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Investigação nasceu no Ibama
O esquema desvendado pela Operação Salmo 96:12 começou a vir à tona em 2010. O Ibama recebeu denúncias dos próprios fiscais e do procurador da Advocacia Geral da União junto à Superintendência do órgão no estado, sobre o servidor que ocupava a função de autoridade julgadora. Segundo as informações, ele vinha cancelando autos de infração irregularmente para beneficiar madeireiros. Em outubro do mesmo ano, a Corregedoria do Ibama investigou diversos processos administrativos julgados, confirmou as ilegalidades em 26 deles, afastou o servidor da posição de autoridade julgadora e levou o caso à Polícia Federal.
"Na época, decidimos com a PF aprofundar as investigações, deixando para punir os envolvidos ao final, assim eles gerariam provas contra si mesmos. Esperamos mais de dois anos para concluir o caso, mas o resultado valeu à pena", disse o Corregedor Geral do Ibama, Marcos Guimarães.
A investigação da PF - que contou com a participação de especialistas do Ibama na análise dos dados coletados - revelou o alcance da rede para legalizar os desmatamentos. Os órgãos fundiários Incra e Interaima regularizavam a posse fraudulenta de terras cobertas por florestas, o órgão ambiental estadual fazia um licenciamento fajuto, com o qual se obtinham as autorizações de desmatamento para a retirada da madeira.
No Ibama, a quadrilha pretendia evitar a fiscalização dos desmates e das madeireiras dos beneficiados pelo esquema. "Quando os fiscais multavam ou embargavam uma destas áreas, a autoridade julgadora anulava o auto", explica o Diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Ramiro Martins-Costa, que acompanhou a operação em Roraima.