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OS DESAFIOS DO PROFESSOR CONTEMPORÂNEO DIANTE DAS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E A INCLUSÃO ESCOLAR VIGENTE


Autoria:

Jacira Prestes


Advogada com OAB/SP, formada pela FACTU - Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí/MG, Pós Graduada em Docência no Ensino Superior pela FACTU e em Direito ambiental pela UNINTER Curitiba/PR. Formada em Pedagogia pela EAD-FACINTER e Curso de extensão em Inclusão.

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Resumo:

por vezes no limite de um conflito, que em muitos casos acabam gerando agressões mutuas. Observamos de longa data as mudanças ocorridas na sociedade e suas influências adentrando aos muros escolares

Texto enviado ao JurisWay em 18/10/2015.

Última edição/atualização em 22/10/2015.



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SUMÁRIO

 

1INTRODUÇÃO.........................................................................................05

2 NOVOS PARÂMETROS DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS..................................07 

2.1 RELAÇÕES PROFESSOR/ALUNO NO AMBIENTE ESCOLAR....................09

2.2 A ESCOLA INCLUSIVA CONTEMPORÂNEA...........................................10

2.3 A PRÁXIS PEDAGÓGICA CONTEMPORÂNEA.........................................13 

3 METODOLOGIA....................................................................................15

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................17 

REFERÊNCIAS................................................................................ ........18

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

Quando se fala de educação no mundo contemporâneo, marcado pelas recentes tecnologias, os saberes são produzidos cada vez mais em abundância e circulam entre nós de maneira veloz. A grande preocupação é de que os professores, não foram preparados para exercer a docência conforme a exigência do mundo moderno. 

Destarte, o desafio maior enfrentado por todos os educadores contemporâneos é a necessidade urgente de adequação aos novos tempos e as novas tecnologias. Mas uma coisa todos nós temos certeza, os tempos hodiernos, marcado pelo progresso científico exigem uma nova postura do docente. A rapidez com que surgem novas tecnologias e a rapidez como os novos conhecimentos são repassados, não permitem que o professor fique passivo e a espera de que o mundo moderno não o tire de sua zona de conforto. 

Com os conhecimentos sendo produzidos muito rapidamente e os saberes de antes se tornando cada vez mais obsoletos, repensar o papel do professor nesse cenário é de grande relevância para a educação.  O trabalho docente tradicional que ocupou ao longo do tempo espaços nos bancos escolares já não cabe mais nesta nova escola informatizada e com conhecimentos educacionais globalizados.  

Não vivemos mais a realidade de outrora e o novo docente deve estar apto para lidar com os desafios do campo educacional moderno. Agora, os dias são outros e a maior responsável pela crise pela qual passa a educação é a inadequação de nossos velhos procedimentos frente aos desafios contemporâneos.

Ao bem da verdade vivenciamos momentos que pedem de nós o abandono de referências e verdades até então inquestionáveis, em outras palavras, pedem a desconstrução de um saber que se mostrou desatualizado. Como já foi dito por muitos especialistas em educação, desconstruir não significa ter de destruir tudo o que foi elaborado até o momento na educação, mas implica em entender que, às vezes, antes de seguirmos em frente é preciso dar uma olhadinha para trás. Porque diante dos problemas enfrentados no presente, acreditamos que voltar ao passado seria uma boa solução, mas, no caso da educação escolar, boa parte dos problemas que enfrentamos hoje tem a ver justamente com esse passado. 

Isto não significa que não valha à pena voltar ao passado e que tudo que foi ensinado no ambiente escolar de antigamente deva ser desprezado, deixado de lado. Por certo é que devemos tirar proveito e conhecimento do que realmente foi bom naquela época, escoimando apenas aquilo que já não serve mais para o modelo educacional vigente. Por certo encontraremos algo bom nos métodos educacionais passados e que trouxeram grandes benefícios à educação, mesmo sendo elaborado em décadas passadas, reaproveitá-los será de grande ajuda para o entendimento dos problemas enfrentados pela educação neste momento. 

