrido e a pele enrugada, algo inesperado aconteceu, um colega que tinha feito um curso comigo, passou entre nós e não que ele tivesse me ignorado, menosprezado ou rejeitado. Pior: nem fui visto. Era como se eu não estivesse lá, por alguma força do além, tivesse também me tornado invisível e fizesse parte de dessa invisibilidade pública, ou seja, invisibilidade (social), essa que se atinge, quando o ser humano se torna invisível em uma megalópole que nunca dorme.

 O que percebi é que em alguns momentos da vida, todos nós estamos sujeitos a ficarmos invisíveis, tanto em momentos passageiros, quanto em períodos mais longos, por várias circunstâncias da vida. Cabe a nós colocarmos colírios, retirarmos as vendas dos olhos para que seja tratada esta cegueira social, desumana e degradante que aflige a sociedade contemporânea.  

 

Autor: DR FÁBIO CELESTINO DOS SANTOS 

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Comentários e Opiniões

1) Mariana (29/08/2017 às 18:01:29) IP: 191.205.249.129
É a mais pura e triste realidade, e o pior é que estamos mesmo tão acostumados a ignorar essas pessoas que nem nos damos conta de todo o sofrimento e olha que eu me deparo com isso todos os dias,achei seu termo Cegueira Social perfeito para o que acontece todos os dias,nos tornamos cegos e a pergunta fica, até quando?
Eu mesma não sei a resposta.

Enfim a você novamente meus parabéns tenho orgulho em conhece-lo e espero sinceramente ver outros textos .

Abraços :)


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