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Consumidor que fizer viagem internacional precisa analisar se o uso do cartão é válido, com o intenso aumento do IOF
Com a publicação do aumento de 2,38 para 6,38% cobrado no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para compras no exterior no uso de cartão de crédito no Diário Oficial da União na última segunda-feira, "é hora do consumidor do Brasil ficar mais atento, tomar muito cuidado", alertou Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste). De acordo com Dolci, o turista deve antes "se certificar de qual é a melhor forma que ele poderá utilizar para realizar suas compras" no exterior antes mesmo de viajar.
Dinheiro na carteira
Foi o que fez a estudante universitária Cristina Cysne, 21. Desde 10 de fevereiro, ela encontra-se em intercâmbio na cidade de La Plata, na Argentina, e, quando viajou, além de levar pesos argentinos, ela também carregou na carteira reais e dois cartões de crédito oferecidos por seu banco.
No entanto, com a taxação de R$ 8,00 por cada operação realizada com um dos cartões, Cristina já pensa em abandonar o mais dispendioso. "No começo, eu usava mais ele (o cartão) por questão de segurança, mas agora eu já estou estável, com residência e aulas definidas", contou a intercambista.
O outro crédito utilizado por ela (Visa Travel Money - VTM), é exclusivo para uso em viagens e a cobrança de cerca de US$ 0,26 por transação ainda não incomoda o orçamento.
"Mensalmente, eu ainda uso o VTM para fazer as compras de mercantil, mas, se eu quiser ainda mais economia, tenho de passar a comprar em pequenos mercadinhos, que não aceitam o cartão", analisou a estudante.
Para a coordenadora do Proteste, outra solução que pode servir como alternativa ao imposto é o cartão de crédito com opção de débito.
Desse modo, o turista brasileiro pode carregá-lo ainda no Brasil e gastá-lo no local de destino sem sofrer com a tributação do IOF à 6,38%.
"Outro meio que eu também vejo, além de comprar no cartão estritamente o necessário, é os consumidores passarem, a partir de agora, a juntar esforços e comprarem coletivamente", ressaltou Maria Inês.
Ainda com grande expectativa frente à valorização do real, as agências de viagem cearenses têm, no próximo grande feriado, a Semana Santa, uma demanda expressiva para o exterior, segundo o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem no Ceará (Abav-CE), Colombo Cialdini.
"Agora, todo êxito que o brasileiro conquista, ele é taxado sobre ele", ressaltou Cialdini, em protesto ao aumento de 4% no IOF sobre operações em cartões de crédito.
Viagens nacionais
Avaliando o cenário nacional, ele afirma que o reajuste é "extremamente abusivo" e argumenta que a inibição de compras internacionais pode vir a ocultar um interesse do governo em incentivar mais as viagens dentro do País.
"Mas tem muita gente viajando para países vizinhos no lugar de irem para destinos dentro do País ", justificou o presidente da Abav-CE dando como exemplo as idas para Argentina ou Chile, mais baratas que uma viagem para Curitiba, por exemplo. No cenário estadual, Cialdini informou que a grande demanda de turistas é para os Estados Unidos e, em segundo lugar, Argentina e Chile. Na Europa, "a entrada do pessoal é Portugal, Espanha e Itália".
ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA
REPÓRTER