Os consumidores terão em breve uma nova forma para quitar seus boletos bancários. O DDA (Débito Direto Autorizado), que vai entrar em funcionamento no país em outubro, permitirá que os clientes visualizem e paguem seus boletos sem a necessidade de uma cópia impressa.
Para os bancos, as mudanças podem representar uma relevante economia, com a diminuição de custos com impressão e envio de cobranças. Para os clientes, o novo sistema será uma alternativa às atuais formas de pagamentos.
A partir de segunda-feira, os clientes poderão procurar os bancos para se informar e se inscrever no DDA. O sistema apenas entrará em operação no dia 19 de outubro.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), cada instituição vai decidir a forma de implantar o DDA. "Cada banco definirá os canais que vai oferecer para o cliente ter acesso ao DDA, como internet, celular, caixa eletrônico", diz Walter Tadeu de Faria, assessor técnico da Febraban.
Para utilizar o novo sistema de cobrança, o cliente primeiro deve fazer o cadastramento no banco com que opera. Além disso, o responsável pela cobrança do boleto --como escolas, lojas e condomínios-- tem de se inscrever no sistema. Após essa etapa, o banco define a maneira como o cliente irá acessar seus boletos eletrônicos para quitar os débitos.
O sistema será facultativo. Ou seja, quem quiser pode continuar recebendo os boletos via correio. "É apenas mais uma alternativa para pagar os boletos. Quem preferir continua como está", afirma o assessor da Febraban.
No início de implantação do sistema, os boletos de tributos e serviços de concessionárias, como água, luz e telefone, não poderão ser acessados.
"Não podemos esquecer que muita gente que utiliza os serviços bancários não tem acesso ou não costuma operar computadores e deve optar por continuar recebendo os boletos pelo correio. De qualquer forma, é uma alternativa a mais para os clientes", diz Luis Miguel Santacreu, analista financeiro da Austin Rating.
A cada ano, os bancos processam cerca de 2 bilhões de boletos de cobrança, segundo a Febraban, que espera redução de 50% nessa cifra em três anos.
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