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A área invadida por madeireiros integra a fazenda Ouro Verde e estava no período de recuperação da floresta e da sua capacidade produtiva, após ter sido explorada por um plano de manejo sustentável no início dos anos 90. “A mata deveria se regenerar por mais dez anos, pelo menos, até completar os 30 anos exigidos pela legislação ambiental, antes de ser alvo de uma nova extração”, explica o chefe da Gerência Executiva do Ibama em Sinop, Evandro Selva, que participou da fiscalização, que faz parte da operação Verdes Veredas.
Para retirar as árvores de maior valor econômico – como itaúba, cedro, angelim e peroba –, os invasores reativaram antigos ramais do manejo sustentável, abriram clareiras e danificaram grandes áreas da floresta. Segundo investigações do Ibama, as serrarias de União do Sul e de Cláudia, município vizinho, incentivam as invasões na Ouro Verde, entre outras fazendas na região, para ter acesso à madeira nobre a baixo custo.
“Apesar das bandeiras da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) vistas em algumas invasões, temos informações que a imagem da entidade estaria sendo usada indevidamente”, diz Selva, destacando que o maquinário apreendido está sempre ligado a madeireiros, que financiam e recepcionam o produto florestal explorado ilegalmente.
Evandro Selva informou que para cessar a destruição da floresta, o Ibama vai pedir à Promotoria Pública do Mato Grosso o sequestro das áreas da fazenda OuroVerde e também da São Francisco – propriedade vizinha, com 1,5 mil hectares de mata amazônica, também alvo de invasões e exploração ilegal de madeira.
Há seis anos, o instituto vem interrompendo os danos ambientais nestas propriedades (mais de 15 tratores já foram apreendidos nas áreas). Elas são ocupadas por um mesmo produtor rural, que mantém as florestas para a exploração sustentável de madeira por meio de planos de manejo. A posse da terra, porém, é questionada pelos invasores.
“Queremos impedir que essa disputa comprometa a existência de mais de três mil hectares de florestas primárias de grande valor ambiental. Com as fazendas sequestradas, ninguém mais poderá reivindicar a posse até a decisão final do processo de reintegração em andamento na Justiça”, explica Selva.