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Sem interesse, jovem deixa a escola

Fonte: Gazeta do Povo / Agências 16/4/2009

Texto enviado ao JurisWay em 24/08/2009.

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Uma pesquisa sobre motivos da evasão escolar no país realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que o Brasil não conseguirá vencer a batalha pela melhoria da qualidade do ensino se não convencer primeiro os principais protagonistas: os alunos e pais. Em 2006, 17% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos estavam fora da escola. Destes, 40,3% a abandonam por falta de interesse, enquanto 27,1% saíram por razões de trabalho e renda. Apenas 10,9% deles deixam de estudar por falta de acesso à escola e 21,7% o fazem por motivos diversos.

A pesquisa foi realizada para analisar as causas da evasão escolar na visão dos próprios jovens e de seus pais – a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) – e para avaliar a taxa de atendimento escolar – a partir de dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME).

Para o professor Marcelo Neri, responsável pela pesquisa, é fundamental a participação engajada de pais e alunos para que se chegue a bom termo na evolução dos dados da educação: “Podemos ganhar todas as batalhas pela melhoria da qualidade da educação, adotando as melhores práticas educacionais, mas se não conseguirmos convencer os principais protagonistas – que são as crianças, os adolescentes e seus pais – vamos perder a guerra.”

 

Foram feitas aos estudantes e aos pais perguntas do tipo “por que não estão na escola; se pela necessidade de trabalhar; por não haver vaga ou escola perto de casa; dificuldade de transporte; ou por que não querem a escola que aí está?” Na avaliação do professor, as perguntas serviram para derrubar mitos como o de que os jovens de comunidades pobres deixam a escola entre 15 e 17 anos para trabalhar. Neri avalia que a piora na evasão escolar, envolvendo os jovens nessa faixa etária, ocorre exatamente quando se junta a oportunidade com a necessidade de trabalhar, ou seja, criança pobre, em uma cidade rica, em época de crescimento acelerado da economia.

O pesquisador aponta no estudo que falta ao jovem brasileiro ter consciência do impacto positivo que os anos na escola podem ter em seu futuro. Neri afirma que o salário médio de um universitário é 544% superior ao dos analfabetos. Quem não estudou ganha em média R$ 392 por mês, enquanto quem tem pós-graduação ganha R$ 3.469. Além disso, a pesquisa mostra que a evasão é bem maior entre os alunos que possuem renda per capita inferior a R$ 100, quase 30% das cerca de 3 milhões de pessoas com idade entre 15 e 17 anos. Entre os 20% dos jovens mais ricos, apenas 5% estão fora da escola.




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