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Brasília - A crise financeira mundial e suas repercussões sobre a economia brasileira representam uma oportunidade para que o Brasil corrija distorções geradas pelo longo período de inflação, como os juros e spreads - diferença entre a taxa de juros retida no Banco Central e as que são cobradas ao tomador - elevados.
A defesa foi feita hoje (12) pelo ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, em audiência pública da Comissão do Senado de Acompanhamento da Crise.
“O Brasil tem a sorte de manter o sistema financeiro num momento de privação por força do compulsório e dos juros altos. O momento de baixar é agora”, avaliou o economista. Ele acrescentou que, neste momento, é fundamental que o governo brasileiro mantenha investimentos em infra-estrutura, preserve suas políticas sociais, mantenha a poupança pública e controle seus gastos correntes.
Marcos Lisboa defendeu, também, a redução de impostos ao trabalhador como um mecanismo mais eficiente que os investimentos em setores específicos da economia para preservar os impactos da crise mundial sobre o Brasil. “A redução de imposto tem um maio impacto do que os gastos diretos”, disse.
O ex-secretário ressaltou que a crise, no Brasil, foi consequência de um momento de crédito fácil. Antes das turbulência financeira, o crédito chegou a ter crescimento anual de 35%. “Com a crise, o crédito parou de crescer”, destacou.
Ele acrescentou que empresas nacionais de grande porte como a Petrobras e a Vale do Rio Doce, que tomavam empréstimos no exterior, perderam de uma hora para a outra esta fonte de captação de recursos. Isso fez com que estas empresas buscassem suprir suas demandas no sistema financeiro nacional, com o aporte de um grande volume de dinheiro. “O que acabou com que todo mundo sentisse a falta de crédito”.
Para o economista, o país está preparado para enfrentar mais esta crise. Ele destacou três fatores que fortalecem a economia nacional diante da situação externa: a execução de uma política fiscal rigorosa, a preservação da estabilidade da moeda e as reformas executadas, que melhoraram a oferta de crédito.
“Já se começa a ver uma melhoria em alguns setores”, disse Lisboa, que considera natural a paralisação momentânea decorrente da situação externa. “O Brasil está melhor que a média dos demais países. Nós saíremos desta crise com maior facilidade do que os outros.”