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POR TAMARA MENEZES, RIO DE JANEIRO
Redução de meio ponto na Taxa Selic deixa caderneta mais competitiva, além de baixar custo de financiamentos
Rio - No rastro da queda de meio ponto da taxa básica de juros (Selic), para 8,75% ao ano, bancos divulgaram que vão cobrar menos em linhas de crédito nos próximos dias. O consumidor também será beneficiado com melhores condições nas compras a prazo. A nova queda da Selic deixa a poupança ainda mais competitiva em relação aos fundos de renda fixa e, principalmente, DI.
Nas contas do administrador de investimentos Fábio Colombo, para igualar o rendimento da poupança, um fundo DI deve cobrar taxa de administração máxima de 1% ao ano, considerando alíquota de Imposto de Renda de 22,5% (adotada para investimentos de até seis meses).
Comprar no crediário, financiar o carro e pegar empréstimo vai ficar um pouco mais barato. A diferença é pequena no mês, mas, no fim das contas, faz efeito. Miguel de Oliveira, presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), considerou conservador o corte do Comitê de Política Monetária (Copom). Ele lembrou que a inflação deixou de ameaçar, já que os preços no atacado, assim como o dólar, estão em queda — o que deve influenciar os preços no varejo. Oliveira acredita que a maior preocupação do governo deva ser a relação entre a rentabilidade da poupança e dos fundos. “O governo não quer uma migração e deve criar medidas para evitar isso”.
Para Francisco Pessoa, da LCA, o impacto no crédito é pequeno devido ao alto spread (diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o que cobra nos empréstimos). Vale lembrar que a redução não conta para quem financiou a juros prefixados. Apesar de a redução acumulada da Selic desde janeiro chegar a 5 pontos, há queixas no setor produtivo e de sindicalistas, que defendem juros mais baixos para estimular investimentos e empregos.
Crédito maior e efeito no emprego
Para analistas, esse pode ser o último corte antes de um período de cautela. “O Copom equilibra a expectativa de inflação com o desenvolvimento econômico, para evitar recessão”, explica Francisco Pessoa, economista da LCA Consultoria. Como o comitê vem reduzindo a taxa desde o início do ano, ele acredita que o BC vá observar o comportamento do mercado nos próximos meses.
Pessoa aponta que o reflexo será indireto: “O corte vai repercutir no prolongamento dos prazos de pagamento e no emprego porque cria um ambiente estável”. Para o professor de Finanças do IBMEC Nelson de Sousa, o impacto vai demorar a aparecer. Já entidades do setor produtivo, como a Firjan (Federação das Indústrias do Rio), reclamam que o benefício só será percebido com a redução do spread. O presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, comemorou a redução da Taxa Selic, mas voltou a pedir um alívio na carga tributária.
TOME NOTA
BRADESCO
Reduziu as taxas de juros que incidem sobre o cheque especial (máxima caiu a 8,24%), crédito pessoal (a 5,64%), capital de giro e outras linhas. Válidas a partir da próxima segunda-feira.
HSBC
Começa a valer hoje a redução que chegou ao cheque especial (taxa máxima caiu para 9,26%), crédito pessoal (para 7,33%) e linhas de crédito para empresas.
BANCO DO BRASIL
A partir de amanhã, valem novas taxas para cheque especial (a máxima foi a 7,65%), crédito pessoal (5,25%), cartão de crédito, capital de giro e outras.
SANTANDER/REAL
Reduzirá juros no cheque especial (para 9,38%), cartão de crédito internacional (12,46%) e cobrança sobre o parcelamento da fatura a partir de segunda-feira.
ITAÚ/UNIBANCO
A partir do dia 28, terá corte de 0,4 ponto percentual nas taxas do cheque especial e do crédito pessoal.