 

2 NOVOS PARÂMETROS DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS

 

A função da escola é ampla, complexa e diversificada para dar sustentação às continuas evoluções, a escola precisa ressaltar um ensino que crie conexão entre o ensino formal e o mundo do trabalho, entre o conhecimento e a vida prática do aluno. Cabe a escola aproximar à comunidade do convívio escolar, oferecendo oportunidades de acesso à cultura, a tecnologia, a informação, oportunizando reflexões sobre as questões relativas ao respeito ao próximo, suas culturas, etnias e orientação sexual, a preservação do meio ambiente, ao desenvolvimento sustentável entre outros temas relevantes.Todos esses novos paradigmas da educação exigem do pedagogo uma nova postura ante as desigualdades sociais e o modo de vida imposto pela contemporaneidade.

Quando centralizamos a idéia de mudança social na figura do professor, nos esquecemos que por detrás de todo trabalho executado por este profissional, tem por supedâneo as políticas educacionais vigentes e que certamente terão que ser cumpridas. Além de que, agimos como se a superação das problemáticas educacionais fosse apenas uma questão de capacitação do docente, quando, ao bem da verdade, é a nossa sociedade que está em crise. 

Hoje, exercer o ofício de professor não é tarefa nada fácil. Na sociedade atual educador e educando são expostos a situações-limite, coisa que seria impensável para o professor do passado. Observamos de longa data que os educadores têm buscado construir pontes entre educação e sociedade na tentativa de melhorar a escola através da inserção da comunidade no seu meio. 

Devemos reconhecer que houve um grande avanço nas teorias educacionais contemporâneas e nas propostas elaboradas para melhorar a qualidade do ensino. E que, dentro deste contexto, entra em cena um conjunto de reflexões teóricas que acrescentam novos parâmetros as discussões das ações pedagógicas voltadas à transformação social.  

ARAUJO (2010, p. 139) diz: “observamos a escola tomando seu lugar como agente transformador da realidade, na medida em que os saberes partilhados dentro dela passam a circular em outros espaços sociais.” No contexto da escola e de outros ambientes educacionais, como por exemplo, dos movimentos sociais, identificamos a convivência entre sujeitos interagindo numa coletividade, vivenciando processos democráticos alternativos.

 A prática desta interação nos projeta para a construção do coletivo, afirmando nossas identidades sociais, ou seja, os diversos papéis em que atuamos na sociedade hodierna.

Por certo, estamos enfrentando uma crise de paradigmas tremenda, tendo de conviver com tantas teorias que surgiram sobre a educação nos últimos tempos, certamente o profissional da educação ficou mergulhado num mundo de incertezas e se sentindo no meio de um tiroteio sem ter como se defender.  

Hoje, além da crise de paradigmas, da transição que vivenciamos na área educacional, ainda enfrentamos a falta de incentivo para o trabalho docente. Resgatar o desejo do profissional de educação se torna cada vez mais difícil. Mas, oxalá, que o educador contemporâneo consiga resgatar a paixão que foi se perdendo pela docência e pela educação. 

Mas diante da crise educacional vigentes, não podem os educadores esmorecer com as dificuldades enfrentadas no ambiente escolar, que exigem cada vez mais dos professores/educadores. As contradições e incertezas incomodam e por vezes nos fazem refletir se ainda existe algum significado no trabalho que fazemos. Sabemos de antemão que cobram dos educadores e somente destes, soluções para todas as dúvidas que surgem no âmbito educacional. Infelizmente respostas não caem do céu, e nem sempre se encontram em livros didáticos, em leis ou teorias explicativas sobre a educação. E nem somos preparados para enfrentar os problemas advindos de uma sociedade em crise, aonde valores morais e éticos vão se perdendo.

