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 Defesa do Consumidor
 

Cesta básica de junho tem alta de 1,10%, constata Procon-SP

Fonte: PROCON/SP 14/7/2009

Texto enviado ao JurisWay em 18/09/2009.

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O valor da cesta básica de junho apresentou alta de 1,10%, revela pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, em convênio com o Dieese. O preço médio da cesta, em 29 de maio, era de R$285,34, e passou para R$288,48, em 30 de junho.
 Dos 31 produtos pesquisados, 20 apresentaram alta, nove diminuíram de preço e dois permaneceram estáveis. O grupo Alimentação foi o que apresentou a maior alta, com 1,28%. Os grupos Limpeza e Higiene Pessoal também tiveram alta, 0,63% e 0,04%, respectivamente.

Entre os produtos que compõem o grupo Alimentação, destacamos os que registraram as  maiores  altas de preço neste mês: alho – kg (16,79%); queijo muzzarela fatiado – kg (11,99%); feijão carioquinha – pac. 1 Kg (9,79%); farinha de mandioca torrada – pac. 500g (7,63%) e frango resfriado inteiro – Kg (6,67%). Além desses produtos, destacamos também o item com a maior variação negativa, batata – Kg (-9,27%), que, de certa forma, amenizou a alta no valor médio da cesta básica deste mês. 

A variação no ano é de 0,24% (base 26/12/2008) e, nos últimos 12 meses, de -4,49% (base 30/06/2008). 
O último recorde da cesta básica desde o Plano Real foi de R$305,30, em 23/07/2008. Decorridos 15 anos do Plano Real (período de 01/07/1994 a 30/06/2009) o custo médio da cesta básica registrou um aumento de 171,13%, sendo que o grupo Alimentação variou  170,61%. A carne de primeira (Kg), produto de maior peso na variação da cesta, registrou aumento de 284,09%.

É importante salientar que os aumentos ou quedas de preço dos produtos que compõem a cesta básica nem sempre estão atrelados a algum desequilíbrio entre oferta e demanda, motivado por razões internas (quebras de safra, política de preços mínimos aos produtores, conjuntura econômica do país, etc.) ou por razões externas (mudanças no cenário internacional, restrições políticas ou sanitárias às importações brasileiras, etc.). As alterações de preços, especialmente as de pequena magnitude, podem refletir tão somente procedimentos adotados por determinados supermercados da amostra, seja para estimular a concorrência, para se destacar em algum segmento, ou simplesmente para “desovar” estoques através do rebaixamento temporário dos preços.
 
A análise a seguir pretende focalizar os produtos com maior participação na variação do valor médio da cesta básica deste mês.
ALHO
O Brasil não produz alho em quantidade suficiente para o seu consumo. A importação de alho nobre é feita principalmente da Argentina e da China. A produção brasileira é baixa porque os preços oscilam muito, principalmente devido às grandes importações que prejudicam investimentos dos produtores. A elevação do preço médio do alho foi impulsionada pela alta do dólar, durante o período de fevereiro a maio, compensando a forte queda apresentada nos meses anteriores. Vale lembrar que mesmo com os preços em alta, os produtores brasileiros enfrentam a concorrência do alho chinês, que entra no mercado nacional de forma ilegal com preços abaixo do mercado, inviabilizando a atividade no Brasil.
Na pesquisa da cesta básica de junho, o preço do alho apresentou a maior variação positiva do ano 16,79%.
QUEIJO MUZZARELA FATIADO
  O período de entressafra da produção de leite, que vai de maio a agosto, é o grande responsável pela alta do leite e de seus derivados como o queijo muzzarela. Nesse período as chuvas são escassas, fazendo com que o criador tenha que investir em rações para suprir a falta do pasto.
  Com a baixa oferta de matéria-prima, houve forte concorrência entre os laticínios pelo produto, que mantiveram os preços elevados. Essa elevação contribuiu também para reparação de perdas de meses anteriores.
  Na pesquisa da cesta básica de junho, o preço do queijo muzzarela fatiado (kg) apresentou alta de 11,99% (segunda maior variação positiva do ano).
FEIJÃO
O preço do feijão carioquinha, após um período de quatro meses consecutivos de queda, apresentou neste mês alta na pesquisa da cesta básica.
O feijão está no final da segunda safra e entrando na terceira safra, de inverno, com custos mais caros de produção e de transporte. A oferta também está menor, pelo fato de que os  preços estão baixos desde janeiro, assim menos agricultores optaram pelo plantio.  
Especialistas informam que os elevados estoques disponíveis no País certamente são formados por grão de menor qualidade, o que vai dando fôlego de alta para o produto de melhor qualidade, cada vez mais escasso com o avanço da comercialização da segunda safra.
Na pesquisa da cesta básica de junho, o preço do feijão carioquinha (pac. 1Kg) apresentou alta de 9,79%. A variação acumulada no ano foi de -23,93%.
MANDIOCA
A chuva em excesso nas principais regiões produtoras de mandioca do Maranhão no final do mês de maio atrapalhou a colheita da matéria-prima no início do mês de junho. A oferta de raiz de mandioca tem sido suficiente apenas para atender à necessidade de fecularias. Agentes consultados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) relatam que não há volume de raiz excedente do mercado que permita pressão de baixa sobre os preços do produto. 
Na pesquisa da cesta básica de junho, o preço da farinha de mandioca torrada (pac. 500g) apresentou variação positiva de 7,63%, após dois meses consecutivos de queda no preço médio.
FRANGO
No mês de junho, o preço do frango resfriado teve a maior alta no ano. Dois fatores basicamente influenciaram esta alta: o aumento dos insumos para ração dos frangos (farelos de soja e milho) e a queda forçada na oferta do produto por parte dos produtores para induzir este aumento de preços, compensando assim perdas de períodos anteriores e também o aumento da ração animal. 
Na pesquisa da cesta básica de junho, o preço da carne de frango variou 6,67%, terceiro mês consecutivo que o produto apresenta variação positiva na cesta.
BATATA
O volume de batata ofertado pelas lavouras do Sul de Minas e Sudoeste Paulista aumentou em junho, mesmo com o atraso do plantio da região de Itapetininga (SP), em decorrência das chuvas no início de março. Dessa forma, a expectativa é de que o pico de oferta neste ano seja em julho, com a finalização da temporada prevista apenas em agosto, o que pode  ocasionar, para os próximos meses, uma queda ainda maior no preço da batata para o consumidor final.
Na pesquisa da cesta básica de junho, o preço da batata apresentou queda de 9,27%. No ano o tubérculo acumula variação positiva de 74,07%.

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