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Ecossistemas marinhos em todo o mundo estão correndo o risco de sofrer uma grande deterioração nas próximas décadas, pois os oceanos enfrentam crescentes ameaças da poluição, pesca predatória e mudanças climáticas, mostrou nesta terça-feira (19) um relatório da ONU.
O relatório do Programa Ambiental da ONU, feito com base em estudos de 18 regiões, previu que a fertilidade nos oceanos vai cair em quase todas as regiões do planeta até 2050 e a indústria da pesca será dominada por espécies menores, localizadas mais na base da cadeia alimentar.
O relatório foi divulgado enquanto enviados de quase 200 países se reúnem para um encontro da ONU em Nagoya, no Japão, com o objetivo de proteger e restaurar ecossistemas como florestas, recifes de coral e oceanos, que sustentam pessoas e economias.
As temperaturas da superfície dos oceanos podem subir até 2100 se não forem tomadas providências para diminuir os impactos das mudanças climáticas, afetando recifes de coral e outros organismos marinhos, informou o relatório.
Outra ameaça é o contínuo aumento de níveis de nitrogênio, que pode causar elevação na quantidade de algas e levar ao envenenamento de peixes e outros animais marinhos.
“Serviços multimilionários, inclusive a indústria da pesca, o controle climático e os que sustentam indústrias como o turismo estão sob risco se os impactos ao ambiente marinho continuarem incontrolados e sem diminuição”, afirmou Achim Steiner, chefe do Programa Ambiental da ONU, em comunicado.
“Esse relatório global, baseado em 18 relatórios regionais, ressalta que as ambições e ações precisam, neste momento, igualar a escala e a urgência do desafio.”
Relatórios regionais esboçaram medidas que podem ser adotadas por políticos, com o estudo do Pacífico-Noroeste, que cobre China, Japão, Coreia do Sul e Rússia, pedindo maior controle da água de lastro dos navios e da quantidade de peixes.
A água de lastro dos navios pode ser prejudicial aos oceanos por transportar espécies marinhas invasivas para outras regiões, podendo causar um aumento na extinção da vida marinha nativa, informou o relatório global. (Fonte: G1)