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Segundo estudo da Universidade Politécnica de Marche, dormir pouco alavanca os riscos doenças neurológicas
POR O GLOBO 05/06/2017 14:32
RIO — Uma pesquisa da Universidade Politécnica de Marche, na Itália, descobriu que um dos efeitos da privação do sono é o cérebro se autoconsumir em um processo chamado fagocitose astrocítica. O estudo, publicado no fim de maio no periódico Journal of Neuroscience, foi realizado em camundongos, comparando os que tiveram seu sono normal respeitado com outros que foram privados do sono saudável por cinco noites seguidas.
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O problema, contudo, está na consequência desse comportamento, que é a ativação além do comum de células que estão diretamente relacionadas a doenças neurológicas, como o mal de Alzheimer.
"Nós mostramos pela primeira vez que porções de sinapses são literalmente comidas por astrócitos devido à privação de sono", afirmou o pesquisador Michele Bellesi à revista New Scientist. De acordo com ele, a descoberta ajuda a explicar como que dormir pouco alavanca os riscos de desenvolver Alzheimer, além de outros problemas neurológicos.
A equipe de Bellesi analisou as células gliais, responsáveis pela arrumação do cérebro, e descobriu que a atividade dessas células é mais ativa depois de um período de privação do sono. Um tipo dessas células é chamado astrócito e outro tipo, micróglia.
Astrócitos são células neurais que, em caso de noites mal dormidas, podem quebrar sinapses. A curto prazo, o estudo concluiu que isso pode ser benéfico, porque promove uma limpeza no cérebro, além de reconstruir circuitos que podem proteger conexões cerebrais saudáveis. Segundo o estudo, os astrócitos dos roedores que dormiram bem ficaram ativos em aproximadamente 6% das sinapses. Já para os que ficaram acordados, elas ficaram ainda mais ativas (8%).
Nesse segundo caso, ainda que os astrócitos tenham conseguido ir além da limpeza comum, passando a consumir sinapses que supostamente não deveriam, o principal problema encontrado pelos cientistas foi que esse comportamento acelerou a atuação das micróglias.
Além disso, os camundongos que não tiveram suas horas de sono respeitadas, também tiveram maior ativação das micróglias. Isso é prejudicial porque está relacionado a doenças neurológicas. "Nós já sabíamos que a ativação das micróglias é observada em pacientes com Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas", acrescentou Bellesi.
Leia mais: https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/privacao-do-sono-pode-causar-fagocitose-de-celulas-cerebrais-diz-pesquisa-italiana-21436493#ixzz4j9OWZBnH
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