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Uma pesquisa inédita do Instituto Datafolha, divulgada nesta quarta-feira, 1º, apontou que 92% dos médicos que atendem por planos ou seguros de saúde no Brasil sofrem interferência das operadoras em decisões sobre pacientes. Entre outras situações, operadoras definem não pagar por procedimentos já realizados e questionam o número de exames solicitados.
O levantamento, encomendado pela Associação Paulista de Medicina (APM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), confirma a existência de uma guerra declarada entre os profissionais de saúde e as seguradoras.
Na Bahia, grupos de especialistas afirmam que essas interferências e a baixa remuneração repassada pelas empresas geraram um movimento entre os médicos para que deixem de atender por planos ou seguros.
“Defendemos que todos os médicos deixem de atender planos de saúde. Somos a única profissão em que o intermediário dita as regras do jogo”, atacou o presidente da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia, James José de Carvalho.
Em São Paulo, ginecologistas e obstetras fizeram, essa semana, um dia de paralisação contra preços pagos pelas empresas. Em Brasília, foram os pediatras que cancelaram o atendimento.
Custos - No centro da briga, estão pacientes e familiares angustiados diante da necessidade de cuidados médicos e da impossibilidade de arcar com tratamentos tão caros.
Dos R$ 1,2 mil que a funcionária pública Tânia Regina Neri recebe em média por mês como salário líquido, quase 23% é utilizado para pagamento dos planos de saúde para ela e para seu filho de quatro anos. A família é associada ao Planserv.
Do que sobra, ela ainda precisa desembolsar mensalmente R$ 220 para tratamentos necessários ao desenvolvimento de seu filho, portador da Síndrome de Down, e que foram negados pela seguradora. “Tive que tirar minha outra filha do plano para que pudesse colocá-lo em um plano melhor e ainda assim preciso pagar a terapia ocupacional e a fonoterapia por fora”, contou Tânia.