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 Defesa do Consumidor
 

Entrega de carteiras vira exemplo

Fonte: Gazeta do Povo 23/7/2009

Texto enviado ao JurisWay em 18/09/2009.

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Vinicius Boreki

Especialistas acham que medida paranaense deveria ser estendida a outros estados com muitos motoristas em situação irregular
 
A resolução que obrigou condutores com habilitação suspensa a entregar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) poderia se estender a estados com elevado índice de motoristas em situação irregular, segundo especialistas. Esse foi o entendimento dos participantes de um bate-papo virtual, promovido pela empresa Perkons na manhã de ontem. A conversa teve a presença do advogado especialista em Direito de Trânsito e assessor do Conselho Estadual de Trânsito, Marcelo Araújo; do promotor de Justiça do Paraná, Cássio Honorato; da promotora de Justiça de Alagoas, Marluce Caldas; e do diretor-presidente do Detran de Mato Grosso do Sul, Carlos Hen­rique Santos Pereira.

Desde 28 de maio, quando a norma da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) entrou em vigor, cerca de 19 mil motoristas no estado – quase 5,5 mil na ca­­pital – procuraram o Detran para devolver a habilitação. Além da entrega voluntária, o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) organiza ações para recolher CNHs. Ao todo, 3.899 motoristas receberam a visita de policiais, que recolheram 829 habilitações. “As operações continuam e é importante que o motorista que está com a CNH suspensa regularize a sua situação”, declarou o tenente-co­ronel Sérgio Luiz Besseler, comandante do BPTran, ao site da Sesp.

De acordo com Araújo, a medida surtiu efeito em função do momento favorável – cerca de 20 dias depois do acidente envolvendo o ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho. “Quando as pessoas olharam ao redor, perceberam que existiam várias pessoas na mesma situação. A sociedade percebeu que estava doente”, diz. “Nesse momento, parece que a sociedade pede pela imposição da ordem”, acrescenta. Um dos responsáveis pela elaboração do texto da norma, Araújo afirma que não houve qualquer invenção. “A norma apenas congregou dispositivos da legislação já existente”, diz.

Honorato observa que, de ma­­neira geral, há dois aspectos positivos primordiais na orientação da Sesp. O primeiro é a educação, lembrando aos motoristas de cumprir a legislação prevista no Código de Trânsito Brasileiro. O segundo se refere ao fato de a medida ter provocado uma correria ao Detran para a devolução da carteira, aumentando a segurança do trânsito. Apesar dos elogios, Honorato defende a mudança da penalidade: de desobediência para apropriação indébita. “A CNH não é direito subjetivo daquele que atingiu a maioridade penal, e sim uma licença outorgada pelo Poder Público àquele que assume o compromisso de obedecer às regras de trânsito”, diz.

Santos Pereira aponta que, além da resolução, é necessário haver controle rígido nas ruas. “As pessoas apostam na falta de fiscalização para continuar conduzindo. Mesmo com o recolhimento da CNH, a impunidade continuará se não existir fiscalização”, diz.




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