JurisWay - Sistema Educacional Online
 
 
Cursos
Certificados
Concursos
OAB
ENEM
Vídeos
Modelos
Perguntas
Notícias
Fale Conosco
 
Email
Senha
powered by
Google  
 
 Defesa do Consumidor
 

Indústria propõe reciclagem total de vidros no Brasil

Fonte: Folha Online - Folha de S. Paulo 2/5/2011

Texto enviado ao JurisWay em 04/05/2011.

indique está página a um amigo Indique aos amigos


 

 


 Indústria de vidro negocia um acordo que poderá fazer do Brasil uma potência verde, capaz de reciclar de 95% a 100% das embalagens de vidro consumidas no país, acima das médias europeia e americana, de 62% e 28%.

Hoje, o país recicla 47% dessas embalagens, segundo a Abividro (Associação Brasileira da Indústria do Vidro).

Quinto maior mercado consumidor na próxima década, o Brasil tem história e know-how na reciclagem.

Só em catadores, são entre 800 mil e 1 milhão de profissionais, além de uma indústria ainda informal com 40 mil coletoras organizadas de sucata e 700 cooperativas.

  Eduardo Knapp/Folhapress  
Vidros reciclados que serão moídos para serem misturados a outros componentes, e tornar a ser vidro novamente
Vidros reciclados que serão moídos para serem misturados a outros componentes, e tornar a ser vidro

Para viabilizar essa ambição, indústrias como a Veral- lia, do grupo francês Saint Gobain, se propõem a comprar todo o caco brasileiro.

"Temos como reciclar todo o vidro brasileiro. O Brasil é um dos países de maior potencial no vidro "verde", que é o futuro das embalagens", diz Jérôme Fessard, presidente mundial da Verallia.

As duas exigências são que o caco tenha volume suficiente para operacionalizar o processo e que o preço desse dejeto seja o mesmo do que pagariam pela matéria-prima virgem; do contrário, teriam de repassar os custos.

Segundo Lucien Belmonte, superintendente da Abividro, o setor foi o primeiro a apresentar um projeto ao governo após a sanção do marco regulatório dos resíduos sólidos, no final de 2010.

No Brasil, as metas são ambiciosas: extinguir os lixões, universalizar a coleta seletiva até 2015 (só 443 de 5.560 cidades têm coleta seletiva) e reciclar 40% do lixo seco até 2031 (hoje, menos de 15% são reciclados).

RESISTÊNCIAS

O problema é fazer o custo da reciclagem caber nesse orçamento sem que ninguém tenha de absorver aumento de preço. Todos os 31 países que prosperaram na reciclagem tiveram custos maiores.

A maior resistência é das envasadoras. Empresas como Nestlé, Unilever, P&G, Coca-Cola e AmBev resistem em pagar suas partes, como fazem nos EUA e na Europa.

Para "reciclar" uma tonelada de caco, a indústria paga hoje R$ 260 --R$ 120 aos catadores, R$ 40 aos beneficiadores (limpeza), R$ 80 ao frete (depende do local), R$ 10 vão para campanhas de educação e R$ 10 para custos administrativos dos gestores dessa logística.

Se processar matéria-prima virgem, o custo fica em R$ 220 (Ç100). É esse o valor que a indústria se dispõe a pagar. Na Europa, o caco sai entre Ç60 e Ç70 a tonelada.

Para fechar a conta, a proposta é que os R$ 40 restantes fiquem para os envasadores e para o governo, sob forma de incentivo fiscal.

"Esse modelo não é só para o vidro; vale para todas as embalagens. O trabalho dos catadores é o mesmo", disse André Vilhena, diretor do Cempre (Compromisso Empresarial com a Reciclagem).



Importante:
1 - Todos os artigos podem ser citados na íntegra ou parcialmente, desde que seja citada a fonte, no caso o site www.jurisway.org.br.

indique está página a um amigo Indique aos amigos

 
Copyright (c) 2006-2025. JurisWay - Todos os direitos reservados