PENTEADO (1979, p. 52) em sua obra nos mostra as dificuldades enfrentadas pelos professores contemporâneos, principalmente os dos países emergentes, quando diz:

 

O ato de ensinar está diretamente subordinado ao processo de aprender. Os que se dedicam á tarefa de educar nos países emergentes enfrentam uma responsabilidade muito maior de ensinar não somente determinadas tarefas técnicas e conceitos sociais modernos, mas, da mesma maneira, novos e mais eficazes meios de desempenhar essas tarefas sociais. Talvez seja essa a mais importante missão do educador num país em desenvolvimento.

 

Sabemos também que a educação faz parte da vida social, destarte, se busca dos educadores hodiernos que tenham uma visão democrática do ensino ministrado em sala de aula. 

Vivemos num País que possuí uma bagagem imensa de culturas (pluralidade característica do Brasil), portanto, necessitamos compreender a complexidade de se ensinar neste país, bem como de ampliar horizontes para o trabalho da escola como um todo.

 Não há tempo para questionamentos, mas sim para tentar soluções. Não podemos fugir da realidade que vivenciamos no mundo atual, mas sim, enfrentá-las é a melhor solução.

Restando-nos agora apenas a reflexão e a decisão sobre qual tipo de professor seremos e que tipo de pessoas se formará nos bancos escolares a partir de nossa mediação. A mudança social só acontece a partir do momento que nós, que fazemos parte dela, assumimos nossas responsabilidades sociais, ou seja, nossos direitos, mas principalmente nossos deveres. 

 

2.1 RELAÇÕES PROFESSOR/ALUNO NO AMBIENTE ESCOLAR  

 

Observa-se, atualmente, que impera um total descaso pelo ato de lecionar e aprender. Já não há mais o respeito mútuo entre discentes e docentes. A indisciplina em sala de aula é uma constante; a falta de diálogo entre ambos é uma triste realidade. Atos de violência escolar já fazem parte do nosso dia-a-dia. Muitas famílias não estão objetivamente cumprindo sua função básica de educar os filhos. Portanto, devemos, enquanto educadores, atentarmos quanto a nossas atitudes, pois, não raras vezes, o motivo de tal reação é a falta de autoridade.

Ao bem da verdade o professor precisa aprender a combinar autoridade, respeito e afetividade; e ao mesmo tempo em que estabelece normas, deixar claro o que espera dos alunos, deve respeitar a individualidade e a liberdade de cada um, desta forma, quiçá, poderá desenvolver o senso de responsabilidade nos seus discentes. 

Sabemos que, respeito se conquista não se impõe; e o diálogo é o melhor caminho para a solução de problemas. Sabemos também que não existe uma fórmula mágica para solucionar esta crise social e familiar que vivenciamos. 

 

Assim sendo, corroboramos as palavras de LIBÂNEO (1994, p.250) quando diz: 

 

O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem também para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades. 

 

Enquanto não tivermos coragem de enfrentar esta questão, superando os sonhos utópicos de encontrar "salvadores da pátria", não veremos muita possibilidade de mudança. O problema da disciplina é tarefa de todos: sociedade, família, escola, professor e aluno. E cada um na medida de suas possibilidades e desejos de solução, terá que contribuir com sua parte. 

Em vez de culpa, é preciso falar de responsabilidade. E acima de tudo acreditar que, se cada segmento se engajar nesta luta juntando forças; venceremos um dia esta batalha educacional e social tão deprimente que vivenciamos na relação aluno/escola/professor, hoje.

 

2.2 A ESCOLA INCLUSIVA CONTEMPORÂNEA

 

Até o presente momento falamos sobre as dificuldades enfrentadas pelo professor contemporâneo em sala de aula diante da indisciplina, da falta de atenção e interesse dos alunos atuais. Também fizemos uma pequena explanação sobre as dificuldades encontrada pelo professor após a inserção das novas tecnologias, que obrigam o professor a se adaptar aos novos tempos.  A partir deste ponto falaremos sobre outro problema crucial que traz insegurança para o docente quando em sala de aula: a inclusão escolar de alunos com NEE (Necessidades Educacionais Especiais).

