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 Defesa do Consumidor
 

Brasileiro prefere prestação a desconto

Fonte: Jornal da Tarde 1/7/2009

Texto enviado ao JurisWay em 16/09/2009.

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Marcos Burghi

 

Abatimento de até 15% na compra de eletroeletrônicos não motiva comprador a abrir mão do parcelamento 

Na hora de comprar eletroeletrônicos, a maioria dos brasileiros gosta mesmo é de pagar a prazo, ainda que possa bancar o preço à vista com algum desconto. Os dados são da GfK, quarta maior empresa de pesquisa de mercado no mundo. De acordo com o levantamento, que ouviu mil pessoas em 12 capitais ou áreas metropolitanas, 59% dos entrevistados declararam comprar de forma parcelada, enquanto 41% disseram que optam pelo desembolso à vista.

Na avaliação de Antonio Carlos Perrela, diretor de Atendimento de Novos Negócios da GfK, as pessoas preferem o prazo maior em detrimento do desconto para planejar as compras.

A pesquisa também apontou que quanto maior a idade do entrevistado maior sua disposição de adquirir produtos a prazo (veja quadro). “Os mais velhos, principalmente os aposentados, têm mais condições de planejar suas finanças porque contam com uma renda fixa”, acredita.

Para o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Terapia Financeira, a opção pelo pagamento parcelado guarda mais relação com o que ele chama de “zona de conforto”.

“As pessoas gastam um dinheiro que não têm, se endividam, apenas para satisfazer um desejo”, afirma. Na opinião de Domingos, o melhor seria os consumidores se informarem sobre o preço à vista e tentar pechinchar para liquidar a conta de uma única vez. Ele afirma que grande parte dos consumidores faz compras a prazo, mas como não planeja o orçamento não prevê as todas as despesas e têm dificuldades para pagá-las. “Isso pode levar ao endividamento excessivo e à inadimplência, com a restrição ao crédito”, diz.

Domingos chama a atenção ainda para o fato de que as dívidas a prazo sem controle ficam comprometidas à primeira despesa de emergência. “É preciso prever um possível desemprego e gastos com saúde”, ressalta.

Cláudio Felizoni, coordenador do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-Fia), afirma que o consumidor brasileiro é mais sensível a prazos que a valores. “A maioria prefere uma prestação que caiba no bolso, sem se importar se vai pagar a mais por isso”, observa.

Negociação

A possibilidade de pechincha mencionada por Domingos foi constatada pela reportagem do Jornal da Tarde em visita a lojas de cinco grandes redes de varejo. Na conversa com os vendedores, foi possível obter descontos entre 5% e 15% sobre o preço à vista em quatro empresas: Fast Shop, Lojas Americanas, Magazine Luiza e Ponto Frio.

A única rede que não ofereceu desconto foi a Casas Bahia. Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou.

Eugênio Foganholo, consultor da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, afirma que o setor é refratário a descontos, uma vez que depende em grande parte de suas receitas financeiras, obtidas com juros e outras taxas relacionadas a financiamentos. Mesmo assim, diz ele, sempre há a possibilidade de algum abatimento, por menor que seja, em negociações com o vendedor e até com o gerente. “Como regra, os melhores descontos são concedidos apenas no momento em que o comprador se mostra irredutível e a venda pode ser perdida”, avalia.





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