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Luis Fernando Correia
O tabagismo impacta aspectos da vida das pessoas, mas hoje iremos falar de um aspecto particularmente cruel, o econômico.
O impacto orgânico do uso do cigarro já está bem conhecido. A cada seis segundos morre uma pessoa no mundo por causa das doenças ligadas ao tabaco. Apesar disso, o consumo mundial de tabaco vem aumentando, principalmente nos países em desenvolvimento. Mas e o custo econômico?
As pesquisas mostram que são os mais pobres que fumam mais e arcam com o custo das doenças e suas conseqüências. Esse padrão de comportamento se repete, seja nos países em desenvolvimento ou nos desenvolvidos. Dados de uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro constataram que existe uma relação entre a escolaridade e o tabagismo. Um quarto das pessoas com até quatro anos de escolaridade fumam, comparados com 17% daquelas que têm mais de nove anos de estudo.
Comprovando a tese de que as campanhas contra o fumo podem ter impacto positivo na economia, um estudo do Banco Mundial avaliou dez milhões de pessoas desnutridas, que vivem em Bangladesh. Essas pessoas poderiam ter acesso a uma dieta regular se dois terços do que é gasto pela população em cigarros fossem empregados em alimentação.
Atualmente 84% dos fumantes estão nos países em desenvolvimento, e o número total de fumantes do mundo está em torno de 1,5 bilhão de pessoas, com 4,9 milhões de mortes por ano. Se nada for feito poderemos ter quase 2 bilhões de fumantes em 2025, e as mortes serão cerca de 7 milhões anualmente.