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O preço da cesta básica subiu em junho, em Curitiba. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Paraná (Dieese/PR), houve um aumento médio de 1,04% nos produtos, se comparado com o mês anterior.
Agora, para comprar todos os itens da cesta básica, o curitibano precisa desembolsar R$ 213,52; R$ 2,19 a mais que maio. Dentre os alimentos avaliados, tomate e leite foram, de novo, os vilões do orçamento familiar: os aumentos foram de 14,14% e 12,40%, respectivamente.
No acumulado do ano, porém, os preços ainda registram deflação, com queda de -6,92%. Nos últimos doze meses a queda é de -6,18%. Para o economista do Dieese/PR, Cid Cordeiro, a grande da variação do tomate e do leite aconteceu pela união de vários fenômenos, tanto sazonais quanto de demanda.
“O quilo do tomate aumentou por conta da geada ocorrida no mês passado. O leite também sofreu grande variação pela época do ano, já que em junho verificamos maior procura e menor produção”, compara.
Quanto aos valores do leite, o analista acrescenta a qualidade do pasto e ainda a predisposição de bacias leiteiras em outros países como fatores que interferiram no preço dos laticínios e seus derivados.
Ao contrário do ocorrido em maio, a batata foi o produto que registrou a menor variação, registrando deflação sobre o mês anterior de -5,31%. Outros produtos que também registraram percentuais negativos nos preços e que são fundamentais na cesta básica foram o arroz (-4,60) e o feijão (-3,68%).
Outra análise feita pelo Dieese, desta vez com alimentos não prescritos na cesta básica, registrou que, nos seis primeiros meses do ano, o feijão preto foi o alimento com maior variação de preço, registrando queda de -45,31%; em segundo lugar está o mamão (-13,99) e a carne de porco (-13,92).
“O pico do preço do feijão foi em janeiro, quando o quilo do produto custava R$ 4,96. Em junho, o preço passou para R$ 2,62”, compara o economista. Já a cenoura foi o produto com maior variação nos últimos seis meses: 72,33%, seguido da batata-inglesa (63,16%) e do repolho (49,28%).
Capitais
Das 17 capitais analisadas pelo Dieese, o aumento do preço da cesta básica também foi registrado em outras 11. Aumentos superiores a 1% ocorreram em outras quatro capitais, sendo que o maior avanço, de 4,47% foi registrado em Aracaju.
Em Fortaleza, o preço da porção mínima essencial do cidadão foi reajustado em 1,8%, seguida por Florianópolis, com alta de 1,53%. Os demais aumentos oscilaram em níveis inferiores a 1%, sendo que em São Paulo houve um aumento de 0,33%.
Em cinco capitais houve reduções, sendo que em Brasília a queda foi de -2,28%; em João Pessoa, de -0,90%; em Recife, de -0,45%; no Rio de Janeiro, de -0,37%, e em Natal, de -0,12%.
Com base no preço médio da cesta básica nacional em junho, o Dieese afirma que o salário mínimo ideal no mês passado seria de R$ 2.046,99. Este valor é 4,4 vezes o salário mínimo vigente, de R$ 465, e um pouco superior ao piso ideal de maio, que era de R$ 2.045,06. Na comparação com junho do ano passado, quando o mínimo ideal estimado era de R$ 2.072,70, o valor do mês passado é menor.
Os cálculos feitos pelos técnicos do Dieese para o salário mínimo com base no preço médio da cesta básica de produtos leva em conta a determinação constitucional que estabelece que o piso salarial pago no País deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família (casal mais dois filho) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Ainda de acordo com o Dieese, na média das 17 capitais pesquisadas em junho,o trabalhador que ganha o salário mínimo teve de trabalhar 98 horas e 58 minutos, quase igual à jornada exigida em maio, que era de 98 horas e 35 minutos.