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Miriam Leitão
Amanhã o IBGE divulga os dados da produção industrial de março e as estimativas apontam para um novo crescimento na comparação com o mês anterior, mas ainda com queda forte em relação ao mesmo mês de 2008. Se acontecer, significa que a indústria subirá mais um degrau na (lenta) recuperação frente ao tombo do final do ano passado.
A Tendências consultoria estima alta de 0,3% frente a fevereiro e queda de 10,5% na comparação com março de 2008. O Departamento de Estudos Econômicos do Bradesco estima alta de 0,7% e queda de 10%; a Concórdia corretora prevê alta de 0,8% e queda de 10%; o banco Santander aposta em alta de 1,8% e queda de 8,5%. A MB Associados acredita em alta de 2% e queda de 8,5%. E a MCM Consultores prevê alta de 0,6% na margem e queda de 10,2% para março de 2008. A LCA consultoria é novamente a mais otimista, prevendo crescimento de 4,5% e queda de 6,5% (a consultoria também estava mais otimista em fevereiro, mas acabou ficando mais longe do alvo com o dado fraco do mês, que apresentou alta de 1,8% na comparação com janeiro).
Na avaliação da economista Marcela Prada, da Tendências, embora o dado de março tenha tudo para ser fraco, em abril, a produção pode começar a se recuperar mais fortemente. Ela acredita que o resultado da indústria de março jogará o Brasil numa recessão técnica, pois empurrará para baixo o PIB do 1º trimestre.
- Estimo uma retração de 1,5% do PIB no 1º trimestre deste ano frente o 4º trimestre e queda de 2,2% na comparação com o 1º trimestre de 2008. Mas, a partir do 2º trimestre, devemos ter a indústria um pouco mais forte porque os estoques já terão sido reduzidos. Isso fará com que o PIB feche o ano ainda com crescimento, de 0,3% - explicou ela.
Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, o pib do 1º trimestre deve mesmo fechar com retração. Ele acha que recuperação mais forte da indústria só mesmo a partir do segundo semestre. Mesmo assim, ele acredita que se a sua previsão se confirmar (de alta de 2%), seria uma boa notícia.
- A essa altura do campeonato é um bom número, mas joga o PIB do primeiro trimestre para um número negativo no primeiro tri. Vamos confirmar esses dados depois, mas as primeiras estimativas apontam queda de 2,4% na comparação com o ano passado. Também significa dizer indústria caindo 4,5% este ano, com recuperação maior só no segundo semestre - afirmou Vale.
Também para o economista Leandro Padula, da MCM Consultores, a recuperação mais forte da indústria só acontecerá a partir do 2º semestre.
- A melhora só deve vir no segundo semestre. Até a confiança do consumidor e a confiança dos empresários mostram isso. Só melhorou a expectativa com o futuro. As condições atuais ainda mostram pessimismo.