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Luciele Velluto
Apesar da redução dos juros do financiamento imobiliário pelos bancos, modalidade continua atraindo interessados: no primeiro trimestre, foram vendidas 47,4 mil cotas . Diferença cai, mas opção ainda é mais barata que o crédito
O consórcio de imóveis bateu o recorde de clientes em março deste ano, chegando a uma carteira de contratos vigentes de 518 mil pessoas. O crescimento é de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
No terceiro mês deste ano foram comercializadas 22.320 novas cotas, somando 47,4 mil no trimestre, 3,2% a mais do que no primeiro trimestre de 2008.
Com a queda dos juros do crédito habitacional anunciada recentemente pelos bancos, a vantagem do consórcio sobre o financiamento para a compra da casa própria está diminuindo. “A diferença vem caindo. Porém, em termos monetários o consórcio ainda é mais barato do que os financiamentos”, afirma Miguel de Oliveira, economista da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Segundo o economista, a diferença entre o financiamento pela Caixa Econômica Federal, por exemplo, e a compra pelo consórcio é de apenas R$ 3.559,85 para um crédito de R$ 100 mil, com prazo de 120 meses para pagar.
Outra grande vantagem que o consórcio possuía sobre o financiamento habitacional era a possibilidade de cobrir 100% do valor do imóvel. Já no crédito, até bem pouco tempo atrás, só era possível financiar, no máximo, 80% do valor do bem. “Hoje já é possível financiar o valor total do imóvel”, explica Oliveira.
O presidente regional da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Luiz Fernando Savian, explica que as duas modalidades não são concorrentes diretas.
“O consórcio é para o consumidor que se planeja, funciona como um investimento. Já o financiamento é para quem quer sair de um aluguel, por exemplo”, diz.
O professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA) Ricardo Humberto Rocha, também destaca as diferenças entre as duas opções para a compra de um imóvel. “O consórcio é um produto que estimula a poupança, mas cobra taxa de administração. É mais para quem tem dificuldade de poupar. Mas para quem tem urgência, o financiamento seria o mais apropriado, pois, na outra modalidade, há a possibilidade de demorar para sair a carta de crédito no sorteio”, comenta.
Crise e divulgação
O crescimento das vendas de cotas de consórcio em março é resultado direto de uma campanha realizada pela Abac para divulgar a modalidade. O setor também saiu ganhando com a crise econômica internacional.
“Desde setembro estamos registrando um crescimento nas vendas, pois a limitação de crédito para outras modalidades fez com que muitos consumidores nos procurassem”, conta Savian. De acordo com ele, no geral, a expectativa para este ano é de crescimento de até 8% da carteira de consorciados.
FINANCIAMENTO
Taxa de 8,20% ao ano + TR
PELO SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO SAC
1ª PRESTAÇÃO: R$ 1.517,51
ÚLTIMA PRESTAÇÃO: R$ 952,29
TOTAL PAGO: R$ 151.018,61
SE FOR PELO SISTEMA TABELA PRICE SERIAM
120 parcelas iguais de R$ 1.282,72
TOTAL DE: R$ 153.926,40
CONSÓRCIO
Taxa de Administração de 17%
DILUÍDA PELO PERÍODO
+ Fundo de Reserva de 3,0%
+ Variação do INCC
de 4,50% ao ano
1ª PRESTAÇÃO: R$ 1.000,00
ÚLTIMA PRESTAÇÃO: R$ 1.486,10
TOTAL DE: R$ 147.458,76
O QUE ESCOLHER
O consórcio ainda é mais vantajoso financeiramente. Contudo, o consumidor paga para depois receber a carta de crédito e poder fazer a compra. Ou espera ser sorteado durante o pagamento das parcelas. Há também a possibilidade de dar o lance, que varia entre 30% a 50% do valor do imóvel para poder abater no contrato e receber as chaves
No financiamento, o consumidor que tiver o crédito aprovado já pode fazer a compra e passa a pagar as parcelas mensais já dentro do imóvel. Para quem tem pressa ou paga aluguel, essa é a melhor alternativa, de acordo com os economistas