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Sete em cada dez lares de Santa Catarina possuem ou moto ou automóvel, informa Ipea
Uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do ano passado, divulgada nesta terça-feira (14), mostra que o número de domicílios brasileiros com, ao menos, um carro ou uma moto na garagem subiu de 45,2% em 2008 para 47% em 2009.
Essa ampliação do número de veículos nas ruas foi impulsionada pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que começou em dezembro de 2008 para estimular o consumo de automóveis depois da crise financeira mundial. O benefício, que vigorou até março deste ano, ajudou o setor a bater recorde de vendas em 2009, com 3,14 milhões de unidades comercializadas.
Por outro lado, 53% das casas brasileiras não têm nem carro nem moto, ou seja, essa população depende dos sistemas de transporte público para se deslocar. A tendência de aumento das vendas de veículos já é uma preocupação, segundo o Ipea.
- Se o uso do transporte individual já é alto, gerando fortes problemas de mobilidade nos grandes centros urbanos, a situação pode piorar bastante, pois a posse de veículos privados ainda tende a crescer muito na faixa da população que ainda não dispõe deles.
Sete em cada dez moradias de Santa Catarina possuem ao menos um veículo, de acordo com o levantamento do Ipea. O Paraná aparece na segunda posição, com 61,5% das casas com carro ou moto. No terceiro lugar aparece o Distrito Federal, com 59,7%, seguido de perto por São Paulo, com 59,1%.
Domínio das quatro rodas
O automóvel ainda é o principal veículo da sociedade brasileira: o veículo está presente em 38% dos lares, sendo que, nas cidades, a quantidade de carros é quase o dobro do número encontrado no campo.
A motocicleta está presente em 15% dos lares brasileiros. Esse número, segundo o Ipea, “tende a crescer rapidamente devido ao aumento das vendas, principalmente para a população mais pobre, em razão do preço acessível das motocicletas de baixa cilindrada”.
Ao contrário do automóvel, as motocicletas são maioria no campo, “o que indica uma praticidade grande desses veículos nas atividades e deslocamentos rotineiros”, segundo o Ipea.
Posse de veículos por faixa de renda
Entre as famílias cujos membros têm renda individual de até R$ 127,50 (um quarto do salário mínimo), considerada a faixa de pobreza extrema, 17,7% - ou 774 mil famílias - possuem carro ou moto, de acordo com o Ipea.
Nessa faixa de renda, pode se verificar que “há maior ocorrência de posse de motocicleta do que de automóvel por questões de preço”, diz o relatório.
- A tendência é de que nas faixas mais baixas de renda ocorram as maiores taxas de crescimento da posse de veículos privados, em função das demandas historicamente reprimidas, das políticas de aumento de renda da população mais pobre e da ampliação do crédito para essas famílias.
Já entre as famílias cujos membros ganham mais de cinco salários mínimos (R$ 2.550), 87% possuem um veículo – carro ou moto - em casa.