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Alarmada com o aumento de câncer de mama em mulheres jovens (antes dos 40 anos), a Sociedade Brasileira de Mastologia passou a recomendar aos seus médicos associados que orientem as meninas menores de 18 anos a não utilizar pílulas anticoncepcionais. Segundo o presidente da entidade, Diogénes Basségio, existem evidências que relacionam o uso prolongado do contraceptivo ao aparecimento precoce da doença, que ostenta o quinto lugar no ranking de mortalidade de pacientes em idade fértil.
"Até alguns anos atrás não víamos problemas no uso de anticoncepcional. Mas trabalhos internacionais e serviços especializados começaram a relatar evidências de que a pílula poderia potencializar o câncer de mama", afirma Basségio. "Preconizamos que as menores de 18 anos evitem usar o produto", completa. Em sua tese de doutorado, Basségio atestou que triplicaram os casos de neoplasia de mama em mulheres antes dos 40 anos. Em 2003, elas representavam 5,3% dos casos, taxa que saltou para 16,8% em 2007.
Ainda não existe nenhum estudo científico que comprove estatisticamente a relação entre o câncer e a pílula, mas cada vez mais especialistas colocam o uso do produto na lista de fatores de risco. "Em uma amostra de 84 pacientes, todas com menos de 40 anos e em tratamento para a neoplasia de mama, observamos que 16% delas começaram a tomar pílulas aos 13, 14 anos", afirma Mário Mourão Netto, responsável pelo Departamento de Mastologia do Hospital A.C. Camargo. Ele faz questão de ressaltar que a análise não tem valor de pesquisa.
Segundo Maria Del Pilar Diz, coordenadora de oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, "não há orientação específica (do instituto) com relação ao uso do anticoncepcional por parte dos médicos porque não existem dados epidemiológicos que sustentem a relação com o câncer de mama".