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Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) desenvolveram um sistema capaz de reconhecer, com o auxílio de uma webcam, 63 sinais de leitura tátil (braile). A iniciativa para criar o sistema, batizado de Litteris, surgiu devido à dificuldade em transcrever as provas de redação do vestibular da instituição aplicadas para deficientes visuais.
Em apenas dois meses, os professores Ariângelo Hauer Dias, Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, Ivo Mário Mathias e Marcelo Bilobrovec, criaram o programa que, em apenas um segundo, fotografa e decodifica uma letra em braile para o alfabeto romano.
O sistema, segundo os professores, funciona por uma rede neural artificial que, depois de “ensinada” a identificar os símbolos, consegue traduzi-los. “Cada simbolo braile possui no banco de dados dez imagens fotografadas em condições diferentes do mesmo símbolo (posição e sombras), relacionada com a letra do alfabeto. Com isso, nossos testes registraram 90% de acerto do programa na hora da leitura com a webcam”, afirma.
Para o uso do programa, os professores adaptaram a webcam com uma lanterna para garantir iluminação adequada do símbolo e com uma armação de plástico que deixa o instrumento na distância ideal para o foco. “A ideia foi criar uma ferramenta que garanta fácil manuseio, baixo custo e alta produtividade”, diz Bilobrovec.
A iniciativa veio da carência de profissionais que entendam braile no período de vestibular. Hauer conta que mandou o projeto para o 3° Prêmio Werner Von Siemens de Inovação Tecnológica 2008, na categoria Ciência e Tecnologia e na modalidade Indústria, porque oferece soluções de aplicação simples e ganhos para a sociedade. “Em meio a 110 projetos inscritos, tínhamos esperança, mas não imaginávamos que ganharíamos o prêmio”, afirma.
Os professores falam sobre a intenção de fazer uma versão on-line e gratuita do programa. “O alvo é popularizar nossa ideia, de maneira que, em qualquer lugar do país e usando as mesmas ferramentas que usamos, o portador de deficiência visual tenha mais facilidade para se comunicar e ser entendido”, diz Hauer.