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Pesquisa inédita mostra como sofrem os passageiros de avião

Fonte: Bom Dia Brasil 15/7/2009

Texto enviado ao JurisWay em 18/09/2009.

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A Anac pesou e mediu mais de cinco mil pessoas em 20 aeroportos. Concluiu que os assentos são próximos demais uns dos outros.
 
Antes mesmo de embarcar, os passageiros já reclamavam do desconforto que iriam enfrentar nos assentos do avião.

“Não tem espaço para o braço. Você fica ali encostado, brigando com o que está do lado, porque é um espaço só para os dois”, diz o analista de negócios Maurício Silva.

“Não tem espaço para se mover. Se os três bancos estiverem ocupados, você vai espremido, todo mundo tem que comer espremido. É um negócio muito ridículo”, reclama o administrador Rômulo Veras.

Por causa das queixas dos passageiros, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fez um estudo sobre o espaço interno dos aviões. Entrevistou 5.305 homens, nos 20 principais aeroportos do Brasil e mediu os assentos das aeronaves.

Segundo a pesquisa, a distância entre as poltronas, de, no mínimo, 73,6 centímetros, atende à maioria dos passageiros. Isso porque 92% das pessoas ouvidas possuem menos de 65 centímetros de comprimento entre a região glútea e o joelho.

Já a distância lateral entre as cadeiras não é suficiente. De acordo com o estudo, a largura média do assento é de 45 centímetros, enquanto que 70% dos passageiros pesquisados têm mais de 45 centímetros de largura entre os ombros. Por isso, é quase impossível dois homens sentarem lado a lado sem que pelo menos um deles fique mal acomodado.

Ainda segundo o estudo da Anac, o desconforto também está associado ao tempo de permanência e ao peso dos passageiros. Entre os pesquisados, 73% estão com alguns quilos a mais. Para ver de perto toda essa situação, a equipe do Bom Dia embarcou em um voo para o Rio de Janeiro.

Com uma microcâmera escondida gravamos imagens da sala de embarque até à acomodação dentro do avião. Para que uma passageira ocupe o assento, é preciso que o outro se levante. Antes de o voo ser iniciado, com a câmera do celular filmo este casal, que está separado por uma poltrona. O homem conta que ele e a mulher sempre compram passagens para as duas extremidades da fileira, uma forma de se sentirem menos incomodados.

Outro passageiro diz que o pouco espaço incomoda até depois do desembarque: “Depois de um voo como esse, eu fico cansado, mais cansado. Vai trabalhar e volta mais cansado ainda”.

Um homem de 1,66 metro de altura consegue abaixar a mesa usada para refeições. Dá para ver que ela limita ainda mais os movimentos. As pernas quase tocam o assento da frente.

“Após uma viagem, talvez seja até sintomático, as pessoas imediatamente já se levantam para se esticar um pouco, porque de fato é desconfortável”, afirma o administrador de empresa José Antônio Dias de Oliveira.

Na volta para São Paulo, o voo está um pouco mais cheio. Mais uma vez, os ocupantes tentam dividir o espaço entre as três poltronas democraticamente.

O superintendente de segurança operacional da Anac, Carlos Eduardo Pelegrino, explica que não existe uma regulamentação sobre a largura ou a altura dos assentos. As companhias, não só as brasileiras, como as internacionais, são livres para configurar o tamanho das poltronas. Com base na pesquisa, a agência pretende criar um selo que vai diferenciar as empresas que oferecerem assentos mais amplos.

“Um selo dimensional, para avisar o passageiro que produto ele está comprando na hora que ele vai em uma empresa aérea. Ele está em pesquisa. Nós estamos buscando como é que vai ser, mas, basicamente, é para entender que dentro de uma aeronave há distâncias maiores ou menores dos assentos e como vai ser feita essa oferta pela empresa aérea”, diz Carlos Eduardo Pelegrino.

A Anac disse que planeja algumas ações para diminuir o desconforto durante as viagens. Uma delas seria avisar aos passageiros de voos com mais de quatro horas sobre a necessidade de exercícios e propor que as companhias aéreas façam esses exercícios com os clientes durante os voos.





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