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NATÁLIA PAIVA
colaboração para a Folha de S.Paulo
A disseminação do uso de celulares clandestinos com sinal analógico demonstra a demanda pela TV móvel, mas, ao mesmo tempo, aponta a falta de diálogo comercial entre operadoras e radiodifusores, que ainda não pensaram um modelo de negócios para a TV digital no celular no país, afirma Ricardo Tavares, da GSM (associação de 750 operadoras móveis).
O primeiro desafio para fazer decolar a TV digital no celular, diz Tavares, é mexer na base dos terminais -mas os aparelhos com sinal digital são caros (entre R$ 900 e R$ 1.500).
"O que vai permitir uma expansão desse sinal seriam acordos atraentes entre radiodifusores e empresas de telefone celular. É preciso mudar a base de terminais instalados, mas isso leva tempo e só é feito se a operadora tiver vantagem comercial. Não estão claramente definidas quais vão ser as vantagens das operadoras", diz.
Gerente de produto da Divisão de Telecom da Samsung, André Varga diz que há "conversas" entre os atores para estabelecer um modelo -mas nada além disso. "Quem dá velocidade a esse avanço é a emissora." Ele estima que, com a tendência de queda de preço, o celular com sinal digital chegue a custar R$ 500 até o fim de 2010.
Varga diz que o fato de o brasileiro não ter de pagar para receber o sinal no celular -de forma semelhante ao que ocorre no Japão ou na Coreia- "trabalha a favor dessa expansão". Na Europa e nos EUA, por exemplo, o usuário tem de comprar vídeo ou assinar pacote com acesso aos canais (como se fosse TV a cabo).
"A TV sobrevive de anúncios. E o celular permite oportunidades de negócio. Na Coreia, quando a TV digital entrou no celular, você ganhou um "prime time" [horário nobre] maior, pois as pessoas continuavam vendo TV ao sair de casa."
A Rede Globo está desenvolvendo um tipo de conteúdo jornalístico exclusivo para o celular, no qual "o telespectador terá acesso a sua programação favorita customizada". Mas o modelo de oferta e distribuição "ainda está sendo estudado".