Conforme crônica publicada numa revista jurídica eletrônica PRESTES (2010) diz que: 

 

Grosso modo diz-se que a inclusão se concilia com uma educação para todos, ou seja, com práticas pedagógicas voltada a todos os alunos igualmente e sem distinção. Mas não se consegue mudar paradigmas educacionais trazendo a baila uma forma revolucionária de educação inclusiva, sem planejar, sem implantar uma revolução ainda maior dentro do âmbito educacional, o qual terá como supedâneo a formação do pessoal envolvido com a educação e a estruturação do espaço físico do ambiente escolar. As escolas desde a Lei de Diretrizes Básicas (LDB), lei no 9.394/96 e a lei 3.298/99 que regulamenta a lei 7.853/89 e Institui a Política Nacional para Inclusão escolar têm o dever legal de estar atendendo alunos com NEE (Necessidades Educacionais Especiais) em suas turmas regulares e na maioria das vezes o despreparo dos seus professores acaba por trazer ao ambiente escolar insegurança e desânimo aos docentes envolvidos com a educação inclusiva. A descrença e o despreparo daqueles que enfrentam uma sala de aula e que nem sempre acreditam nos benefícios que esses alunos poderão tirar da nova situação, pioram ainda mais o quadro atual. 

Temem os professores não ter condições de dar aos novos alunos a capacidade de acompanhar os avanços dos demais colegas. E pior que isto, que se tornem excluídos ou alijados dos grupos formados pelos demais alunos no convívio escolar. 

Faz-se necessário considerar a forma como nossa sociedade está organizada, onde o acesso aos serviços é sempre dificultado pelos mais variados motivos. Os cegos precisam ler em braile, ter sinais de trânsito que façam ruídos para que possam saber quando atravessar uma rua movimentada, o transporte público, as áreas de lazer, prédios públicos, entre tantos outros devem facilitar o acesso e ter locais específicos para que cadeirantes possam usufruir de seus direitos constitucionais. 

Se a sociedade se ocupar de fato com a promoção da inclusão verdadeira, barreiras deverão ser derrubadas e certamente todos os cidadãos terão acesso à cidadania plena, sem distinção alguma. 

Mas ao contrário do que muitos pensam, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. Envolve um processo de reforma e de reestruturação das Escolas, cujo objetivo é assegurar que todos possam ter acesso às oportunidades educacionais e sociais oferecidas pelas Instituições de Ensino. O simples fato de colocar alunos lado a lado, com necessidades especiais ou não, não garante, por si só, a inclusão e a adaptação deste de forma a interagir de forma positiva com outros alunos, podendo mesmo ocorrer atitudes que não tragam benefício algum para ambos os lados. Destarte, para que a inclusão seja uma realidade, será necessário rever uma série de barreiras, além da política e práticas pedagógicas e dos processos de avaliação.

 

Observa-se ainda hoje, que os professores estão bastante céticos quanto às inovações educacionais, como a inclusão escolar. Uma grande parte destes pensa que seja impossível na prática, mesmo considerando que a proposta de uma educação para todos é válida.

 Muitos professores julgam-se incapazes de dar conta dessa demanda, despreparados e impotentes frente a essa realidade que é agravada pela falta de material adequado, de apoio administrativo e recursos financeiros. Deixam explicito suas dúvidas e colocam seu temor diante do sistema educacional e social inclusivo. Os fantasmas que assombram o educador contemporâneo é o medo terrível que sentem de serem cobrados e avaliados como incompetentes ao não conseguir atingir o objetivo de ensinar os alunos com NEE.

