Inmetro debate segurança de produtos 2/9/2013
Evento na Confederação Nacional do Comércio vai apresentar práticas de regulamentação e vigilância adotadas nos EUA, na Europa e no Brasil
RIO — De hoje até sexta-feira, o Inmetro promove um workshop sobre a segurança de produtos de consumo, na Confederação Nacional do Comércio, no Centro do Rio. O evento é destinado a profissionais do instituto e da Receita Federal.
O professor Josep Tous, da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, na Espanha, apresentará as práticas de regulamentação e vigilância de mercado dos Estados Unidos, da Europa e do Brasil. Segundo ele, o Inmetro já tem prestígio internacional na área de segurança de produtos de consumo e a intenção é trazer experiências do exterior para ampliar a atuação do instituto.
“Para isso, mostraremos dois modelos. O primeiro, adotado há 40 anos nos EUA, e o europeu, que tem duas décadas. A ideia é dar subsídios para o Brasil e apresentar seus maiores desafios para que não sejam cometidos aqui os mesmos erros que foram cometidos nesses países, e que se desenvolva um sistema mais eficiente, que se encaixe no perfil do país”, informou Tous, que atua no Sistema de Alertas Rápidos para Produtos Não-Alimentícios (Rapex), da União Europeia.
Vigilância globalizada
Segundo Paulo Coscarelli, da diretoria de Avaliação da Conformidade, e um dos responsáveis pela iniciativa no Brasil, considera que este é o momento ideal para aprimorar a atuação na segurança de produtos de consumo:
“Diante de um cenário de economia globalizada, o tema ganhou relevância na comunidade internacional e tornou-se um dos principais focos de atuação de regulamentadores e autoridades de vigilância de mercado”, ressaltou.
A adoção no Brasil de práticas de consumo seguro, pode servir de exemplo para o ingresso de outros países do Mercosul, na avaliação do professor Josep Tous:
“O Brasil tem toda a estrutura para implementar as práticas de consumo seguro, como o sistema de alerta rápido de produtos perigosos. É preciso, porém, que cada ator faça a sua parte. Em dois a cinco anos, será possível notar uma significativa mudança no registros de acidentes no país, por exemplo, boa parte deles com base nos registros em hospitais. Podemos evitar cerca de 80% dos acidentes de consumo”, concluiu.
Fonte: O Globo - Online