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Fernanda de Moraes Bonadia
Segundo o presidente do Banco Central, o rendimento de aplicações financeiras está em ritmo de elevação no Brasil
Brasília Acenando com a adoção de novas medidas de restrição ao crédito, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, mandou ontem um recado aos consumidores: posterguem seus gastos e aproveitem a alta de juros para poupar. A sugestão veio um dia depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou empresários a colaborar para que a inflação retorne a 4,5% ao ano. Já preparando o terreno para a chance de o IPCA estourar em breve o teto da meta (6,5%) no acumulado em 12 meses, Tombini destacou que o objetivo definido para o BC é cumprido no ano-calendário, ou seja, de janeiro a dezembro.
"Se quiser adiar o consumo, moderar o consumo presente para consumir mais à frente, este é o momento de fazê-lo, pois o rendimento das aplicações financeiras está em elevação, em função da política monetária", disse Tombini, que participou de audiência pública de várias comissões do Congresso Nacional. "Também é um aspecto importante não só olhar o sistema financeiro apenas pelo lado do crédito, mas também como oportunidade de investimento financeiro, em particular em um momento em que a remuneração dos investimentos se eleva", acrescentou o presidente do BC, destacando que o processo crescente de bancarização dos brasileiros aumenta a eficácia da política monetária.
Ao sugerir o aumento na poupança dos brasileiros, Tombini tenta estimular um dos mecanismos importantes de impacto da política monetária sobre a atividade econômica e a inflação.
Enxugando o crédito
Além desse efeito de substituição de consumo por poupança, a teoria econômica define que a alta de juros também afeta a economia pelos canais do crédito (já que os financiamentos ficam mais caros) e das expectativas do setor privado (que vê o BC atuando e, com isso, fica menos disposto a fazer remarcações incompatíveis com meta).
Tombini reafirmou o discurso da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre papel prioritário da taxa Selic no esforço de combate à inflação. "Nunca abdicamos da Selic." Mas ele também destacou a importância das chamadas medidas macroprudenciais (normativos que levam a uma maior restrição de crédito bancário) nesse trabalho. E indicou que novas ações, como as que vêm desde dezembro, podem ser adotadas.
Medidas já causam efeito
"Não abandonamos as medidas macroprudenciais doravante. Vamos usar as medidas macroprudenciais, que também têm efeito no mercado de crédito, que é parte relevante da economia", disse. Ele afirmou que as medidas adotadas já começaram a fazer efeito e declarou acreditar que o crédito crescerá este ano dentro do nível considerado adequado pelo BC (entre 10% e 15%, abaixo dos 20% dos últimos 12 meses). "Há um esforço articulado em várias frentes no combate à inflação", disse. Segundo ele, desde o fim de março, o BC já sinalizava a ideia de um ciclo de aperto monetário mais longo, com ritmo menor de alta dos juros.
MANTEGA GARANTE
Combate ao câmbio valorizado continua
Moeda estadunidense foi negociada ontem a R$ 1,62, anotando forte valorização e o maior patamar deste ano
Brasília O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou ontem que o governo federal continuará a adotar medidas para combater a valorização excessiva do real ante a moeda americana. O dólar comercial estava sendo negociado na manhã de ontem por R$ 1,622, em uma forte alta de 1,05%.
"O governo vai continuar tomando medidas para o câmbio, de modo que nós vamos impedir a valorização e estamos conseguindo. Se você ver hoje, o cambio está a R$ 1,62 e fluxo de entrada diminuiu muito, a partir das últimas medidas. Portanto estamos sendo bem sucedidos", declarou o ministro.
Desde o início do ano, o governo vem tomando medidas para conter a queda do dólar, como a cobrança de 6% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de empréstimos feitos por bancos e empresas no exterior com prazo máximo de até dois anos.
De acordo com Guido Mantega, o que já foi feito tem surtido efeito, no entanto outros fatores também contribuíram para a alta do dólar.
"É claro que não é só isso que explica o movimento de câmbio, também tem os movimentos internacionais, a queda dos preços de commodities. Mas nós continuaremos persistindo de modo a impedir excesso de entrada de capitais e a valorização do real", afirmou.
NA ALEMANHA
Dilma reitera resistência ao avanço inflacionário
Brasília Durante assinatura de termos de cooperação com o presidente da Alemanha, Christian Wulff , que se encontra em visita oficial ao Brasil, a presidente Dilma Rousseff prometeu resistir ao avanço da inflação. "Ressaltei ao presidente Wulff que nós estamos numa fase especial no Brasil. O Brasil cresce, se desenvolve e inclui dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras, mas temos também o compromisso com o resistir à pressões inflacionárias, tanto às que vêm de fora como às do nosso próprio país", afirmou.
Alfinetada
Dilma aproveitou a ocasião para alfinetar a política econômica dos Estados Unidos.
"Percebemos que países desenvolvidos, mas com crescimento fraco, têm adotado políticas monetárias extremamente expansionistas, com evidentes efeitos negativos sobre a inflação mundial".
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