SASSAKI (1999, p. 167) diz: “Inclusão social é o processo pelo qual a sociedade e o portador de deficiência procuram adaptar-se mutuamente tendo em vista a equiparação de oportunidades e, consequentemente, uma sociedade para todos” 

Já VARGAS (2010, p. 232) pensa que, “tudo aquilo que soa como novidade é um processo lento e sofrido, mas não quer dizer, que seu resultado não será positivo”. Ao fazer-se a analise das resistências, devemos examiná-las a partir da argumentação daquele que resiste, porque, não necessariamente, está se esquivando de enfrentar um desafio, apenas, poderá estar em dúvida quanto a sua capacidade de conduzir um processo educativo que exija mais embasamento e preparação. Sabemos que, muitas das vezes, precisamos construir o caminho por nós mesmos, não há um setor de apoio na escola.

 Precisamos ter consciência de que não podemos fazer de cobaia essa demanda de seres humanos que buscam na inclusão escolar uma participação social plena, que seja respeitado como cidadão e que tenha realmente direitos iguais aos demais. Não podemos errar com pessoas que buscam na inclusão o meio de mostrar seus verdadeiros valores e que também são capazes de contribuir com a sociedade. O que buscam, na realidade, nunca deveria ter sido negado a nenhum cidadão brasileiro, independente de suas crenças, cor, situação financeira ou quaisquer outras diferenças existentes. 

Cabe a nós educadores enfrentarmos de vez esta questão. De nada adiantará o ceticismo, o medo de enfrentar o problema. Arregaçar as mangas e tentar entender o que nos parece tão complicado, será o começo da busca das respostas para a questão da inclusão escolar. Por vezes, o bicho não é tão feio quanto pintam no quadro, cabe a nós olharmos a pintura com a mente aberta (para o novo), só assim enxergaremos a beleza que se esconde por traz daquele quadro. Devemos levar em conta as singularidades dos sujeitos que estão nas escolas, assim como também deve considerar o real desafio diante dos propósitos de não excluir ninguém, de não descartar nenhuma criança e de fazer com que sejam compartilhados os saberes que a escola deve ensinar a todos.  

Por considerar tal realidade e porque acreditamos também, já não podemos de modo responsável e critico ficar só nas constatações das impossibilidades da gestão da aprendizagem e do conhecimento. Devemos lançar um olhar futuro que possibilite o diálogo. Que busque ouvir e validar o que dizem aqueles que estão no cotidiano das escolas.  O que pensam sobre os fins que a escola se propõe, entre tantos outros aspectos educacionais.

 

2.3 A PRÁXIS PEDAGÓGICA CONTEMPORÂNEA

 

Método de ensino é a maneira pela qual o professor organiza as atividades de ensino para atingir os objetivos de ensino / aprendizagem. Teorias pedagógicas são construções determinadas pelas circunstâncias históricas, que se relacionam aos ideais defendidos pelos teóricos em função dos problemas vividos em cada etapa de desenvolvimento da sociedade.

Deverá haver compreensão de que podemos usar a metodologia de ensino em função da realidade da população local, portanto, não basta o saber, mas sim, saber agir de acordo com a demanda de pessoas que recebemos no ambiente escolar onde atuamos. 

Dentro deste contexto, devemos refletir sobre a prática pedagógica e procurar extrair do aprendizado/problematização tudo que possa dar início a uma investigação, de forma a desenvolver uma atitude investigativa e positiva para servir de supedâneo a inserção social de uma educação democrática e voltada a formar cidadãos.

LIBÂNEO (1994, p. 17) diz que a educação é fundamental na formação social dos alunos e na formação de sua consciência de cidadania quando nos diz:

Não há sociedade sem prática educativa e nem prática educativa sem sociedade. À prática educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover os indivíduos dos conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos a atuar no meio social e a transformá-lo em função de necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade.

 

Sabemos que, na prática educativa carregamos um pouco de tudo que observamos na sociedade, que o professor não é imparcial no momento que planeja sua aula. Destarte, devemos sempre que planejamos uma aula, dialogar com o que já foi realizado, analisar os prós e contras, auto avaliar-se, pois, só assim teremos uma visão mais ampla do campo educacional, social e da política vigente. 

GOMES (2006, p. 04), diz que a formação do professor, no que concerne à sua função, deveria proporcionar condições para estimular o “querer mais”, objetivando aperfeiçoar o seu trabalho diário na busca de novas perspectivas e mudanças significativas.

 NÓVOA, (1992, p.27) afirma que: A formação pode estimular o desenvolvimento profissional dos professores no quadro de uma autonomia contextualizada da profissão docente. Devendo-se valorizar paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonista na implantação das políticas educativas. 

Enfim, tanto GOMES (2006), quanto NÓVOA (1992) pensam que uma boa formação capacita o professor para ser reflexivo, diante das situações que lhes são apresentadas em sua vida profissional, seja diante de novos paradigmas, seja diante de ideologias que tentam impor uma concepção de escola e de mundo.

 

 

3 METODOLOGIA

 

O objetivo deste projeto de pesquisa é a partir do tema explicitado, tentar definir qual deve ser a posição do educador diante das mudanças paradigmáticas, tecnológicas e sociais vivenciadas neste momento. 

Para DEMO (2000. p.15-43): 

 

...definir denota interferência do sujeito no objeto, isto é, decompor um todo nas partes para poder analisá-lo. Logo, observa-se que o conhecimento científico é universal e exige pesquisa e elaboração do conhecimento em questão. Dito isso, o procedimento metodológico do conhecimento científico é o questionamento. 

 

Portanto, na confecção da atual pesquisa, foram selecionadas fontes pertinentes ao tema, principalmente bibliográficas, de autoria de especialistas e profissionais, direcionadas à temática em discussão, que discutem sobre as dificuldades enfrentadas pelo professor contemporâneo diante das novas tecnologias e a inclusão de crianças com NEE em sala de aula. 

Esta pesquisa será desenvolvida através do método qualitativo, comparando e constatando todos os dados pertinentes à estrutura contemporânea no que concerne à educação em âmbito brasileiro, especialmente atrelado às questões das mudanças tecnológicas e inclusivas ocorridas hodiernamente.

Entre as obras selecionadas estão GOMES (2006) e NÓVOA (1992) nos ensinando que uma boa formação capacita o professor para ser reflexivo, diante das situações que lhes são apresentadas em sua vida profissional, seja diante de novos paradigmas, seja diante de ideologias que tentam impor uma concepção de escola e de mundo. 

Destarte a análise dos dados do presente trabalho se dará de forma comparativa e qualitativa, entre o referencial teórico selecionado e a prática vivenciada por esta pesquisadora durante estágios realizados no decorrer do curso de pedagogia em instituições escolares no município de Peruíbe/SP, além de pesquisa elaborada junto a profissionais da educação que atuam diretamente em sala de aula.

A análise qualitativa foi à escolha por investigar uma realidade que não pode ser quantificada. Esse tipo de análise trabalha com o universo subjetivo do ser humano, ou seja, valores, crenças e atitudes, correspondendo a um espaço mais profundo das relações humanas, dos processos e dos fenômenos vivenciados em sociedade. Valores, crenças, atitudes e sentimentos não são quantificáveis, mas sim, podem ser analisados e vislumbrados através das influências que exercem qualitativamente na vida das pessoas.

Portanto foram utilizados para esta pesquisa, materiais, como: caneta, papel, computador, impressora e conversas informais com profissionais da educação sobre as mudanças significativas da educação hodierna, a inclusão escolar e de qual maneira influenciou o dia a dia das escolas e do professor.

Os participantes da pesquisa foram informados que suas identidades seriam mantidas em sigilo. A pesquisadora lhes informou que era estudante de pedagogia, apresentou-lhes o tema da pesquisa e, em seguida, fez o convite para participarem na elaboração deste trabalho, respondendo um questionário. Após a mediação, todos os que foram procurados aceitaram o convite de bom grado. Só então, complementando ainda as informações a respeito desta pesquisa, utilizaram-se também dados coletados na mídia e na Internet.

 

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

No presente trabalho de conclusão do curso de Pedagogia, buscou-se a reflexão e análise sobre os desafios enfrentados pelo professor contemporâneo, ou seja, as dificuldades enfrentadas no processo de ensino/aprendizagem, incluindo a diversidade cultural encontrada no Brasil. Para que este trabalho fosse realizado baseou-se em estudos históricos sobre a educação brasileira, leis vigentes, conversas informais com profissionais da educação e sites que forneceram dados importantes a nossa pesquisa na área educacional.

 Através da pesquisa bibliográfica elaborada percebe-se a importância do professor estar acompanhando as mudanças ocorridas na educação no momento de elaborar suas aulas. No dia a dia o profissional da educação que se mantiver informado sobre as mudanças ocorridas na área educacional terá maiores e melhores condições de planejar e elaborar suas aulas.  

O escopo desta pesquisa não foi o de achar soluções para os desafios enfrentados na área educacional contemporânea. Nosso objetivo foi demonstrar os desafios que muitos professores têm enfrentado nestes tempos modernos, com paradigmas sendo derrubados e modelos antes tidos como verdadeiros sendo questionados. 

Sabe-se de antemão que o novo sempre assusta. Mas, também sabemos que o novo sempre chegará e deverá ser aceito. Ao fazer-se uma breve reflexão sobre o tema estudado, percebe-se que todos nós de alguma forma somos afetados pelas mudanças ocorridas.

Concluí-se portanto, que não devemos fechar os olhos e as cegas aceitar tudo que se diz sobre educação. Podemos, isto sim, escoimar o que não serve como parâmetro educacional; separar o joio do trigo e dar crédito ao que já esteve em evidencia e deu certo ou veio para somar. Além de que, hoje, contamos com a tecnologia a nosso favor e não podemos negar que esta será benéfica quando usada com parcimônia e com a devida precaução.

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

ARAUJO, Márcia Baiersdorf. Ensaios sobre a aula: narrativas e reflexões da docência. Curitiba: IBPEX, 2010.

PENTEADO, José de Arruda. Didática e prática de ensino : uma introdução crítica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1979.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Mídia, o grande aliado pró-inclusão. In: SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos, 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora WVA, 1999

--------------, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 5ª ed. Rio de Janeiro: WVA, 2003.

VARGAS, Roberta Vieira de. Os desafios de Incluir sem excluir - Revista o Professor/16/04,2010 - http://www.revistaoprofessor.com.br/wordpress/?p=232 – acessado 02/10/10 às 19h23min

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

PRESTES, Jacira, Inclusão escolar e o dever de obediência as suas diretrizes, Revista Âmbito Jurídico, Revista Jurídica Eletrônica Nº 77 - Ano XIII - JUNHO/2010 - ISSN - 1518-0360, de 01/06/2010. http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura HYPERLINK "http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7950"& HYPERLINK "http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7950"artigo_id=7950

GOMES, Rita de Cássia Medeiros. Formação de Professores: um olhar ao discurso do docente formador. Revista E-Curriculum, São Paulo, v. 2, n. 3, dez. 2006. Disponível em: http://www.pucsp.br/ecurriculum. Acessado em: 02/10/2010 às 13h55min.

NÓVOA, A. A formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

-------------& NOGUEIRA, Adriano. Que fazer: teoria e prática em educação popular. Petrópolis: Vozes, 1989. 68 p.(4ª. ed, 1993).

------------- & D'ANTOLA, Arlete. Disciplina na escola: autoridade versus autoritarismo. São Paulo, EPU, 1989,

DEMO, Pedro. Definindo conhecimento científico. In. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. P.15-43.

http://www.webartigos.com/artigos/resumo-do-primeiro-capitulo-do-livro-de-pedro-demo-metodologia-do-conheciemnto/60730/#ixzz26s8X6h4Z acessado em 18/09/2012 as 21:49.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,2002.

 

 

 

 

 

 

 

 

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